Metáfora viva J.M. Coetzee e a autobiografia como desfiguração.
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Data
2016
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Resumo
Tomando como objeto o escritor sul-africano J.M. Coetzee e a sua trilogia Cenas da vida na província, objetivamos analisar nesta dissertação como a autobiografia não pode ser recebida como uma representação confiável do sujeito autobiografado, mas como uma metáfora viva presente em todos os textos – sejam eles ficcionais, críticos, ensaísticos –, que é revelada através de um momento especular, em que há uma troca de (re)conhecimento entre autor do texto e autor no texto, ou seja, entre autor e leitor. Ao longo deste estudo, observamos como o escritor J.M. Coetzee coloca seu leitor em um jogo sobre os limites da verdade e ficção; através de sua trilogia de forte cunho autobiográfico, pretendeu-se analisar como o escritor ficcionaliza a própria história, colocando em xeque a autoridade do autor, e, consequentemente, a teoria de que a autobiografia significa uma coincidência e sobreposição perfeita entre vida e obra. Também analisamos como o escritor encontra-se diluído em todos os seus trabalhos publicados, destacando que todo ato da escrita revela o escritor. Para tanto, como aporte decisivo utilizamos as teorias e estudos de Philippe Lejeune, Paul De Man e do próprio escritor e crítico J.M. Coetzee, já que nos permitem abranger os procedimentos e categorias que permeiam entre os estudos das teorias da autobiografia.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Letras. Departamento de Letras, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Autobiografia, J.M.Coetzee, Metáfora
Citação
CARVALHO, Natalia Maria Gomes e. Metáfora viva J.M. Coetzee e a autobiografia como desfiguração. 2016. 71 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2016.