DEMIN - Departamento de Engenharia de Minas

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    Estudos de complexação dos íons Ca2+ e Mg2+ na flotação catiônica de minério de ferro.
    (2020) Cruz, Daniel Geraldo da; Lima, Rosa Malena Fernandes; Lima, Rosa Malena Fernandes; Monte, Marisa Bezerra de Mello; Lima, Neymayer Pereira; Brandão, Paulo Roberto Gomes; Leão, Versiane Albis
    Este trabalho teve por objetivo estudar a possibilidade de complexação dos cátions Ca2+ e Mg2+ e de seus produtos de hidrólise presentes em águas duras, provenientes tanto da adição de reagentes (cal) para controle de pH de polpas quanto da dissolução de carbonatos, na flotação catiônica de minério de ferro, contendo minerais carbonatados associados ao quartzo em sua ganga. Em uma primeira fase, foram realizados ensaios de microflotação em pH 10,5 com os minerais puros (quartzo, hematita e dolomita), usando amido de milho gelatinizado e acetato de eteramina (50% de grau de neutralização) na dosagem de 2,5 mg/L, determinada em estudos prévios. Os reagentes complexantes testados foram hexametafosfato de sódio, ácido cítrico e fluoreto de potássio. Para o entendimento da influência destes reagentes e do EDTA (ácido etilenodiamino tetra-acético, sal dissódico) sobre as cargas superficiais dos minerais (hematita, quartzo e dolomita), foram efetuadas medidas de potencial zeta dos mesmos condicionados somente com NaCl (1x10-3 mol/L) e com os complexantes mencionados anteriormente, mantendo a mesma força iônica (NaCl = 1x10-3 mol/L). O potencial zeta dos minerais diminuiu após o condicionamento com os complexantes, sobretudo com hexametafosfato de sódio, principalmente para a hematita e para a dolomita. Nos ensaios de solubilidade da dolomita com os complexantes, verificou-se que a ordem decrescente de contribuição para solubilização foi: EDTA > ácido cítrico > hexametafosfato de sódio. Ensaios de adsorção em pH 10,5 dos reagentes: amido, amina, EDTA e hexametafosfato de sódio (condicionados individualmente e simultaneamente) com o quartzo e hematita, seguido da determinação dos espectros infravermelhos a transformada de Fourier (reflectância difusa) confirmaram adsorção da amina sobre o quartzo (interações eletrostáticas) e do amido sobre a hematita (adsorção química) e que as possíveis espécies adsorvidas tanto no quartzo quanto na hematita foram o Ca2+, Mg2+, Mg(OH)+ e Mg(OH)2. Nos espectros infravermelhos tanto do quartzo quanto da hematita condicionados com MgCl2, seguido de condicionamento com EDTA / hexametafosfato de sódio, não foi identificada a presença da espécie Mg(OH)2 em suas superfícies, comprovando a eficácia da complexação dos íons Mg2+. Nos ensaios de flotação em bancada efetuados com amostra de itabirito quartzoso (44,7% Fe e 31,8% SiO2) com adição simultânea de íons Ca2+ e Mg2+, verificou-se aumento tanto da recuperação em massa quanto metalúrgica de Fe e consequente diminuição do teor de Fe e aumento do teor de SiO2 nos concentrados obtidos. O emprego de EDTA (1080 g/t) após o condicionamento do minério, com concentração total dos íons Ca2+ e Mg2+ igual a 300 g/t, restabeleceu a seletividade do processo: os teores de Fe e SiO2 no concentrado foram de 63% e 4%, respectivamente), que são similares aos resultados dos ensaios sem a presença desses íons na polpa. Ensaios com itabirito quartzoso e dolomítico, artificial, por planejamento fatorial de experimentos com réplica, avaliaram os seguintes fatores: tempo de agitação da polpa antes da adição de reagentes (0 e 15 minutos), proporção de dolomita no minério (2,5 % e 10%), dosagem de amido (200 e 400 g/t) e dosagem de amina (50 e 150 g/t). De modo geral, obtiveram-se teores de SiO2 de 9% a 23%, teores de Fe de 44% a 58% e índice de seletividade (I.S.) de 2,5 a 6,0. Os melhores resultados com os complexantes foram obtidos com seu uso na proporção de EDTA : cátions = (0,6 : 0,9) e hexametafosfato de sódio : cátions (0,5: 0,8). Para 10 mg/L de íons totais (Ca2+ + Mg2+), os resultados foram: 52% Fe, 9,4% SiO2, 4,4% CaO e 2,3% MgO (EDTA = 82 mg/L); 57% Fe, 9,2% SiO2, 1,7% CaO e 1% MgO (hexametafosfato de sódio = 120 mg/L), com mesmo índice de seletividade (I.S. = 5,8).
