Efeito das proteínas do soro do leite no estresse oxidativo em animais submetidos ao exercício físico de alta intensidade.

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Data
2013
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Editor
Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.
Resumo
As espécies reativas de oxigênio (ERO) são geradas, normalmente, nas mitocôndrias, membranas celulares e no citoplasma. No entanto, quando ocorre um desequilíbrio entre compostos pró-oxidantes e antioxidantes, em favor da geração excessiva de ERO instala-se o processo de estresse oxidativo. Este resulta na oxidação de biomoléculas, cuja manifestação é o dano oxidativo contra células e tecidos. O simples fato de consumir oxigênio gera uma contínua formação de ERO. Dessa forma, o aumento da contração muscular e o aumento do consumo de oxigênio, na atividade física, resultam em uma maior produção de ERO. Dentre os inúmeros compostos alimentares que apresentam atividade antioxidante, podemos citas as proteínas do soro do leite (PSL). Conhecidas por serem de alto valor biológico, estudos tem demonstrado seus benefícios para o desempenho físico, assim como em melhorar o sistema de defesa antioxidante. No entanto, o mecanismo como isso ocorre ainda não está bem elucidado. Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito das proteínas do soro do leite sobre os biomarcadores do estresse oxidativo e das defesas antioxidantes em animais submetidos ao treinamento físico de alta intensidade. Para isso, foram utilizados 32 ratos, divididos em 4 grupos de 8 animais cada: grupo controle sedentário (CS) e controle exercitado (CE) proteína do soro do leite sedentário (WS) e proteína do soro do leite exercitado (WE). Após o período experimental foram mensurados o colesterol total, lipoproteína de alta densidade (HDL) e as frações não-HDL, albumina sérica, glicose sérica, aspartato aminotransferase (AST), alanina aminotransferase (ALA), creatinina e ureia, glutationa total, atividade de catalase (CAT) e de superóxido dismutase (SOD), proteínas carboniladas (PC), TBRAS, a expressão de enzimas das defesas antioxidantes, por meio do ensaio de RT-PCR quantitativa em tempo real e a análise histopatológica do músculo. Além disso, foi quantificado as mudanças na ingestão alimentar e no ganho de peso corporal dos animais. Para análise dos dados foram feitos os teste de two-way ANOVA e de Kruskal-Wallis, com pós teste de Tukey. Assim, observou-se que o exercício, juntamente com a ingestão de PSL, melhorou o perfil lipídico dos animais, reduzindo a concentração plasmática de colesterol total e das frações não-HDL. Já o nível de HDL foi maior, apenas, nos grupos que receberam as PSL. Foi encontrado, também, um aumento da concentração da glutationa total seguida da redução de PC e TBRAS, da atividade da CAT e de SOD nos grupos que receberam as PSL. O ensaio de RT-PCR quantitativa em tempo real apresentou resultados semelhantes aos das análises de atividade das enzimas de defesa antioxidante, confirmando esses dados. Na análise histologia verificou-se que as PSL foram capazes de reduzir a inflamação muscular ocasionada pela atividade física de alta intensidade. Tais achados apontam para um possível efeito sinérgico do exercício com as PSL. Além disso, as PSL mostraram-se benéficas no exercício físico de alta intensidade ao agir de forma indireta na redução do estresse oxidativo.
Descrição
Palavras-chave
Proteína - soro - leite, Atividade física - alta intensidade, Estresse oxidativo, Soro do leite
Citação
TEIXEIRA, K. R. Efeito das proteínas do soro do leite no estresse oxidativo em animais submetidos ao exercício físico de alta intensidade. 2013. 65 f. Dissertação (Mestrado em Saúde e Nutrição) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2011.