Atividade física e fatores de risco para doenças cardiovasculares em idosos: Projeto Bambui.

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Data
2011
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Editor
Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.
Resumo
As doenças cardiovasculares (DCV) foram e continuam a ser, apesar de sua diminuição, a principal causa de morte no Brasil, se configurando como uma das maiores causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo, afetando países desenvolvidos e subdesenvolvidos. O presente estudo objetivou explorar a associação entre o gasto energético em atividades físicas (AF) e sua associação com os componentes do escore de risco de Framingham entre os idosos do Projeto Bambuí. Trata-se de um estudo de delineamento seccional, incluindo 1473 (91,7% dos participantes) idosos residentes na cidade de Bambuí (MG). A variável dependente foi o nível de AF, estimado pelo cálculo da taxa de equivalentes metabólicos (MET-minuto/semana). As seguintes variáveis exploratórias foram consideradas: idade, sexo, colesterol total e fração HDL, pressão arterial sistólica e diastólica, tabagismo e glicemia de jejum/diabetes. A estimativa da força das associações entre o gasto energético expresso em tercis e as variáveis exploratórias foi baseada em razões de prevalência (RP) estimadas pelo modelo logístico ordinal, e respectivos intervalos de confiança (95%). Entre homens idosos, associações significativas e negativas foram observadas para as variáveis idade, tabagismo atual e diabetes. O nível de colesterol HDL apresentou associação significativa e positiva com o gasto energético. Os valores de pressão arterial sistólica, diastólica e colesterol total não apresentaram associação significativa. Entre as mulheres idosas, foi observada uma associação significativa negativa entre gasto energético e as variáveis idade e diabetes. O nível de colesterol HDL apresentou associação significativa e positiva. Tabagismo atual, assim como os valores de pressão arterial sistólica, diastólica e colesterol total não apresentaram associação significativa com tercil de gasto energético nessa população. Em ambos os sexos, foi observada uma associação significativa e negativa entre o tercil de gasto energético e o risco cardiovascular de Framingham. Os resultados sugerem que o gasto energético expendido em AF possa reduzir o risco cardiovascular entre idosos de ambos os sexos, o que fala a favor da adoção de um estilo de vida fisicamente ativo, além de ser um fator importante para avaliar o perfil de risco cardiovascular dessa população.
Descrição
Palavras-chave
Exercícios físicos para idosos, Exercícios físicos - aspectos fisiológicos, Sistema cardiovascular - fatores de risco, Escore de Framingham
Citação
SANTANA, J. de O. Atividade física e fatores de risco para doenças cardiovasculares em idosos: Projeto Bambui. 2011. 41 f. Dissertação (Mestrado em Saúde e Nutrição) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2011.