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    Amido natural e modificado como floculante de lama de minério de ferro.
    (2019) Leite, Aline da Mata Chiacchio; Reis, Érica Linhares; Reis, Érica Linhares; Alexandrino, Júnia Soares; Rodrigues, Otávia Martins Silva
    O uso de coagulantes e floculantes na etapa de espessamento de minério de ferro é essencial devido à dificuldade de sedimentação das partículas finas e ultrafinas em suspensão presentes nos rejeitos do processamento mineral. Porém, os reagentes sintéticos atualmente utilizados neste processo possuem alto custo e potencial tóxico para o meio ambiente e consumo humano, tendo o uso proibido em alguns países. Logo, este trabalho teve como objetivo avaliar a utilização de amidos modificados (catiônico reticulado, catiônico pré-gelatinizado e ceroso) como floculantes na sedimentação de lamas de minério de ferro buscando uma alternativa menos tóxica e de menor custo quando comparada com o uso de polímeros sintéticos. Foi realizada a caracterização de uma amostra da alimentação do espessador de lamas que indicou a presença de hematita, quartzo e caulinita, com cerca de 50% das partículas abaixo de 10 μm. Presença de 55 g/L de sólidos suspensos e 78 mL/L de sólidos sedimentáveis. Quando comparados com a Resolução CONAMA 357/2005 Classe II, os parâmetros de turbidez e sólidos sedimentáveis da amostra estavam acima do valor permitido. Amostras dos minerais majoritários puros (hematia e quartzo) foram utilizadas para a realização dos testes de agregação para cada amido modificado em dosagens 1 mg/L, 10 mg/L e 100 mg/L na faixa de pH de 6 a 9. O amido catiônico pré-gelatinizado foi o amido modificado de melhor resultado quanto a porcentagem de material sedimentado tanto para a hematita quanto para o quartzo nas dosagens 10 mg/L no pH 7 (99% de material sedimentado). A poliacrilamida apresentou valores baixos de quartzo sedimentado (menor que 50%). Foi observada a adsorção química do amido catiônico na superfície do quartzo e da hematita. Foram realizados então ensaios de Jar Test utilizando a amostra da alimentação do espessador de lama e o amido catiônico pré-gelatinizado, visando otimizar as variáveis de dosagem, tempo de agitação e tempo de sedimentação. Os melhores resultados nos ensaios de Jar Test foram o teste com dosagem de 10 mg/L, 20 minutos de tempo de agitação e 60 minutos de tempo de sedimentação e teste com dosagem de 50 mg/L, 10 minutos de tempo de agitação e 10 minutos de tempo de sedimentação.
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    Avaliação da aplicação de sistemas de classificação geomecânica para cavidades ferruginosas.
