Dias, Lívia Cristina PintoAgostinho, Feni Dalano RooseveltScarpelin, Juliano2022-03-182022-03-182022SCARPELIN, Juliano. Valoração das perdas e danos decorrentes do rompimento da barragem de Fundão: uma perspectiva em emergia. 2022. 149 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental) – Núcleo de Pesquisas e Pós-Graduação em Recursos Hídricos, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2022.http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/14700Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental. Núcleo de Pesquisas e Pós-Graduação em Recursos Hídricos, Universidade Federal de Ouro Preto.O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana–MG, lançou 44 milhões de m3 de rejeitos, que percorreram 670 km através de 40 municípios, em dois Estados, até o oceano Atlântico. Esse desastre corresponde ao maior em volume despejado e distância linear percorrida por rejeito de mineração já registrado no mundo. Desde o desastre, diversos trabalhos foram realizados, mas pouco foi investigado quanto a valoração das perdas e danos ambientais, estando o tema restrito principalmente na Ação Civil Pública - ACP referente ao desastre. Para contribuir com a superação dessa lacuna, este projeto utilizou a contabilidade ambiental em emergia para quantificar e valorar as perdas e danos decorrentes do rompimento da barragem de Fundão, por meio da avaliação de estoques suprimidos. Essa metodologia difere de todas já aplicadas ao rompimento da barragem de Fundão por utilizar o valor do ponto de vista do doador, ou seja, o valor da contribuição da natureza na formação dos estoques. As perdas e danos foram quantificadas e valoradas em três categorias, como impactos ambientais negativos, perdas e danos em: (I) estoques na APDL, (II) perturbação social e (III) paisagem. Além das três categorias, as quantificações foram realizadas em três diferentes cenários, em razão de variações para a categoria (III) paisagem. Os valores para (I) tiveram origem em estoques suprimidos de capital biótico natural e infraestruturas antrópicas, e corresponderam a 0,19 a 1,60% do total avaliado; em (II) os valores variaram de 7,26 a 61,12% do total; e em (III) os valores variaram de 37,28 a 92,55% do total avaliado. Em termos monetários, os valores para os cenários variaram de EmUS$ 17,73 bilhões a EmUS$ 149,18, em contraste com o valor de US$ 43,80 bilhões assumido na ACP como valor total para reparação de perdas e danos do desastre. Os valores das perdas e danos foram identificados e diferenciados numa escala de sistemas da geobiosfera, que abrange representações que vão desde sistemas com predominância de capital biótico, seguido de sistemas de usos e ocupações agrários e extrativistas, sistemas industriais e econômicos até, em outro extremo, os sistemas de informação, cultura e elementos naturais abióticos. Os valores de emergia das perdas e danos se distribuiram de maneira similar à hierarquia de energia dos sistemas da geobiosfera, o que sugere que sistemas atingidos por desastres sejam avaliados de forma integrada e sistêmica e incorporem as dimensões de perdas e danos detectadas nas diferentes escalas da geobiosfera.pt-BRabertohttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/Barragens e açudes - desastre ambientalBarragens de rejeitosMeio ambiente - contabilidadeValoração das perdas e danos decorrentes do rompimento da barragem de Fundão : uma perspectiva em emergia.DissertacaoAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 15/02/2022 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.