A depressão perinatal e o impacto que as intervenções nutricionais podem ter sobre os sintomas depressivos.
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Data
2020
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Resumo
A depressão é a principal causa de deficiência mental em todo o mundo, afetando cerca de 121 milhões de pessoas por ano, acometendo mais mulheres, que têm duas a três vezes maior risco que os homens. A depressão perinatal é uma doença mental, cujo risco das mulheres de desenvolverem transtorno depressivo maior (TDM) durante a gravidez pode chegar a 20%. Até 20% das mulheres grávidas demonstram sintomas depressivos, e a prevalência diminui ligeiramente de 12 a 16 por cento pós-parto. A depressão pós-parto varia entre a psicose da maternidade e a bluose. As mulheres com depressão pré natal têm maior risco de complicações na gravidez, incluindo pré-eclâmpsia, dificuldades de nascimento para mãe e filho e depressão pós-parto. Mulheres que tiveram um quadro depressivo maior anterior à gravidez são mais prováveis de desenvolverem depressão pós-parto do que mulheres que não apresentavam sintomas de depressão antes da gravidez, sugerindo que essas vias provavelmente contribuem para a depressão perinatal. As intervenções nutricionais têm um papel fundamental sobre os sintomas depressivos, os alimentos não são apenas necessários como metabólicos combustíveis para o corpo, mas também influenciam nas funções cerebrais incluindo mente e cognição. Alimentos podem aumentar bem-estar, tanto físico como emocional e a disponibilidade do triptofano, por exemplo, pode representar um elemento para o humor e funcionamento cognitivo, devido ao seu papel como precursor da produção do neurotransmissor serotonina (5-hidroxitriptamina, 5-HT). Intervenções nutricionais têm o potencial para servir como medidas preventivas e medidas de tratamento para depressão, visto que o uso profilático de medidas nutricionais pode reduzir a incidência de depressão perinatal e medidas nutricionais pode servir como uma solução primária para depressão leve e como medida adjuvante em casos graves de depressão. Além disso, intervenções nutricionais podem ser um método seguro e econômico para aliviar a depressão durante a gravidez. A nutrição é essencial para o cérebro normal incluindo o funcionamento adequado dos neurotransmissores, que pode ser um elemento chave da conexão entre nutrição e depressão. Estado nutricional, particularmente ácidos graxos, folato e vitamina B12, demonstraram afetar os sintomas depressivos. Os alimentos que interferem no humor são geralmente resumidos como alimentos que possuem a propriedade de proteger o tecido cerebral de insultos por causa do estresse oxidativo e apoiar a síntese de neurotransmissores serotonina, adrenalina (epinefrina) e noradrenalina (norepinefrina), que derivam do amino precursor ácidos triptofano, fenilalanina e tirosina.
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Palavras-chave
Manejo nutricional, Fisiologia, Diet therapy, Physiology
Citação
ROCHA, K. N. S. et al. A depressão perinatal e o impacto que as intervenções nutricionais podem ter sobre os sintomas depressivos. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research, v. 29, n. 2, p. 93-107, dez. 2019/jan. 2020. Disponível em: <https://www.mastereditora.com.br/periodico/20200105_095332.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2021.