Carneiro, Cláudia MartinsAmaral, Rita GoretiTobias, Alessandra Hermógenes Gomes2016-05-312016-05-312016TOBIAS, Alessandra Hermógenes Gomes. Desempenho do pré-escrutínio rápido e da revisão rápida de 100% como métodos de monitoramento interno da qualidade dos exames citopatológicos do colo do útero. 2016. 99 f. Tese (Doutorado em Ciências Farmacêuticas) - Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2016.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/6517Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto.O câncer do colo do útero é o quarto tipo de câncer mais frequente entre as mulheres, e a realização periódica do exame citopatológico do colo do útero ou Papanicolaou é a principal estratégia adotada para o rastreamento desta neoplasia. O exame citopatológico é estratégico para detecção de lesões pré-neoplásicas, porém, sua eficiência ainda é questionada, porque mesmo sendo realizado periodicamente, muitas mulheres ainda são diagnosticadas com esse câncer, o que em parte ocorre devido a elevadas taxas de resultados falso-negativos (RFN). A implantação de métodos de monitoramento interno de qualidade (MIQ) na rotina laboratorial visa reduzir os RFN, melhorando o desempenho do exame citopatológico na detecção de lesões precursoras. Objetivo: Avaliar o desempenho do préescrutínio rápido (PER) e da revisão rápida de 100% (RR100%) como métodos de MIQ. Metodologia: Entre outubro de 2012 e outubro de 2014 o Laboratório Piloto de Análises Clínicas da Escola de Farmácia da Universidade Federal de Ouro Preto recebeu para análise 9.675 esfregaços do colo do útero colhidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Ouro Preto, Minas Gerais. Após avaliação pré-analítica 357 esfregaços foram rejeitados e aqueles em condições de análise foram enviados para leitura. Todos os esfregaços foram avaliados rapidamente pelo PER antes do escrutínio de rotina (ER). Em seguida, os esfregaços classificados como negativos pelo ER foram encaminhados para serem analisados pela RR100%. Todos os esfregaços classificados como positivos e insatisfatórios pelo ER, assim como os esfregaços discordantes entre o PER, o ER e a RR100% foram submetidos a uma revisão detalhada para definição do diagnóstico final. Foi realizado levantamento do exame citopatológico de seguimento e do exame histopatológico referentes às mulheres com exames citopatológicos alterados detectados neste estudo. Resultados: Dentre os 9.318 esfregaços analisados, 1.267 foram considerados positivos pelo diagnóstico final, destes 1.054 (11,3%) foram identificados pelo ER e 213 (2,3%) foram RFN detectados pelos métodos de MIQ. O PER suspeitou de 1.437 (15,4%) esfregaços e 647 (45%) foram classificados como positivos pelo diagnóstico final e destes, 140 (1,5%) foram RFN. A RR100% suspeitou de 507 (6,2%) esfregaços e 123 (1,3%) foram RFN classificados como positivos pelo diagnóstico final. As alterações mais frequentes entre os RFN detectados pelo PER foram ASC-US (0,7%) seguida de LSIL (0,6%) e ASC-H (0,1%). Em relação aos RFN detectados pela RR100% a LSIL (0,6%) foi a alteração mais frequente, seguida de ASC-US (0,5%) e ASC-H (0,1%). O ER detectou 11,3% dos esfregaços alterados e esse valor subiu para 12,8% com associação do PER e para 12,6% com a RR100%. Quando comparado ao diagnóstico final, a sensibilidade do ER foi de 83,2%. A sensibilidade do PER e da RR100% levando em consideração somente os esfregaços considerados como negativos pelo ER foi de 65,7% e 57,8%, respectivamente. Entre as mulheres com diagnóstico citopatológico positivo, apenas 668 (62,5%) realizaram novo exame citopatológico e 49 (25%) realizaram biópsia. A sensibilidade do PER, da RR100% e do ER, quando comparado ao resultado do novo exame citopatológico foi de 70,3%, 54,0% e 85,7%, respectivamente. Não foi possível calcular a sensibilidade do ER e dos métodos de MIQ comparado ao resultado do exame histopatológico devido ao baixo número de seguimentos (25%). Dentre os métodos de MIQ, o que dispensou maior volume de trabalho foi o PER, aproximadamente 13,6% a mais que a RR100%. Os citologistas mostraram melhor desempenho na realização do PER. Os indicadores de qualidade dos exames citopatológicos realizados no laboratório se encontraram dentro do recomendado pelo Ministério da Saúde tanto antes quanto após a realização dos métodos de MIQ. Conclusões: De acordo com os resultados deste trabalho, o PER e a RR100% foram capazes de melhorar o desempenho do exame citopatológico, mostrando resultados semelhantes na detecção de resultados falso-negativos da rotina laboratorial.pt-BRabertoColo do úteroGinecologia - diagnósticoControle de qualidadeDesempenho do pré-escrutínio rápido e da revisão rápida de 100% como métodos de monitoramento interno da qualidade dos exames citopatológicos do colo do útero.TeseAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 25/05/2016 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.