Teixeira, Mônica CristinaCoelho, Ricardo Silva2020-02-142020-02-142018COELHO, Ricardo Silva. Biorremediação de solos contaminados com arsênio por meio de lavagem de solo usando biossurfactantes. 2018. 70 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental) – Núcleo de Pesquisas e Pós-Graduação em Recursos Hídricos, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2018.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/11911Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental. Núcleo de Pesquisas e Pós-Graduação em Recursos Hídricos, Universidade Federal de Ouro Preto.A contaminação de solos por arsênio (As) é um problema para a saúde pública e para o meio ambiente. O As é encontrado em altas concentrações associado a minerais de alto valor econômico como os minérios auríferos, bastante explorados na região de Ouro Preto-MG. Com objetivo de investigar formas mais ambientalmente amigáveis e igualmente eficientes para a remoção de As em solos, foi empregada a técnica de lavagem (soil washing) com uso de extratos contendo biossurfactantes (BS), visando promover a mobilização do As contido em solo de mina de ouro abandonada. Para a produção dos extratos foram selecionadas duas culturas mistas de bactérias produtoras de biossurfactantes provenientes micro-organismos cultivados em Meio Postgate C (MPCB) e em Meio Postgate B obtidos de um Reator (MPBR) tolerantes a altas concentrações de arsênio (8 mg.L-1). Os tensoativos produzidos foram estáveis em ampla faixa de pH, 3-11; temperatura, 28-50°C e salinidade, 1-5% NaCl (p.v-1) e removeram controladamente e seletivamente o As do solo por solubilização que foi influenciada pelo pH e pela proporção sólido/líquido, não havendo influência significativa da temperatura e salinidade dentro das faixas utilizadas. Os maiores percentuais de remoção total de As no solo empregando os extratos MPCB (25,43%) e MPBR (22,43%) foram obtidas em pH 11,0 na proporção 1:40 (g.mL-1). Nas condições de pH 11,0; temperatura de 28°C; salinidade 1,0% NaCl (p.v-1) e na proporção 1:10 (g.mL-1), as remoções obtidas com o emprego dos BS MPCB (14,01%) e MPBR (12,04%) foram superiores àqueles obtidos com o emprego de surfactantes comerciais: SDS (0,87 e 0,71%), saponina (0,57 e 0,55%) e lecitina de soja (2,05 e 2,63%), todos os surfactantes comerciais foram preparados na concentração de 1,0% (p.v-1). Comparando com a remoção obtida com agentes extratores usados em metodologias para extração sequencial de frações de As em sedimentos, pode ser considerado que os extratos MPCB e MPBR removeram As nas frações solúvel em água, fracamente adsorvido, ligado a carbonatos e fortemente adsorvido. Ambos os extratos tiveram comportamento semelhante ao EDTA e ao extrato de cultura microbiana comercial (GorduraKlin®). Os testes de remoção em coluna com os extratos MPCB e MPBR em temperatura ambiente, pH 11,0 e 1,0% NaCl (p.v-1) tiveram remoções acumuladas de As após 10 ciclos de 26,04 e 24,77%, respectivamente. Os valores de remoção de As alcançados usando os extratos MPCB e MPBR representam uma quantidade significativa da fração de As que pode ser facilmente mobilizada e, podendo dessa forma, colocar em risco a saúde humana e o meio ambiente.pt-BRabertoArsênioBiorremediaçãoBiossurfactanteTratamento de soloBiorremediação de solos contaminados com arsênio por meio de lavagem de solo usando biossurfactantes.DissertacaoAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 18/12/2018 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.