Avaliação da recarga de aquíferos em microbacias do Alto Rio das Velhas, Minas Gerais.
Nenhuma Miniatura Disponível
Data
2013
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
A recarga é muito influenciada pelas características geológicas e geomorfológicas, que são muito variáveis na subbacia
do Alto Rio das Velhas. Este trabalho objetiva explicar o comportamento hidrológico aparentemente contraditório de
duas das unidades geológicas dominantes desta sub-bacia: (1) o embasamento cristalino, representado pelo Complexo Metamórfico
do Bação (CMB), e (2) os xistos do Grupo Nova Lima (GNL). No CMB, os solos se mostram em média mais permeáveis,
mas suas taxas de recarga são tidas como inferiores às encontradas no GNL. Para avançar nesta questão, foram
selecionadas duas microbacias representativas, uma em cada unidade, que guardavam entre si geometria e características
climáticas similares. Os solos de ambas foram caracterizados pedologicamente e geotecnicamente e, em cada uma, foi feito um
monitoramento por um ano hidrológico da precipitação, da vazão no exutório e da variação de nível d’água do lençol freático.
Para avaliaçao da recarga foram utilizados índices hidrológicos, como o fluxo de base e sua recessão, e a técnica da
Variação do Nível de Água (VNA), complementados pela caracterizaçao da condutividade hidráulica dos horizontes
superficiais do solo, com emprego do permeâmetro Guelph e de infiltrômetro de anéis. Confirmou-se que as taxas de recarga
na microbacia do GNL foram maiores, apesar da menor condutividade hidráulica dos solos. As respostas dos hidrogramas e
da variação temporal do nível d´água sugerem que o regolito, em média mais espesso no CMB, constitui em sua base um
aquífero com porosidade predominantemente intergranular, com alta capacidade de armazenamento e baixa condutividade,
que regula o fluxo no período de estiagem. No GNL, o fluxo de base não se sustenta da mesma forma na estiagem, por conta
do predomínio de aquíferos fraturados, com maiores condutividades e menores coeficientes de armazenamento. Os valores
obtidos de recarga com os métodos empregados devem ser tomados com cautela, já que podem ser influenciados pela intensidade
de subida e descida da superfície freática e do fluxo de base nos canais de drenagem.
Descrição
Palavras-chave
Microbacias, Recarga, Recessão, Rio das Velhas
Citação
FREITAS, S. M. A. C. de.; BACELLAR, L. de A. P. Avaliação da recarga de aquíferos em microbacias do Alto Rio das Velhas, Minas Gerais. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, v. 18, p. 31-39, 2013. Disponível em: <https://www.abrh.org.br/SGCv3/index.php?PUB=1&ID=98&SUMARIO=1564>. Acesso em: 20 de jun. 2017.