Contribuições para o diagnóstico ambiental da unidade de planejamento e gestão de recursos hídricos (UPGRH) DO5, sub-bacia do Rio Doce.

Abstract

Este estudo foi realizado na Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos Caratinga (UPGRH DO5). Seu principal objetivo foi contribuir para o diagnóstico ambiental dessa região, através da avaliação dos elementos metálicos e As nos sedimentos dos corpos hídricos dessa unidade. O estudo envolveu a coleta de amostras de sedimento em 21 pontos ao longo da área de estudo, durante três campanhas de amostragem, realizadas em junho de 2017 e em abril de 2018 durante a estação seca e em novembro de 2018 na estação chuvosa. As amostragens corresponderam a 11 pontos no Rio Caratinga, 3 pontos em afluentes do Rio Caratinga, 3 pontos em afluentes do Rio Doce, 1 ponto em afluente do Rio Preto e em 2 pontos do Rio Doce. O teor dos elementos químicos foi determinado por espectrometria de emissão atômica com plasma indutivamente acoplado (ICP-OES). A partir dos resultados analíticos, foi avaliado o comportamento entre os elementos químicos, utilizando diagramas de correlação. Os valores de concentração obtidos para cada elemento químico, foram comparados aos limites estabelecidos pela Resolução CONAMA 454/12 e pela DN COPAM 166/2011. Os sedimentos também foram avaliados através do “IGEO” e do “FE”. Nas amostras de sedimentos analisadas, 17 elementos químicos foram observados acima do LQ, sendo que As, Cd, Cr, Ni, Pb e Zn ultrapassaram os limites estabelecidos pela Resolução CONAMA 454/2012 e os elementos As, Ba. Cd, Co, Ni, As, Pb, Cu, Cr, V e Zn ultrapassaram os limites da DN COPAM n°166/2011 em alguns pontos. Foi possível observar que a maior parte dos elementos químicos verificados nos sedimentos esteve relacionada à litologia da região (predominantemente baseada em tonalitos, granitos, gnaisses, etc) e que os maiores valores de concentração da maioria dos elementos químicos, foram encontrados em pontos localizados em áreas de grande erodibilidade de solos marginais e em corpos hídricos parcialmente assoreados. No IGEO somente o P17 apresentou classe “3” para Ba, K, Mn, sendo a classe “2” com maior valor relacionado ao Zn no P16 na estação seca e classe “3” na estação chuvosa para Co, Fe, As e K nos P12, P15, P17 e P18, respectivamente, com maior valor de classe “2” para Co no P12. FE revelou enriquecimentos significativos em Pb, Zn, Ti, Ba, Co, Cr As, Cu, Mn e Na para alguns pontos da DO5.