DEEDU - Departamento de Educação

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Resultados da Pesquisa

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    A rede municipal de ensino e suas articulações frente à inserção de professores(as) iniciantes : o caso de Mariana-MG.
    (2021) Bonfim, Karlene de Sousa; Araújo, Regina Magna Bonifácio de; Araújo, Regina Magna Bonifácio de; Tinti, Douglas da Silva; Nakayama, Bárbara Cristina Moreira Sicardi
    Na atualidade discute-se recorrentemente a formação de professores e as nuances que permeiam essa temática. Observamos, em estudos acadêmicos, que esse assunto vem sendo cada vez mais discutidos nos últimos anos, numa tentativa de responder às demandas do campo educacional e da formação dos profissionais da Educação Básica. Este trabalho teve como objetivo identificar a partir das narrativas das professoras iniciantes e das assessoras da Secretaria Municipal de Educação - SME da cidade de Mariana-MG quais são as suas percepções e aprendizagens construídas no inicio da carreira. Nosso aporte teórico baseou-se nas discussões apresentadas por Huberman (2000), Garcia (1999), Nóvoa (1999), Josso (2002), entre outros, e em um mapeamento sistêmico das pesquisas sobre os professores iniciantes e sua inserção docente no Catálogo de Teses e Dissertações da Capes, nos últimos 10 anos (2009-2018). Para compreender o processo de inserção à docência dos professores da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, selecionamos duas escolas: uma localizada na sede administrativa da cidade de Mariana-MG e a outra no distrito de Passagem de Mariana-MG. Empregamos, neste trabalho, uma abordagem qualitativa das subjetividades evidenciadas nas narrativas (auto)biográficas dos colaboradores da pesquisa. Para a produção de dados, optamos pela utilização de um questionário composto por quinze questões que foram respondidos pelas professoras iniciantes com o intuito de traças o perfil dessas colaboradoras. Em seguida realizamos entrevistas episódicas de forma remota pela plataforma Google Meet com as professoras iniciantes em dias e horários agendados previamente com a intenção de promover nessas colaboradoras da pesquisa uma reflexão, um resgate de episódios que as constituem, de episódios que biografam o seu processo de inserção profissional. Posteriormente realizamos com as assessoras, da Educação infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental da Secretaria Municipal de Educação da cidade de Mariana-MG, também de forma remota e individual, entrevistas semiestruturadas direcionando com questões que trataram da inserção docente. Deste modo, pautado nas narrativas das colaboradoras da pesquisa emergiram as seguintes categorias que são analisadas nesta pesquisa: (I)das narrativas das professoras iniciantes: profissão docente, sentimentos em relação ao início da docência, processo de designação e processo seletivo para atuar como docente, inserção docente e acolhimento, desafios do ensino remoto para os iniciantes e ações para os professores iniciantes.(II)das narrativas das assessoras da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental: profissão docente, início da docência, acolhimento docente, sentimentos no início da docência, processo de contratação, e ações voltadas para os iniciantes.Os dados demonstraram que o início da carreira docente é um período do desenvolvimento profissional muito desafiador e que, no município de Mariana-MG, existem formações pontuais voltadas para todos os professores no início do ano letivo, não especificamente para os iniciantes, mas para todos os contratados. Portanto, não existem ações ou programas estruturados para essa etapa da carreira docente neste município. As narrativas das colaboradoras da pesquisa expressam que a demanda desse tipo de ação é algo recente, considerando-se que foi a partir do ano de 2018 que a rede começou de fato a receber professores iniciantes. Em suma, em função de um diálogo mais amplo com as colaboradoras da pesquisa,nossos resultados mostram que é pertinente pensar nessa etapa inicial da carreira, uma vez que muitos profissionais podem desistir de atuar devido às dificuldades encontradas nesse período da profissão docente.
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    Professores dos anos iniciais do ensino fundamental no início da docência : a construção da identidade profissional.
