Estudo do envolvimento dos receptores da adenosina sobre a ação cardioprotetora da espironolactona e eplerenona em cardiomiócitos de rato.
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Data
2016
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Resumo
Adenosina, e os fármacos espironolactona e eplerenona são conhecidos cardioprotetores. Fármacos com esse perfil costumam mimetizar a ação da adenosina, que pode interagir com cardiomiócitos através de quatro receptores (A1R, A2AR, A2BR e A3R). Nosso objetivo foi testar a ação de dois conhecidos cardioprotetores, os antagonistas do receptor MR espironolactona e eplerenona, assim como da adenosina e seus antagonistas como controle. Culturas primárias de cardiomiócitos de ratos neonatos da linhagem Wistar foram utilizadas em ensaios onde foram simuladas as condições de pré- e pós-condicionamentos isquêmicos. Nossos resultados demonstraram que, por meio de análise de viabilidade celular por MTT, os danos sofridos pelos cardiomiócitos, impostos pela isquemia, foram igualmente revertidos por espironolactona, eplerenona e pela adenosina. Entretanto, ao associa-los a antagonistas dos receptores da adenosina A1R, e A3R no pré-condicionamento e A2AR e A2BR no pós-condicionamento, não houve diferença significativa na proteção das células em condições isquêmicas. Ao dosar a adenosina por espectrometria de massas nas amostras de cardiomiócitos submetidos a isquemia, observamos adenosina detectada e mostramos, pela primeira vez, que houve aumento na concentração de adenosina nas células tratadas com espironolactona no pré-condicionamento e no tratamento com eplerenona no pós-condicionamento farmacológico. As amostras do grupo normóxia, no entanto, não apresentaram adenosina detectada. A análise conjunta dos nossos resultados comprova o efeito protetor da espironolactona, eplerenona e adenosina em condições de isquemia, além disso, na presença desses antagonistas do MR houve uma maior disponibilidade de adenosina, agente associado a todo um quadro direto e indireto de proteção cardíaca em estados de isquemia. Esses resultados nos levam a crer que há mediação entre a ação da espironolactona e eplerenona com a adenosina, contudo parece ocorrer por outro mecanismo que não via ligação aos receptores da adenosina. Adicionalmente, nossos resultados são consequentes de uma análise aguda, feita 18 horas após os tratamentos, podendo não ter sido tempo suficiente para observar os resultados consequentes dessa possível mediação de ação entre receptores da adenosina e espironolactona e eplerenona. Se por um lado a reperfusão é necessária para a sobrevivência do tecido, por outro a reperfusão em si pode também causar danos teciduais, fato denominado lesão de reperfusão.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Farmacologia experimental, Adenosina
Citação
FARIA, Gabriela de Oliveira. Estudo do envolvimento dos receptores da adenosina sobre a ação cardioprotetora da espironolactona e eplerenona em cardiomiócitos de rato. 2016. 76 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2016.