As interações face a face entre mulheres encarceradas e as profissionais do psicossocial do Presídio Feminino José Abranches Gonçalves : uma análise sob a ótica da sociolinguística interacional.

dc.contributor.advisorRodrigues Júnior, Adail Sebastiãopt_BR
dc.contributor.authorCosta, Flávia Andréa Rodrigues da Silva Leandro da
dc.contributor.refereeGonçalves, Clézio Robertopt_BR
dc.contributor.refereeBaptista, Patrícia Rodrigues Tanuript_BR
dc.contributor.refereeRodrigues Júnior, Adail Sebastiãopt_BR
dc.date.accessioned2020-02-14T11:56:48Z
dc.date.available2020-02-14T11:56:48Z
dc.date.issued2019
dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em Letras. Departamento de Letras, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.pt_BR
dc.description.abstractEsta pesquisa tem como foco as interações face a face entre mulheres encarceradas e as profissionais do psicossocial da unidade prisional do Presídio Feminino José Abranches Gonçalves (PFJAG), à luz da Sociolinguística Interacional. A linha analítica é um estudo de caso que visa comparar o dinamismo constante nos enquadres dos atendimentos do fale comigo e das entrevistas da Comissão Técnica de Classificação (CTC), para investigar a alternância do footing pelas participantes da interação – psicólogas, assistentes sociais e mulheres encarceradas -, as pistas de contextualização, os enquadres interativos e os esquemas de conhecimento compartilhados. Para entender as especificidades do contexto investigado, esta pesquisa dispõe de vertente interdisciplinar, baseada nos pressupostos teóricos da Sociologia das Prisões. Além disso, esta investigação também se apoia na perspectiva dos métodos etnográficos, com a adoção de caderno de campo, registro de áudio das interações face a face, sistematização e transcrição dos dados coletados e descrição do contexto. Foram catalogadas cinquenta e uma interações face a face, divididas entre quarenta e sete provocadas pelos atendimentos de fale comigo e quatro pelas profissionais nas entrevistas de CTC. Este trabalho revela um dinamismo nos enquadres, presente tanto nas interações face a face dos atendimentos de fale conosco, já esperado, quanto das entrevistas de CTC, que são interações mais ritualizadas, que se apoiam em scripts para a investigação de demandas da Comissão Técnica de Classif icação, mas que constatou o dinamismo de uma conversa. Há um grau de negligência no compartilhamento dos esquemas de conhecimento maior na entrevista de CTC, geralmente realizada por uma profissional que não realizou atendimento anterior à reclusa entrevistada, do que no fale comigo resultante de interações anteriores. Percebe-se no “eu” de Clara – reclusa participante das interações analisadas – a projeção de mulher inocente e enganada pelos fatos num crime passional, presa “injustamente” por confiar no marido, rejeitadora do estigma de criminosa. A escolha do objeto se deu a partir de quatro etapas de coletas de dados. O recorte é o de uma interação face a face de atendimento de fale comigo e outra de entrevista de CTC.pt_BR
dc.description.abstractenThis study focuses on some of face-to-face interactions between imprisoned women and the psychosocial professionals of the José Abranches Gonçalves Women's Prison (PFJAG). Interactional Sociolinguistics was used as the foundational basis for carrying out the analysis of a case study in order to compare the dynamism of the impriso ned women’s talk-in-interaction during the interviews with the psychosocial professionals and, later on, with the Technical Committee of Classification (CTC). This comparison aimed to investigate how the participants negotiated their footings by using contextualization cues, shared knowledge schemas and frame shifts. To understand the specificities of the context investigated, this research dialogues with the theoretical assumptions of Sociology of Prisons. In addition, this research is informed by some ethnographic procedures, such as, field notes, audio recording of face-to-face interactions, systematization and transcription of data collected and context description. Fifty-one face-to-face interactions were cataloged, given that forty-seven took place with the me – as observer – and the psychosocial professionals, and four with the professionals in the CTC interviews. This work reveals a dynamism in the frameworks, present both in the face-to-face interactions of the imprisone d wome n’s talks with us (psychosocial professionals and I), which was already expected. As to the CTC interview with Clara, whose procedures are more ritualized and rely on scripts for the investigation of the demands of the Technical Commission of Classification, I observed Clara, the only imprisoned women in my data that participated in this kind of interview. During her talk in this encounter, it was also identified some dynamism in the interactions, although much less when compared to the interactions with the psychosocial professionals. There was a degree of neglect in the sharing of the higher knowledge schemes in the CTC interview, usually done by a professional who did not perform prior care for the inmate interviewed. Clara's "I" is the projection of an innocent woman deceived by the facts of a passion crime, unjustly (in her view) imprisoned for trusting her husband and rejecting the idea that he could be guilty.pt_BR
dc.identifier.citationCOSTA, Flávia Andréa Rodrigues da Silva Leandro da. As interações face a face entre mulheres encarceradas e as profissionais do psicossocial do Presídio Feminino José Abranches Gonçalves: uma análise sob a ótica da sociolinguística interacional. 2019. 214 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2019.pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/11903
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.rightsabertopt_BR
dc.rights.licenseAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 22/01/2020 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.pt_BR
dc.subjectSociolinguísticapt_BR
dc.subjectPrisioneiras - entrevistaspt_BR
dc.subjectInteração socialpt_BR
dc.titleAs interações face a face entre mulheres encarceradas e as profissionais do psicossocial do Presídio Feminino José Abranches Gonçalves : uma análise sob a ótica da sociolinguística interacional.pt_BR
dc.typeDissertacaopt_BR

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