Mix de frutas secas e oleaginosas e seu efeito no craving associado a leptina sérica.

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2019

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Introdução: Estratégias nutricionais podem auxiliar na modulação do craving, assim como as concentrações de leptina, evitando recaídas no processo de cessação tábagica. Objetivo: Avaliar o consumo de mix de frutas secas e oleaginosas e seu efeito no craving associado a leptina sérica de tabagistas. Metodologia: Intervenção clínica, com amostra não probabilística, em 23 tabagistas durante 3 semanas. Os sujeitos foram alocados em dois grupos, Grupo Intervenção (GI) (n=8) recebendo 30g de frutas secas e oleaginosas/dia e Grupo Controle (GC) (n=15). Avaliou-se no início do tratamento o grau de dependência tabágica pelo Teste de Fagerstrom. Semanalmente, o craving foi analisado pelo Questionnaire of Smoking Urges-Brie (QSU-Brief). Os níveis de leptina sérica foram avaliados no início e após três semanas de tratamento considerando o valor de mediana 5ng/mL. As análises estatísticas foram Shapiro Wilk, Teste T de Student não pareado ou Mann-Whitney (considerando p-valor igual a 0,05) e Regressão Linear Multivariada. Resultados: Os grupos apresentaram diferença significativa entre os pesos iniciais (GI= 75,72±18,64 kg; GC= 60,99±8,45 kg; p-valor= 0,018) e finais (GI=75,7±18,57 kg; GC= 61,04±9 kg; p-valor= 0,017), assim como os índices de massas corporais iniciais (GI= 28,96±6,19 kg/m²; GC=24,65±3,29 kg/m²; p-valor=0,039) e finais (GI= 29,12±6,11 kg/m²; GC= 24,69±3,44 kg/m²; p-valor= 0,036) entre os grupos. O GI apresentou grau de dependência tabágica elevado, (6,62± 2,13), maior que o GC, com grau moderado (4,80±1,82). Houve associações moderadas entre leptina sérica após o tratamento com o índice de massa corporal inicial (R=0,556; p-valor=0,03) e final (R=0,530; p-valor=0,04), assim como do hormônio com percentual de gordura corporal inicial (R= 0,683; p-valor=0,011) e final (R= 0,666; p-valor=0,01). Tais associações também foram encontradas no grupo controle, porém essas associações foram fortes, massa corporal inicial (R=0,716; p-valor<0,0001), gordura corporal inicial (R=0,8815; p-valor=0,011) e final (R=0,687; p-valor=0,0001). O GI apresentou redução do craving, principalmente na última semana. No GC os sujeitos com leptina sérica acima da mediana (>5ng/mL) apresentaram QSU-Brief aumentado na segunda semana (e fator 1) e na terceira semana (juntamente com o fator 2) mantendo essa diferença no final, diferentemente do GI, onde a leptina sérica não influenciou a variação semanal do QSU-Brief. Conclusão: Concluiu-se que houve uma redução do craving em fumantes apenas do GI. Notou-se ainda que o GC com leptina sérica acima da mediana (>5ng/mL) apresentou maior sensação de prazer causada pela nicotina na segunda semana. Já na terceira semana de tratamento, verificou-se maior dificuldade de alcançar a abstinência com possíveis quadros de recaídas, diferentemente do GI que não houve influência do craving associado a leptina sérica.

Descrição

Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.

Palavras-chave

Fumo - vicio, Craving, Leptina, Frutas desidratadas, Sementes oleaginosas

Citação

SILVA, Thayzis de Paula. Mix de frutas secas e oleaginosas e seu efeito no craving associado a leptina sérica. 2019. 100 f. Dissertação (Mestrado em Saúde e Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Escola de Nutrição, Ouro Preto, 2019.

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