    (2020) Cota, Juliana do Carmo Mendonça; Nunes, Célia Maria Fernandes; Nunes, Célia Maria Fernandes; Araújo, Regina Magna Bonifácio de; Pena, Geralda Aparecida de Carvalho
    O início da carreira docente é permeado por situações novas, inesperadas e por vezes desafiadoras. Para um professor iniciante, nem sempre é fácil deixar de ser aluno para tornarse professor, passando por situações de “choque com o real” e de “descoberta” no início da carreira. Nessa etapa, a identidade profissional docente terá como base muito do que ele aprendeu e viveu ao longo de sua vida como aluno, unindo aprendizados e vivências de sua formação inicial, atrelados à relação estabelecida na escola com seus pares, alunos e pais. Essa pesquisa teve como objetivo geral identificar e analisar a construção da identidade de professores iniciantes que atuam dos anos iniciais do ensino fundamental da rede pública das cidades de Mariana e Ouro Preto. Para seu desenvolvimento, foi utilizada uma metodologia de abordagem qualitativa, com uso de entrevistas semiestruturadas e questionários junto a 05 professores. Para apoiar essa discussão utilizou-se as contribuições de autores como: Tardif (2012), que afirma que a profissão docente possui sua inserção profissional muito antes de seu início efetivo, pois, como estudante já se vivencia questões da profissão; Marcelo Garcia (2010) que aponta os cinco primeiros anos de exercício docente como a fase de inserção profissional, etapa da carreira que é descrita por Huberman (2005) como “fase da sobrevivência”, permeada por sentimentos de “choque da realidade” e de “descoberta”; e Dubar (1997), que fala sobre os processos de construção da identidade a partir das relações. A partir desse trabalho, percebeuse a importância das relações estabelecidas na atuação do professor na escola, no desenvolvimento da formação inicial e nas relações estabelecidas ao ingressar na carreira. A pesquisa apontou que a construção da identidade profissional se inicia antes mesmo do processo e formação inicial. Através de contato com a profissão na educação básica os professores se aproximam e experimentam o primeiro vislumbre da profissão. Percebeu-se que a formação inicial apresenta questões que precisam ser aperfeiçoadas para dar mais segurança ao professor iniciante. Atividades como o estágio obrigatório aparecem como um marco na formação, já que através dele os futuros professores podem ter contato com a instituição de ensino ainda como alunos, com uma participação restrita, podendo conhecer melhor o campo de trabalho antes de iniciar como professor regente de fato. A relação de apoio profissional dos professores mais experientes foi destacada por proporcionar aos iniciantes mais segurança ao contar com o apoio dos colegas. A pesquisa apontou que mesmo com fatores em comum, a construção da identidade é realizada de maneira única por cada professor. Cada um conduz à docência a partir das suas várias experiências de vida e profissionais.
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    A educação física em “celas de aula” : possibilidades e desafios de professores iniciantes atuantes em unidades prisionais.
    (2018) Custódio, Glauber César Cruz; Nunes, Célia Maria Fernandes; Nunes, Célia Maria Fernandes; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Paixão, Jairo Antônio da
    A educação prisional é uma realidade hoje no Brasil. Essa modalidade de educação é amparada por variados documentos, decretos e resoluções que visam garantir o direito à educação aos sujeitos em situação de privação de liberdade. Em seu currículo, são oferecidas diferentes disciplinas, entre elas, a Educação Física, que tem suas características e necessidades específicas. Dessa forma, esta investigação intencionou compreender as possibilidades e possíveis desafios enfrentados pelos professores de Educação Física, no início de carreira, atuantes em escolas de unidades prisionais da Região dos Inconfidentes. Esta investigação, constitui-se como uma pesquisa de natureza qualitativa, que utilizou como instrumentos para obtenção dos dados entrevista semiestruturada, questionário e caderno de campo. Participaram da pesquisa três professores de Educação Física, em início de carreira, que atuam nos três estabelecimentos prisionais convencionais da região elegida para o estudo com a oferta da educação prisional. Constatamos que os professores iniciantes de Educação Física defrontam-se com diferentes desafios nas escolas prisionais, que podem limitar suas possibilidades, como a formação inicial que não abarcou, em nenhum momento, algum conteúdo ou disciplina específica à educação prisional. A indisponibilidade de formação continuada específica à área também aparece como uma outra questão. Os professores participantes citam, também, o olhar negativo da sociedade sobre a educação prisional, os dilemas com agentes de segurança prisional, a falta de autonomia dos professores diante das rígidas regras dos estabelecimentos prisionais, a imprevisibilidade das ações escolares em virtude dos acontecimentos inesperados nas prisões, a falta de apoio da escola aos professores, o não reconhecimento da importância da Educação Física e de seu professor pelos docentes das outras disciplinas, a precarização física estrutural das escolas prisionais, as restrições de matérias e estratégias didáticas. Há, ainda, uma condição negativa específica para a Educação Física, no que se refere as aulas acontecerem somente dentro da sala/ cela, sendo as aulas teóricas sua grande maioria. Essas circunstâncias limitam o alcance dos propósitos educacionais da disciplina e engendram um paradoxo, pois, quando se pensa na disciplina pressupõe-se a presença de movimento e de práticas corporais. Todavia, salienta-se que os professores revelam grande satisfação em exercerem a docência em escola prisional, destacando, por exemplo, o grande respeito que os alunos têm. Diante de tais questões, entendemos que faz-se necessário repensar aspectos da formação dos professores e a lógica de organização das escolas prisionais através de mecanismos que reduzam os desafios e que favoreçam a prática docente com a Educação Física nesse contexto.