O papel das capturas fluviais na morfodinâmica das bordas interplanálticas do sudeste do Brasil.

dc.contributor.authorCherem, Luís Felipe Soares
dc.contributor.authorVarajão, César Augusto Chicarino
dc.contributor.authorMagalhães Júnior, Antônio Pereira
dc.contributor.authorVarajão, Angélica Fortes Drummond Chicarino
dc.contributor.authorSalgado, André Augusto Rodrigues
dc.contributor.authorOliveira, Letícia Augusta Faria de
dc.contributor.authorBertolini, William Zanete
dc.date.accessioned2014-11-20T15:59:55Z
dc.date.available2014-11-20T15:59:55Z
dc.date.issued2013
dc.description.abstractNo sudeste do Brasil, principalmente no Estado de Minas Gerais, são observados planaltos escalonados drenados por diferentes bacias hidrográficas, muitas vezes separadas entre si por nítidos degraus morfológicos resultantes da diferença no potencial erosivo de suas cabeceiras de drenagem, como resposta à tectônica distensiva cenozóica. Adicionalmente, capturas fluviais que condicionam a rede de drenagem a buscar um novo perfil de equilíbrio e alteram a morfologia dos canais envolvidos (captor, capturado, decaptado e afluentes diretos) são frequentes. Esse artigo apresenta o papel de três grandes capturas fluviais (Capturas de São Vicente de Paula, de Carandaí e de Vilas-Boas) na morfodinâmica de três bordas interplanálticas entre as quatro mais importantes bacias hidrográficas do sudeste do Brasil: são Francisco, Doce, Paraná e Paraíba do Sul. A análise inicial com base em documentos pré-existentes (cartas topográficas, geológicas e geomorfológicas) e os trabalhos de campo, com descrição dos canais envolvidos mostraram que as três capturas analisadas apresentam características diferentes: 1) em Vilas-Boas a crista da escarpa mantem sua posição pré-captura e as alterações na paisagem se restringem aos vales próximos à captura (1 km à montante do ponto de captura), com incisão de 2,5m; 2) em Carandaí a crista da escarpa já se encontra recuada a cerca de 1,5 km do ponto de captura rebaixado em 100 m, e as alterações atingem os 3 km de distância desse ponto; e 3) em São Vicente a crista da escarpa já se encontra recuada a cerca de 3,5 km do ponto de captura rebaixado em 250m e atingindo o planalto inferior, com alterações atingindo 8km de distância desse ponto rumo à montante. Estes resultados demonstram a influência das capturas fluviais na morfodinâmica das bordas interplanálticas do sudeste do Brasil. As capturas aceleram a morfodinâmica do processo de recuo das escarpas, onde as áreas capturadas são dissecadas e rebaixadas até serem integradas à drenagem capturante, contribuindo assim, para o recuo escarpa e, a consequente disputa de áreas entre as bacias hidrográficas.pt_BR
dc.description.abstractenIn southeastern Brazil, specifi cally in Minas Gerais, there are stepped plateaus drained by different river basins, which are often divided by morphological steps resultant of the difference in the erosive potential between the interfl uves, as a long-term response to Cenozoic distensive tectonics. In addition, fl uvial captures enforces the captured drainage network to a new equilibrium profi le, changing the morphology of the involved channels (captor, captured, decapitated and direct tributaries). This paper presents the role of the great river captures (named São Vicente, Carandaí and Vilas-Boas) in the morphodynamics of three interplateau-escarpments between the four major river basins in southeastern Brazil: Paraná River, São Francisco River, Doce River e Paraíba do Sul River. The carthographic analysis (geologic, geomorphologic and topographic maps) and the following fi eldworks – when the involved channels, valleys and surrounding slopes have been described - showed that the studied river captures have different characteristics: 1) at the Vilas-Boas capture, the escarpment crest remains in the original location (pre-capture), and the landscape changes are restricted to the valleys surrounding the capture, by the fl uvial incision of 2,5m up to 1km upstream of the capture point; 2) at the Carandaí capture, the escarpment crest retreated around 1,5 km from the capture point, lowered by 100m, and the landscape changes reach around 3km upstream of the capture point; and 3) at the São Vicente capture, the escarpment crest retreated around 3,5 km from the capture point, lowered by 250m (reaching the lowlands) and he landscape changes reach around 8 km upstream of the capture point. These results revealed the river captures hole in the morpho-dynamics of the escarpment between stepped plateaus: the escarpments retreat with greater rates when there are fl uvial captures, which are dissected and recessed, contributing to the change of major-interfl uve tracing and the consequent areal dispute between the major river basins.
dc.identifier.citationCHEREM, L. F. S. et. al. O papel das capturas fluviais na morfodinâmica das bordas interplanálticas do sudeste do Brasil. Revista Brasileira de Geomorfologia, v. 14, p. 299-308, 2013. Disponível em: <http://www.lsie.unb.br/rbg/index.php/rbg/article/view/325>. Acesso em: 18 set. 2014.pt_BR
dc.identifier.doihttp://dx.doi.org/10.20502/rbg.v14i4.325
dc.identifier.issn2236-5664
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/4005
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.rights.licenseA Revista Brasileira de Geomorfologia permite cópia e distribuição dos artigos para fins não comerciais. Permite o armazenamento da versão pós-print. Fonte: Diadorim <http://diadorim.ibict.br/handle/1/609>. Acesso em 18 ago. 2014.pt_BR
dc.subjectEscarpmentpt_BR
dc.subjectMorfodinâmica cenozóicapt_BR
dc.subjectGeomorfologia regionalpt_BR
dc.titleO papel das capturas fluviais na morfodinâmica das bordas interplanálticas do sudeste do Brasil.pt_BR
dc.title.alternativeThe hole of river captures in the morphodynamics of the stepped plateaus in the southeastern Brazil.pt_BR
dc.typeArtigo publicado em periodicopt_BR

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