    (2020) Oliveira, Paula Cristine Leal; Lima, Hernani Mota de; Lima, Hernani Mota de; Brandi, Iuri Viana; Souza, Felipe Ribeiro
    A necessidade de adequação à lei brasileira incentivou os estudos sobre cavidades no país nos últimos anos, especialmente naquelas de litologia ferruginosa, por sua proximidade com regiões de mineração. É preciso entender a dinâmica dessas cavidades, com todos os complexos fatores que a envolvem, entre eles, a sua estabilidade, de maneira a definir melhores medidas de proteção e controlar impactos. Os estudos de estabilidade são ferramentas para tal, e se iniciam com a compreensão do comportamento do maciço rochoso. Este estudo visa justificar o uso de metodologias de classificação de maciços rochosos, tal como o RMR de Bieniawski e o Q de Barton, como instrumento de determinação da qualidade geotécnica de cavidades naturais subterrâneas de litologia ferrífera, propondo uma avaliação das metodologias utilizadas. Embora não tenham sido desenvolvidas para a aplicação em cavidades, as classificações são boas ferramentas no estudo destas, desde que utilizadas de maneira correta. A partir de trabalhos já realizados por empresas e por universidades, e de um banco de dados de 33 cavidades de diferentes litologias, é realizada uma análise de sua aplicação, propondo orientações para seu uso, identificando entre os principais sistemas de classificação, qual melhor se adequa a cada situação. Através de análises estatísticas e de correlação, recomenda-se utilizar mais de um sistema na avaliação do maciço, além de pelo menos uma correlação, de maneira a diminuir as incertezas e validar as análises. Por ser facilmente aplicáveis, os sistemas Q e RMR têm a preferência dos profissionais, embora o RMi tenha sido aplicado em trabalhos anteriores e obtido bons resultados. Enquanto o Q de Barton se mostra uma metodologia mais “conservadora”, o que torna seu uso mais interessante, considerando o objetivo final de preservação e monitoramento destas cavidades, o RMR oferece uma aplicabilidade melhor e mais condizente com o que é visto em campo.
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    Sedimentação de lama de minério de ferro com alto teor de manganês.
    (2019) Pereira, Vinícius Borges; Rodrigues, Otávia Martins Silva; Rodrigues, Otávia Martins Silva; Russo, Mário Luís Cabello; Reis, Érica Linhares
    Este trabalho teve como objetivo estudar a sedimentação de uma lama de minério de ferro com elevado teor de manganês. Duas amostras de lama foram coletadas no processo de espessamento da Unidade de Tratamento de Minérios 2 da Gerdau em Miguel Burnier distrito de Ouro Preto/MG, uma com elevado teor de manganês e outra com baixo teor de manganês. Essas lamas foram caracterizadas em termos de mineralogia, granulometria, composição química, área específica, peso específico e análise química das respectivas águas de processo. Ensaios de sedimentação em proveta foram realizados para comparação da velocidade de sedimentação das lamas na presença e ausência do cloreto de manganês e dos floculantes aniônicos A-130 e Mafloc 1115A. Realizaram-se medidas de potencial zeta com amostras puras de hematita e caulinita obtidas em Itabira/MG e Vila Mumguba/PA, respectivamente, para auxiliar o entendimento do comportamento das partículas em diferentes valores de pH e na presença dos floculantes e cloreto de manganês. A caracterização mineralógica apontou que as principais fases minerais presentes nas duas lamas são hematita e caulinita. A lama de elevado teor de manganês apresentou superfície específica de 59,10 m2/g, peso específico de 3,80 g/cm3, 9,43% de manganês em sua composição, 92,38% das partículas menores que 0,010 mm e concentração de 137,89 mg/L de manganês na água de processo. A lama de baixo teor de manganês apresentou superfície específica de 27,78 m2/g, peso específico de 4,09 g/cm3, 2,45% de manganês em sua composição, 80,17% das partículas menores que 0,010 mm e concentração de 30,29 mg/L de manganês diluídos na água de processo. Os ensaios comparativos de sedimentação mostraram que a velocidade de sedimentação da lama de elevado teor de manganês foi consideravelmente inferior à da lama de baixo teor de manganês em todas as condições de pH e dosagens de reagentes avaliadas. A adição de íons de manganês reduziu a velocidade de sedimentação da lama de baixo teor de manganês. As medidas de potencial zeta mostraram que todos os reagentes avaliados modificaram o potencial da hematita e caulinita. Os valores de potencial zeta dos minerais tornaram-se positivos na presença de íons de manganês e mais negativos na presença dos floculantes A-130 e Mafloc 1115A.
