Garimpando memória : um estudo sincrônico e diacrônico da terminologia de ourivesaria presente no “Diccionario da Lingua Brasileira” (1832), de Luiz Maria da Silva Pinto.

dc.contributor.advisorRocha, Ana Paula Antunespt_BR
dc.contributor.authorCosta, Estefânia Cristina da
dc.date.accessioned2014-09-29T23:45:22Z
dc.date.available2014-09-29T23:45:22Z
dc.date.issued2014
dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em Letras. Departamento de Letras, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.pt_BR
dc.description.abstractA presente pesquisa teve como objetivo o estudo sincrônico e diacrônico do léxico correspondente à terminologia de ourivesaria, presente no “Diccionario da Lingua Brasileira”, de autoria de Luiz Maria da Silva Pinto. O dicionário foi escrito, editado e impresso na “Typographia de Silva”, pertencente ao autor, no ano de 1832, na cidade de Ouro Preto, Minas Gerais, dez anos após a proclamação da independência do Brasil. O dicionário é considerado a primeira obra lexicográfica, escrita, editada e impressa no Brasil. Para a realização do estudo, utilizamos a edição fac-similar do dicionário disponível na biblioteca digital “Brasiliana Guita e José Mindlin”, da Universidade de São Paulo. Inicialmente, fizemos o levantamento das unidades léxicas que remetem ao mundo da ourivesaria. Coletamos 161 vocábulos ligados ao universo dos metais, da mineração entre outros. No entanto, optamos pela análise de 36 termos que receberam as marcações “T. de ourives”, “entre ourives” ou que fazem menção direta ao universo da ourivesaria. Em um segundo momento, os termos selecionados foram organizados em fichas terminológicas. Para cada um dos termos, construímos uma ficha que nos indica se o termo ocorreu ou não no Brasil desde o século XVIII até os dias de hoje. A ficha também nos mostra a origem desses termos e outras informações importantes para a análise linguística. Para esta análise diacrônica, tomamos como base, além do “Diccionario da Lingua Brasileira”, dicionários de cinco autores: Bluteau (1712-1728), Moraes Silva (1813), Freire (1944), Aurélio (1999), Houaiss (2009) e, para a análise etimológica, Cunha (1987; 2007). Para completar a investigação, partimos para o estudo do uso contemporâneo dos termos de ourivesaria. Para tanto, aplicamos questionários semântico-lexicais a dez ourives atuantes na cidade de Ouro Preto e região. As questões foram elaboradas a partir dos verbetes selecionados em Silva Pinto. Nosso objetivo era saber se tais termos continuam vigorando, se caíram em desuso, se ganharam novas acepções e se outras palavras estão sendo usadas em lugar deles. Nossa análise apontou uma terminologia de base europeia que, embora em sua maior parte continue dicionarizada e relacionada ao universo da ourivesaria, é pouco conhecida pelos profissionais atuantes em Ouro Preto e região. Além do estudo sincrônico e diacrônico, e também etnolinguístico da terminologia de ourivesaria, uma vez que pudemos perceber e ratificar as relações entre língua, cultura e sociedade, buscamos verificar se o “Diccionario da Lingua Brasileira” é uma obra nacionalista, já que seu título anuncia essa possibilidade. Constatamos que, embora inove ao nomear o dicionário como “brasileiro”, principalmente porque o espírito nativista dos brasileiros estava bastante aguçado devido à recente independência do Brasil, Silva Pinto não reivindica um caráter nacionalista para sua obra.pt_BR
dc.description.abstractenThis research aimed to synchronic and diachronic study of the corresponding terminology of lexicon terminology goldsmithery that is present in the "Diccionario da Lingua Brasileira", written by Luiz Maria da Silva Pinto. The dictionary was written, edited, and printed in "Typographia Silva", belongs to the author, in 1832, in the city of Ouro Preto, Minas Gerais, ten years after the proclamation of the independence of Brazil. This dictionary is considered the first lexicographical, written, edited and printed work in Brazil. For the study achievement, we have worked with the facsimile edition of the dictionary available at the University of São Paulo “Brasiliana Guita e José Mindlin” digital library. Initially, we made a research about the lexical units that refer to the goldsmithery world. We have collected 161 words related to the universe of metals, mining and others. However, we have chosen to analyze under 36 terms which received the marcations "T. goldsmith "," between goldsmiths” or that directly mentioned the universe of goldsmithery. On a second step, the selected terms were organized in lexicographical cards. For each term, we have built a card which indicates whether or not the term occurred in Brazil since the eighteenth century to the present day; besides showing origins and other important information for linguistic analysis. For the diachronic analysis, we have taken as a basis, in addition to "“Diccionario da Lingua Brasileira””, other dictionaries from five other authors: Bluteau (1712-1728), Moraes Silva (1813), Freire (1944), Aurelio (1999), Houaiss (2009) and Cunha (1987; 2007) for the etymological analysis. To finish the investigation, we set out to the study of the contemporary use of the goldsmithery terms. For this purpose, we have applied semantic-lexical questionnaires to ten active goldsmiths in Ouro Preto and surrounding areas. The questions were elaborated from the selected entries in Silva Pinto’s dictionary. Our aim was to analyze whether such terms remained in effect, have fallen into disuse, gained new meanings or whether other words are being used in their place. Our analysis pointed to a European-based terminology that although its most part is kept registered in dictionary and related to the world of goldsmithery, it is a bit known by working professionals in Ouro Preto and surrounding districts. In addition to the synchronic and diachronic study and also ethno-linguistic terminology of goldsmithery, since we perceive and ratify the relationships between language, culture and society, we have tried to verify whether the "“Diccionario da Lingua Brasileira” is a nationalist project, since its title announces that possibility. We have noticed that although he innovates to name the dictionary as "Brazilian", mainly because the Brazilians nativist spirit was quite sharp due to the recent independence of Brazil, Silva Pinto hasn’t claimed a nationalist character to his work.
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/3632
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.publisherCOSTA, E. C. da. Garimpando memória : um estudo sincrônico e diacrônico da terminologia de ourivesaria presente no “Diccionario da Lingua Brasileira” (1832), de Luiz Maria da Silva Pinto. 2014. 256 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2014.pt_BR
dc.rights.licenseAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo autor, 02/09/2014, com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 3.0, que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que seja citado o autor e licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação desta.pt_BR
dc.subjectTerminologiapt_BR
dc.subjectLexicografiapt_BR
dc.subjectOurivesariapt_BR
dc.subjectLíngua portuguesapt_BR
dc.titleGarimpando memória : um estudo sincrônico e diacrônico da terminologia de ourivesaria presente no “Diccionario da Lingua Brasileira” (1832), de Luiz Maria da Silva Pinto.pt_BR
dc.typeDissertacaopt_BR

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