Variabilidade e dispersão vocálica em português brasileiro e inglês britânico : um estudo de caso.
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Data
2016
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Resumo
Este artigo objetiva discutir o efeito do tamanho do inventário no espaço acústico
de línguas com inventários vocálicos de tamanhos diferentes: português com sete e inglês com
onze vogais orais. Partindo das predições da Teoria de Dispersão Vocálica, este estudo analisa
acusticamente a variabilidade e dispersão vocálica nessas duas línguas. Contrariamente ao
previsto pela teoria sobre a variabilidade vocálica, em nossos dados, a realização fonética das
vogais do sistema vocálico maior (inglês) é menos precisa e apresenta maior variabilidade
que as do português. Quanto à dispersão vocálica, também contrariando o previsto, as vogais
do português estão mais dispersas e periféricas cobrindo uma área acústica maior que as do
inglês. Nossos resultados estão em consonância com trabalhos que questionam a comprovação
empírica das predições da Teoria de Dispersão. Nosso avanço é quanto à interpretação dos fatos.
Levanta-se a hipótese que os sistemas vocálicos do inglês e português estejam parcialmente
instáveis atualmente, entretanto, a Teoria de Dispersão não captura esses fatos por estar mais
pautada em fonemas estanques que em alofones variáveis. Possivelmente, uma abordagem
teórica que entenda as línguas como sistemas dinâmicos e complexos (ELLIS; LARSENFREEMAN,
2009) ofereça elementos mais sólidos para a compreensão dos fatos apresentados.
Tal proposta será fomentada futuramente.
Descrição
Palavras-chave
Variabilidade vocálica, Análise acústica, Dispersão vocálica
Citação
MARUSSO, A. S. Variabilidade e dispersão vocálica em português brasileiro e inglês britânico: um estudo de caso. Alfa: Revista de Linguística, v. 60, n. 1, p. 175-201, 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1981-57942016000100175&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 16 jan. 2018.