Avaliação de parâmetros bioquímicos nutricionais e do estresse oxidativo em ratos tratados com extrato oleoso de bixina (p.a. lipo 8%).

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Data
2009
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Editor
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Resumo
O extrato de sementes de urucum, bastante utilizado como corante de alimentos, tem sido também descrito pela comunidade científica por seu efeito hipocolesterolemiante. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar em ratos, os efeitos da administração de um extrato oleoso contendo 8% de bixina sobre o perfil lipídico, defesas antioxidantes e marcadores das funções hepáticas e renais. Foram conduzidos três experimentos: no primeiro utilizamos ratos machos que recebiam dieta AOAC, no segundo utilizamos ratos fêmea que recebiam dieta AOAC e no terceiro utilizamos ratos fêmea que recebiam dieta AIN-93. Cada experimento teve a duração de oito semanas e em cada um deles foram utilizados 32 ratos Fisher, os quais foram distribuídos em quatro grupos: grupo controle (C), que recebeu dieta padrão (AOAC ou AIN-93), grupo H que recebeu dieta hipercolesterolemiante, grupo CBO que recebeu a dieta controle suplementada com o extrato oleoso de bixina e o grupo HBO que recebeu dieta hipercolesterolemiante suplementada como o extrato. Após o período experimental, amostras de sangue e tecido hepático foram coletadas e as dosagens bioquímicas realizadas. Nossos resultados para o primeiro experimento indicaram que a associação de bixina à dieta hipercolesterolemiante reduziu as concentrações do colesterol total e não-HDL, bem como reduziu o índice aterogênico, a quantidade de gordura hepática e fecal e as atividades de ALT e AST dos animais do grupo HBO. A associação de bixina à dieta controle elevou as concentrações do colesterol HDL e reduziu atividade de AST dos animais do grupo CBO. A bixina exerceu efeito hipotrigliceridêmico, reduziu as concentrações de uréia e elevou a concentração dos grupos sulfidrilas totais e livres, além de elevar a atividade de ALP. Os nossos resultados para o segundo experimento indicaram que a associação de bixina à dieta hipercolesterolemiante reduziu as concentrações do colesterol não-HDL, o índice aterogênico, as atividades de ALT e ALP, a quantidade de gordura hepática, bem como as concentrações de colesterol e triacilgliceróis hepáticos e fecais e a concentração de creatinina dos animais do grupo HBO. Esta mesma associação elevou as concentrações séricas do colesterol HDL e triacilgliceróis e as atividades arileterásica e paraoxonase da PON. A associação de bixina à dieta controle elevou a atividade de ALT e a concentração de uréia e reduziu a concentração de creatinina e as atividades arielesterásica e paraoxonase da PON dos animais do grupo CBO. A bixina exerceu efeito hipocolesterolêmico e elevou a concentração de grupos sulfidrilas livres. No terceiro experimento, os resultados indicaram que a associação de bixina à dieta hipercolesterolemiante elevou as concentrações do colesterol total e não-HDL, elevou o índice aterogênico, a quantidade de gordura fecal, os triacilgliceróis fecais e a atividade de ALP bem como reduziu a atividade paraoxonase da PON dos animais do grupo HBO. A associação de bixina à dieta controle elevou as concentrações do colesterol HDL, dos triacilgliceróis hepáticos, dos grupos sulfidrilas livres e a atividade arielterasásica da PON e reduziu a concentração sérica de creatinina dos animais do grupo CBO. A bixina exerceu efeito hipotrigliceridêmico e elevou as concentrações dos grupos sulfidrilas totais e ligados á proteínas. Nas condições e modelos propostos, concluímos que o tratamento com bixina exerceu efeito hipocolesterolêmico nos experimentos 1 e 2 onde a dieta oferecida foi a AOAC. Por outro lado, observamos que o efeito hipocolesterolemiante induzido por este tratamento não foi observado no experimento 3 com a dieta AIN-93, sugerindo-nos que variações relacionadas à composição destas dietas possam estar influenciando a atuação da bixina sobre o metabolismo lipídico. Os experimentos indicaram ainda resultados satisfatórios quanto às propriedades antioxidantes da bixina e que as alterações dos marcadores das funções hepática e renal podem estar relacionados às variações particulares de cada experimento.
Descrição
Palavras-chave
Colesterol, Hipercolesterolemia, Estresse oxidativo, Bioquímica
Citação
SILVA, L. S. Avaliação de parâmetros bioquímicos nutricionais e do estresse oxidativo em ratos tratados com extrato oleoso de bixina (p.a. lipo 8%). 2009. 136 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2009.