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    Modelos para previsão do limite de umidade para transporte marítimo de finos de minério de ferro - TML.
    (2019) Ferreira, Rodrigo Fina; Lima, Rosa Malena Fernandes; Lima, Rosa Malena Fernandes; Klen, André Monteiro; Gontijo, Carlos de Figueiredo; Pereira, Tiago Martins; Gomes, Romero César
    O transporte marítimo de minérios é um elo essencial na cadeia produtiva da mineração, sendo regulamentado em âmbito internacional pela Organização Marítima Internacional (IMO), em cujo arcabouço regulatório figuram leis que visam garantir a segurança das operações. Dentre outras cargas minerais úmidas, os finos de minério de ferro com percentual de goethita inferior a 35% são susceptíveis a liquefação durante o transporte marítimo, em determinadas condições. Este fenômeno pode deslocar a carga e colocar a embarcação e sua tripulação em risco. Para que sejam embarcadas, a lei internacional exige que sua umidade seja inferior ao Limite de Umidade Transportável (TML). Para finos de minério de ferro este parâmetro pode ser obtido pelo teste de Proctor/Fagerberg Modificado para Finos de Minério de Ferro (PFD80), um teste de compactação que consiste em se compactar o minério a uma energia de 27,59 kJ/m³ em diferentes umidades, sendo o TML a umidade em massa base úmida na qual o minério atinge 80% de saturação. O presente estudo propõe três modelos de previsão do TML de finos de minério de ferro definido pelo teste PFD80, utilizando parâmetros obtidos na caracterização tecnológica, e um modelo baseado em um teste de compactação simplificado. Os modelos propostos são ferramentas auxiliares para pesquisa e controle do TML nas operações, que reduzem o tempo de resposta e a quantidade de amostra requerida, e apresentaram boa aderência em comparação com resultados medidos, incluindo dados de outros autores. O estudo avaliou como diferentes características dos minérios influenciam no TML. Como o TML corresponde à umidade na qual 80% dos vazios estão preenchidos por água, ele é proporcional ao volume de vazios. Portanto, parâmetros que influenciam no volume de vazios resultante da compactação influenciam no TML. O estudo constatou que a distribuição granulométrica apresenta o maior nível de influência no TML, e o coeficiente de uniformidade (D60/D10) representa numericamente esta influência. A composição mineralógica influencia o TML de duas formas: refletindo a morfologia das partículas através dos tipos morfológicos de hematita, e indicando minerais com maiores níveis de porosidade, como a hematita martítica e alguns tipos de goethita. A análise química também reflete alguns tipos de minerais presentes, e o grau de hidratação do minério está diretamente relacionado às variações de TML. Sendo expresso em umidade em massa base úmida, o TML também está relacionado à massa específica dos sólidos.
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    Agregação hidrofóbica aplicada ao beneficiamento de finos de minério de ferro.
