Influência da restrição alimentar no controle da pressão arterial sistêmica.

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Data

2013

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Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.

Resumo

Anorexia nervosa é caracterizada por alterações psicológicas que ocasionam uma distorção da imagem corporal, um medo extremo de engordar e uma redução voluntária na ingestão alimentar. Esses pacientes muitas vezes desenvolvem alterações cardiovasculares, as quais são consideradas a principal causa de morte. Na impossibilidade de desenvolver experimentos com humanos, modelos experimentais que apresentam alterações semelhantes à anorexia tornam-se necessários para uma melhor compreensão da patologia. O modelo de restrição alimentar (RA) utilizado consiste na redução de 60% da quantidade de micro e macronutrientes oferecidos durante 14 dias. No 14º dia o grupo controle e RA foram subdivididos em três grupos experimentais: central, periférico e dosagens bioquímicas. Após o período de dieta, observamos que a mesma diminuiu o peso corporal dos animais e gerou alterações bioquímicas e fisiológicas semelhantes as que ocorrem na anorexia. As alterações bioquímicas foram diminuição da albumina plasmática, colesterol total e LDL, AST e ureia, juntamente com aumento na concentração de glicose e creatinina. Já as alterações fisiológicas foram anestro, diminuição da pressão arterial média (PAM) e da frequência cardíaca (FC). Também observamos edema cerebral e pulmonar e diminuição no peso do coração, rim e fígado, segundo peso absoluto. Posteriormente, testamos os sistemas que controlam a pressão arterial e a RA diminuiu o óxido nítrico plasmático e ocasionou uma resposta hipotensora maior após estimulação periférica do reflexo Bezold- Jarisch. Esse mesmo perfil de resposta foi observado após inibição periférica dos receptores α1 adrenérgico, porém quando bloqueamos os receptores β adrenérgicos houve uma resposta pressora menor. A infusão de Ang I aumentou mais a PAM nos animais RA, a qual posteriormente foi abolida pelo captopril. Quando colocamos Ang II por via endovenosa ou intracerebroventricular a resposta pressora foi menor na restrição em ambas as vias de administração. No bloqueio dos receptores AT1 centrais houve uma hipotensão mais acentuada que não foi observada no teste periférico e após dosagem da concentração de Ang II plasmática não houve diferença. Contudo, podemos dizer que o protocolo de restrição alimentar foi eficiente em desenvolver alterações bioquímicas e fisiológicas semelhantes as da anorexia nervosa diminuiu a concentração de óxido nítrico plasmático, aumentou a atividade simpática no vaso e aumentou a resposta hipotensora do reflexo Bezold-Jarisch. No sistema renina angiotensina, ocorreu uma resposta pressora reduzida após infusão de Ang II nos animais submetidos à restrição alimentar, também houve um aumento da responsividade após infusão de angiotensina I dependente de ECA juntamente com um aumento da atividade do receptor AT1.

Descrição

Palavras-chave

Anorexia, Sistema cardiovascular - reflexos cardiovasculares, Sistema renina-angiotensina

Citação

SOUZA, A. M. A. de. Influência da restrição alimentar no controle da pressão arterial sistêmica. 2013. 89 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2013.

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