Para uma leitura de Mário de Sá-Carneiro.
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Data
2007
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Resumo
O artigo pretende apresentar
uma orientação de leitura que, por um lado,
recupera a tradição que marca a sua fortuna
crítica; e, por outro, abre um horizonte
variado de expectativas. Mário de Sá-Carneiro,
em Confissão de Lúcio, constrói, metaforicamente,
um triângulo afetivo que
constitui o objeto de observação do presente
artigo. O texto desenha uma alegoria
de relações inusitadas para o horizonte
da época em que se localiza. A proposta
de leitura aqui apresentada contempla, especificamente,
a discursividade que a narrativa
desenvolve sem se dar conta que
está desenvolvendo. Uma teorização acerca
do olhar homoerótico, como opera operador
de leituras várias, propicia a especulação
sobre os traços de igual relação entre
as personagens principais da narrativa de
Mário de Sá-Carneiro. Psicanálise, História
e Teoria interagem para articular a leitura
que, nos parâmetros da cultura finissecular
– a que subscreve o texto em questão
– não se deu conta de certas nuances que,
em nada e por nada, desmerecem a escrita
do autor português. O “desvio” é o eixo de
orientação da leitura que aqui se apresenta.
Sua visada não é ética, mas discursiva.
Com esta noção, o mencionado triângulo
ganha um colorido mais instigante e enriquecedor,
na certeza das possibilidades interpretativas
que a leitura proporciona.
Descrição
Palavras-chave
Homoerotismo
Citação
SOUZA JÚNIOR, J. L. F. de. Para uma leitura de Mário de Sá-Carneiro. Revista de Ciências Humanas, Viçosa, v. 7, p. 37-54, 2007. Disponível em: <https://periodicos.ufv.br/ojs/RCH/article/view/3544>. Acesso em: 12 maio 2015.