Estudo transversal dos casos de pancreatite aguda necropsiados no Instituto Médico Legal de Belo Horizonte, 2006-2012.
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Data
2017
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Resumo
A pancreatite aguda é caracterizada pela inflamação do pâncreas, em que as
lesões variam de edema intersticial a necrose do parênquima com hemorragia grave. A
mortalidade é alta quando associada à falência multissistêmica. A pancreatite aguda pode
ser causa de morte súbita e seu diagnóstico, em especial a forma necrotizante, é feito
somente após a necropsia em até metade dos casos. Objetivos: Avaliar, retrospectivamente,
as características epidemiológicas e patológicas das mortes por pancreatite aguda
examinadas no Instituto Médico-Legal de Belo Horizonte (IML-BH). Materiais e métodos:
Análise retrospectiva dos laudos de necropsia do IML-BH cuja causa da morte foi
pancreatite aguda realizados no período de 2006 a 2012. Resultados: Houve predominância
de homens e a maioria dos casos foi de pancreatite aguda hemorrágica, com o etilismo
sendo a etiologia predominante. A média etária foi de 43 anos, com metade dos casos entre
40 e 60 anos. A maioria dos necropsiados foi encontrada morta no próprio domicílio. Houve
relação estatística entre a faixa etária de 40 e 60 anos e a ocorrência de hematoma
retroperitoneal. Complicações sistêmicas incluíram edema pulmonar e cerebral, derrame
pleural e pneumonia. Conclusão: Apesar do principal papel da necropsia forense ser a
investigação das causas externas de morte, este estudo confirma que há situações nas
quais a Medicina Legal apresenta papel importante, em especial nas localidades que não dispõem de serviços de verificação de óbito, na avaliação de potencias causas de morte
súbita, como a pancreatite aguda hemorrágica.
Descrição
Palavras-chave
Morte súbita, Autópsia, Medicina legal
Citação
BORDONI, L. S. et al. Estudo transversal dos casos de pancreatite aguda necropsiados no Instituto Médico Legal de Belo Horizonte, 2006-2012. Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics, v. 6, p. 160-177, 2017. Disponível em: <http://www.ipebj.com.br/forensicjournal/edicoes?volume=6&numero=2&artigo=256>. Acesso em: 29 ago. 2017.