    (2019) Nogueira, Francielle Câmara; Pereira, Carlos Alberto; Rodrigues, Otávia Martins Silva; Pereira, Carlos Alberto; Peres, Antônio Eduardo Clark; Chaves, Arthur Pinto; Galery, Roberto; Reis, Érica Linhares
    No cenário atual da mineração, diversas pesquisas têm sido desenvolvidas com objetivo de reaproveitar todo material que é depositado em barragens. Grande parte desse material é composto pelo rejeito proveniente das plantas de beneficiamento mineral, entretanto outra parcela é composta por finos de minério, que apesar dos teores de elementos úteis relativamente altos, não conseguem ser processados pelos métodos tradicionais de concentração. Várias alternativas têm sido propostas, dentre as quais se destaca o processo de agregação hidrofóbica por cisalhamento. Diferente dos processos usuais de aglomeração em que são utilizados floculantes ou coagulantes inorgânicos, essa técnica promove a agregação de partículas minerais, seletivamente hidrofobizadas pela ação de coletores, em um sistema submetido a uma intensa agitação. Os agregados hidrofóbicos formados são capazes de aderir na bolha e serem recuperados através da flotação. Apesar do potencial, este processo ainda possui aplicação limitada na indústria mineral brasileira, o que pode ser atribuído à disponibilidade de minérios de fácil processamento e à falta de compreensão a respeito do assunto. Este fato motivou o desenvolvimento desta pesquisa, que teve como objetivo estudar a aplicabilidade da agregação hidrofóbica por cisalhamento para auxiliar a flotação reversa do minério de ferro com granulometria (90% < 38 μm). Primeiramente, foram realizados estudos de agregação utilizando o quartzo. Em seguida, foram realizados ensaios de flotação de bancada, com a etapa de condicionamento em alta intensidade, com o minério de ferro. Para os estudos fundamentais, foram testados diferentes valores de pH, velocidade e tempo de agitação, tipo e concentração de coletor identificando as melhores condições de agregação do quartzo. Os coletores utilizados para hidrofobização dos minerais foram uma amina primária, uma etermonoamina e uma eterdiamina. Os resultados mostraram que não houve agregação das partículas na ausência do coletor, mesmo condicionadas em alta intensidade, comprovando a importância da hidrofobicidade das partículas para formação e crescimento dos agregados. Em relação a intensidade de agitação, o índice de agregação aumentou com a velocidade de rotação. Dentre os valores testados, em 500 rpm, o índice de agregação ficou muito próximo aos testes sem agitação. Em 3.000 rpm, apesar dos maiores índices de agregação, o tamanho dos agregados diminuiu, devido ao forte cisalhamento causado pela agitação do sistema. Quanto a carga das partículas, não foi possível relacionar a agregação do sistema com o potencial zeta das partículas, uma vez que foi observada agregação em altos módulos de potencial zeta, comprovando que a hidrofobicidade é o fator que governa este processo de agregação. Nos ensaios de flotação em bancada, observou-se para todos os reagentes testados um aumento significativo do índice de seletividade com o aumento da velocidade de condicionamento do sistema, com os maiores IS obtidos em 2.200 rpm. O aumento da porcentagem de sólidos de 30 % para 50% também contribuiu para o processo de separação. Quanto a quantidade de coletor, verificou-se que as dosagens de 150 g/t e 200 g/t garantiram melhor seletividade. Ao comparar os reagentes testados, a etermonoamina apresentou os melhores parâmetros de qualidade, ou seja, menor quantidade de sílica e consequente maior teor de ferro no concentrado que os outros reagentes testados. Já a eterdiamina alcançou maiores valores de produtividade quando comparada com a etermoamina. A análise dos resultados permitiu concluir que a agregação hidrofóbica é uma técnica promissora para a recuperação de partículas finas de minério de ferro.
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    Influência de parâmetros experimentais na granulação de minério de ferro.
