Prado, Denise Figueiredo Barros doFaccion, Julia2024-02-012024-02-012023FACCION, Julia. Intolerância e diversidade no Twitter: disputas da esquerda política brasileira no perfil de Wilson Gomes entre 2018 e 2022. 2023. 177 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2023.http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/18045Programa de Pós-Graduação em Comunicação. Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal de Ouro Preto.O objetivo desta dissertação de mestrado é verificar como se afeta a diversidade da esquerda brasileira entre si no Twitter, a partir dos agenciamentos de atores humanos e não humanos na rede, valendo-se de como se dão as disputas entre diferentes usuários no perfil de Twitter de Wilson Gomes acerca do que entendem como pertencente à esquerda política brasileira. Para isso, nosso estudo se concentrou entre 2018 e 2022 (momento em que o Brasil viveu o governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro e quando a esquerda política ansiava pela retomada de representação governamental) sobre disputas entre diferentes usuários no perfil de Twitter de Wilson Gomes acerca do que entendem como pertencente à esquerda política brasileira. O perfil do professor foi escolhido porque ele conta com certa popularidade no mundo virtual justamente por tecer análises críticas sobre a política brasileira e mundial há alguns anos, além de se valer bastante da controvérsia, recorrentemente tocando tópicos voltados a disputas e identidades de pessoas de esquerda. Para compor essencialmente nosso referencial teórico, valemo-nos dos Estudos de Plataforma, Estudos Críticos de Algoritmos e a Teoria Ator-Rede de Bruno Latour para trabalharmos a multiplicidade de atores e de possibilidades na plataforma do Twitter, abordando especificamente o algoritmo e as affordances da rede; tratamos dos laços com o Outro em meio a uma variedade de identidades através de Raquel Recuero, com os “Atos de ameaça à face e à conversação em redes sociais na internet” (2016) e arrematamos as noções de crença, dúvida e incômodo por meio de Charles Peirce, com “A fixação da crença” (1877), e Priscila Borges e Renira Gambarato, com a aplicação da fixação da crença em plataformas (“The role of beliefs and behavior on Facebook: a semiotic approach to algorithms, fake news, and transmedia journalism”, 2019); por fim, Kathryn Woodward (“Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual”, 2014) e Tomaz Tadeu da Silva (“A produção social da identidade e da diferença”, 2014) embasaram nossas análises sobre identidade e diferença, expandidas aqui para as análises de identidade política. Análises de conteúdo e análises de conversação são nossas principais diretrizes metodológicas. Foram coletados 50.858 tweets através de um código aberto e estes dados foram examinados de forma automatizada para serem categorizados e finalmente reduzidos a 755 publicações. Observamos as interações, analisando como o espectro político promove o debate público na plataforma, como entende o que compõe as próprias identidades da esquerda e como todas elas preservam diversidade entre si. Para isso, discutimos o algoritmo e apresentamos algumas affordances do Twitter, descrevendo como podem ser utilizadas para conversação ou não, de acordo com a apropriação de seu uso pelos usuários. Discutimos a formação e autocompreensão de identidade, especificamente a identidade política, e examinamos evidências disso nas publicações e interações de Wilson Gomes debatendo a esquerda, refletindo sobre ódio, ataque, intolerância e diversidade.pt-BRabertohttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/Gomes WilsonDiferença - filosofiaDireita e esquerda - ciência políticaFanatismoIdentidade - psicologiaIntôlerancia e diversidade no Twitter : disputas da esquerda política brasileira no perfil de Wilson Gomes entre 2018 e 2022.DissertacaoAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 26/01/2024 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.