Desenvolvimento de metodologias de extração arsênio em grãos alimentícios e investigação da contaminação por arsênio em grãos cultivados na região de Paracatu/MG.

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Data
2016
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Resumo
A região de Paracatu (MG) é um local onde há diversos estudos sobre a contaminação por arsênio oriundo da explotação de ouro no local. O arsênio é conhecidamente um dos elementos mais tóxicos ao ser humano, podendo causar diversos problemas de saúde e em especial levar ao desenvolvimento de câncer. As rochas que contêm ouro estão geralmente associadas à arsênio, assim durante a explotação do ouro tem-se a liberação de arsênio para o meio ambiente. Esta liberação é muito difícil de ser controlada já que o arsênio presente nas rochas prontamente se volatiliza ao entrar em contato com o ar, gerando assim um problema ambiental localizado. É importante, portanto, averiguar a contaminação em locais próximos a áreas com mineração de ouro. As principais formas de exposição ao arsênio são via consumo de água ou vegetais contaminados. Análises de água da região de Paracatu apresentaram concentrações de arsênio maiores que os permitidos pela legislação durante os períodos de seca, incluindo-se a água coletada em pontos onde se faz captação de água para irrigação. Análises de caracterização do solo da região demonstraram presença de minerais com tendência a fixar arsênio, porém a concentração de arsênio encontrada presente no solo se mostrou baixa. De modo a averiguar a possível contaminação das plantas cultivadas no local, uma metodologia de extração de arsênio assistida por banho ultrassônico foi proposta para milho, soja e feijão (principais grãos cultivados na região). A metodologia desenvolvida se mostrou altamente eficiente na extração de arsênio, com valores de recuperação consideravelmente maiores que os de metodologias convencionais por digestor micro-ondas. As análises dos vegetais demonstraram que todos os três tipos de grãos cultivados não apresentam concentração de arsênio maior que a estabelecida pelo órgão regulamentador. Porém gerou-se um alerta, pois, a concentração encontrada no feijão está próxima da concentração limite e problemas de rendimento na produção e de crescimento das plantas, mesmo com correções do solo, indicam que pode haver uma contaminação crônica de arsênio na região.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Química. Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas e Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Arsênio, Paracatu - MG, Extração - química, Cultivos alimentares
Citação
RIBEIRO, Roberto Vieira. Desenvolvimento de metodologias de extração arsênio em grãos alimentícios e investigação da contaminação por arsênio em grãos cultivados na região de Paracatu/MG. 2016. 66 f. Dissertação (Mestrado em Química) - Instituto de Ciências Exatas e Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2016.