    (2018) Cunha, Fernando Rodrigues da; Luz, José Aurélio Medeiros da; Luz, José Aurélio Medeiros da; Russo, Mário Luís Cabello; Lima, Hernani Mota de
    O controle das propriedades físicas dos granulados é de grande importância industrial uma vez que são esses parâmetros que vão permitir um melhor aproveitamento dos finos nas usinas. Vários trabalhos relacionando diferentes variáveis de processo com as propriedades do granulado produzido podem ser encontrados na literatura, mas ainda é muito difícil prever quantitativamente a distribuição granulométrica dos aglomerados de uma nova formulação somente com o conhecimento de suas propriedades mineralógicas, químicas e granulométricas. Neste estudo foi realizada a caracterização de uma amostra de minério de ferro, avaliado o efeito da velocidade de rotação do tambor e comparado o desempenho de dois aglomerantes diferentes. Os resultados mostraram redução do diâmetro médio dos grânulos com a utilização do aglomerante Peridur 330® em comparação com a bentonita. Em contrapartida, os granulados feitos com bentonita se mostraram mais resistentes. É possível observar que os grânulos contendo bentonita como ligante apresentaram valores ligeiramente menores de porosidade e de permeabilidade, indicando também uma maior resistência das pelotas formadas.
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    Concentração de rejeito de flotação e lamas de minério de ferro por separação magnética.
    (2018) Rocha, Rafaella Bicalho da; Reis, Érica Linhares; Reis, Érica Linhares; Luz, José Aurélio Medeiros da; Alexandrino, Júnia Soares
    As barragens de rejeitos provenientes do beneficiamento de minério de ferro localizadas no Quadrilátero Ferrífero - MG encontram-se saturadas ou em processo de saturação. Devido a ineficiências dos processos de beneficiamento, os rejeitos produzidos ainda contêm teor de ferro que poderiam ser aproveitados aumentando assim a vida útil das barragens de rejeitos e a produção de minério de ferro. O presente trabalho tem como principal objetivo realizar estudos de concentração magnética do rejeito de minério de ferro proveniente de uma usina de beneficiamento, localizada no Quadrilátero Ferrífero – MG. A metodologia desse trabalho constituiu de duas etapas, a primeira de caracterização do rejeito, analisando suas características físicas, químicas e mineralógicas. A segunda etapa consistiu na realização de ensaios de concentração magnética fundamentais, piloto e industrial buscando recuperação metalúrgica e teores de ferro e sílica que atendam as especificações de mercado, podendo-se de tal forma estipular uma rota para concentração desse rejeito e acarretando assim, num melhor aproveitamento do bem mineral. Os ensaios fundamentais apontaram que é possível a concentração das frações granulométricas abaixo de 37μm, com gaps menores (1,1mm) sendo mais sensível ao campo magnético em gap maior. Os ensaios piloto resultaram na configuração otimizada para os ensaios industriais, com gap de 1,1mm, matriz BigFLUX e 16.000G, porém não foi possível obter o teor de ferro planejado, sendo necessários estágios posteriores de limpeza do concentrado. Nos ensaios industriais o equipamento foi configurado para três estágios de concentração (rougher, cleaner e recleaner) com gaps de 1,1mm e 1,5mm e campo magnético na ordem de 16.000G, e foi obtido um concentrado com teor de ferro médio de 63%, com uma recuperação em massa de cerca de 15%, o que aumentaria a produção do complexo em mais de 1,5 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano, aproximadamente.
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    Impacto da incorporação da variável densidade na estimativa de reservas minerais de ferro : mina de Brucutu.
