Teor de minerais veiculados por dietas hospitalares orais.

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Data
2012
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Editor
Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.
Resumo
Os minerais são nutrientes essenciais que atuam em diversas funções no organismo. Na literatura existe lacuna relativa a estudos sobre o teor destes nutrientes em dietas hospitalares orais. Este trabalho objetivou avaliar a adequação dos teores dos macrominerais Ca, K, Mg, Na e P e dos microminerais Cu, Fe, Mn, Zn e Se presentes em dietas hospitalares (geral, branda e pastosa) e complementos alimentares orais (CAO) destinados à pacientes hospitalizados, em relação às Recomendações Dietéticas de Referência (DRIs), e ainda a contribuição percentual de cada refeição para a oferta desses minerais em relação ao total diário ofertado e também às DRIs. O teor dos minerais foi determinado em duplicata de amostras utilizando um espectrômetro de emissão óptica em plasma com acoplamento indutivo (ICP OES). Foram coletadas amostras do desjejum, colação, almoço, lanche, jantar, ceia e CAO, de dois dias não consecutivos (terça e quinta-feira) em três meses do ano (janeiro, maio e setembro). Os procedimentos estatísticos foram executados através do STATA 11.0 e incluíram os testes de Shapiro-Wilk, teste de Bartlett ANOVA seguido por Bonferroni, Kruskal-Wallis (kwallis2), teste t de Student e U de Mann-Whitney, a significância estatística foi estabelecida como p<0,05. Os resultados revelaram que dentre as dietas, a pastosa foi a que apresentou os maiores teores dos elementos pesquisados. Foi notada variação na oferta de minerais pelas dietas em relação aos meses de coleta, sendo janeiro o mês que os cardápios continham os maiores teores dos minerais e, consequentemente, apresentou os cardápios com teor de nutrientes com menor inadequação (60% de adequação, contra 40% do mês de maio e 50% de setembro) em relação às recomendações nutricionais. Por outro lado, todas as dietas apresentaram teor de sódio superior ao UL em todos os meses de estudo (200% acima do UL, nas dietas geral e branda em todos os meses de coleta e na dieta pastosa variando de 120% em maio até aproximadamente 300% acima do UL em janeiro). O almoço ofertou em média 46% do Na total ofertado e o jantar 37%, sendo as refeições que mais contribuíram para os teores excessivos detectados. A oferta do CAO foi essencial para adequação dos teores de Ca, K, Mg, Cu, Mn, Zn e Se, em algum momento do estudo. A contribuição percentual de cada refeição para a oferta de macro e microminerais em teores adequados à RDA/AI, revelou que o almoço é a principal refeição ofertando em média 47% da recomendação, seguida pelo jantar, que contribuiu em média com 36%. A colação e a ceia foram às refeições menos representativas, veiculando em média 2% e 6%. Conclui-se que as dietas orais ofertadas à pacientes hospitalizados estão inadequadas em relação às recomendações nutricionais para todos os minerais ofertados, com exceção do P. O almoço e o jantar são refeições chave na oferta de minerais, por conterem maior variedade de grupos alimentares. A colação e a ceia poderiam ser modificadas, contendo alimentos ricos em minerais e assim contribuir para a adequação das dietas às DRIs. O uso de CAO foi uma boa estratégia para a oferta de minerais, sendo que sua inclusão permanente nos cardápios poderia ser uma medida relevante na adequação das dietas às recomendações nutricionais.
Descrição
Palavras-chave
Hospitais - dietas, Aconselhamento em nutrição, Alimentos - análises, Sódio, Nutrição
Citação
MOREIRA, D. C. F. Teor de minerais veiculados por dietas hospitalares orais. 2012. 122 f. Dissertação (Mestrado em Saúde e Nutrição) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2012.