Apresentações do feminino na palavra sobre a tortura : sacralização da maternidade em Luta, Substantivo Feminino (2011).
Data
2019
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Resumo
Lançado em lançado em 2010 pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos/PR e pela Secretaria
Especial de Políticas para as Mulheres/PR, o livro-relatório Luta: Substantivo Feminino é uma
publicação oficial cujo objetivo é apresentar a dimensão feminina da experiência da tortura na
Ditadura Militar brasileira (1964-1988). Para tanto, o livro se embasa em 27 testemunhos de
mulheres sobre a tortura, dos quais uma determinada interpretação embasa a hipótese do livro. Ao
apresentar a dimensão feminina, o texto do livro fixa no referente “maternidade” um sentido sacro,
oferecendo um sentido para experiência feminina. Compreendendo o relatório como uma instância
de articulação discursiva que revela uma “voz estatal” que fala sobre a questão da tortura, e
adotando a categorização de “maternidade” como método para identificar as disputas políticas
significantes em torno do termo, o objetivo dessa dissertação é revelar as condições contextuais
éticas e políticas do ingresso desses testemunhos no livro-relatório Luta, Substantivo Feminino
(2010). A hipótese sustentada nesta dissertação é a de que existe uma apropriação destes
testemunhos no interior do discurso estatal, cujo efeito maior é o obscurecimento do sentido
político fundamental de “maternidade” emergente nos testemunhos.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em História. Departamento de História, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Brasil - história, Direitos humanos, Maternidade, Tortura
Citação
SANTOS, Ana Carolina Monay dos. Apresentações do feminino na palavra sobre a tortura: sacralização da maternidade em Luta, Substantivo Feminino (2011). 2019. 109 f. Dissertação (Mestrado em História) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2019.