    (2018) Lisboa, Mayara da Costa; Cabral, Ivo Eyer; Arroyo Ortiz, Carlos Enrique; Cabral, Ivo Eyer; Lima, Hernani Mota de; Sousa, Wilson Trigueiro de
    Este estudo aborda a importância de a densidade ser levada em consideração nas estimativas de teores de minério, já que a mesma varia ao longo do depósito. A aplicação da variabilidade da densidade nas estimativas gera resultados de tonelagens diferentes daqueles em que a densidade é considerada constante. Informações de densidade provenientes da mina de ferro de Brucutu foram usadas para um estudo de caso. Foram utilizados dados de hematita friável e itabirito friável, pois estas litologias apresentam maior número de amostras de densidade e estão entre as maiores em cubagem, baseados em estudo feito sobre a cava final do depósito. Diferentes cenários (krigagem ordinária só com os dados de densidade disponíveis, cokrigagem, uso da média e krigagem ordinária usando dados adicionais de densidade gerados por regressão ou por cálculo normativo) foram usados e comparados para a estimativa da densidade em um modelo de blocos. Foram comparados também duas formas (método direto e indireto) para converter densidade em massa ou tonelagem da substância útil, no caso o Fe. No método direto a variável acumulada (teor x densidade) é estimada diretamente nos blocos. No método indireto as estimativas de teor e densidade são realizadas separadamente, sendo a acumulação (produto entre elas), efetuada posteriormente. Ambos os métodos forneceram resultados próximos. As estimativas individuais de blocos podem variar muito quando realizadas por métodos diferentes. A quantidade de dados disponíveis de densidade, menor em relação a outras variáveis como teores, afeta a qualidade dos resultados e principalmente a quantidade de blocos estimados. Regressão linear e cálculo normativo foram usados para gerar indiretamente novos valores de densidade. O cálculo normativo se mostrou uma forma muito atrativa para o cálculo de novos valores de densidade para a mina em estudo, principalmente se dados de porosidade medida ou calculada indiretamente são disponíveis. A densidade afeta diretamente as estimativas de massas de minério a serem recuperadas e tem, consequentemente impacto na economia de um projeto de mineração. Este estudo sugere uma metodologia mais adequada para o tratamento da variável densidade em estimativas via krigagem, de forma a obter resultados mais próximos da realidade, diminuindo assim, as incertezas envolvidas nas estimativas de recursos/reservas minerais.
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    Efeitos granulodensitários na jigagem.
    (2017) Valy, Assamo Esmael Amad; Luz, José Aurélio Medeiros da; Luz, José Aurélio Medeiros da; Albuquerque, Rodrigo Oscar de; Lacerda, Carla Maria Mendes
    A separação densitária implica em baixos custos operacionais, com impactos ambientais minimizados. A justificativa para este trabalho foi estudar método densitário de concentração adequado para a concentração de itabirito típico. Assim, se buscou melhorar a jigagem de itabirito, a partir de campanha de ensaios de concentração em um jigue de bancada, sob condições de granulação controlada. Amostras binárias sintéticas (de hematita e quartzo) foram preparadas, simulando diversos minérios. Teores de alimentação de 40 %, 50 % e 60 % de hematita foram estudados. Ensaios em mesa oscilatória e concentrador helicoidal também foram feitos, sendo os seus resultados comparados com os de jigagem. Ao menos nas condições experimentais estudadas, o jigue mostrou melhor desempenho em todos os teores de alimentação estudadas. No que concerne aos ensaios no jigue para as doze classes granulométricas isoladas, os melhores resultados foram obtidos nas classes granulométricas entre 0,42 mm e 0,59 mm, e entre 0,297 mm e 0,42 mm. Para os ensaios de jigagem nas faixas bitoladas – nomeadamente: grossos, médios e finos – os melhores resultados foram observados na faixa dos médios, com um diâmetro médio das partículas de 0,36 mm. Para as classes granulométricas isoladas, com teor de alimentação de 60 % de hematita na classe entre 0,42 mm e 0,59 mm e na frequência de 8,2 Hz, foi possível obter teor do concentrado de 99,09 % de hematita, com índice de seletividade de 14,46, revelando-se a melhor condição ensaiada para esse sistema. O jigue teve um bom desempenho nos ensaios com faixas bitoladas, com teores de alimentação abaixo de 50 % de hematita, ao menos na amplitude e nas frequências de pulsação testadas. Ensaios com o teor de alimentação de 40 % de hematita, na faixa dos médios, resultaram teor de 97,62 % de hematita no concentrado e índice de seletividade de 12,37. Para teor de alimentação com 50 % de hematita na faixa dos médios foi possível obter teor no concentrado de 94,57 % com índice de seletividade de 7,01.