DEEDU - Departamento de Educação
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Resultados da Pesquisa
Item Estações da escrita de si : trajetórias formativas de professores de matemática em memoriais.(2017) Oliveira, Iara Letícia Leite de; Carvalho, Rosana Areal de; Silva, Fernanda Aparecida Oliveira Rodrigues; Carvalho, Rosana Areal de; Silva, Fernanda Aparecida Oliveira Rodrigues; Ferreira, Ana Cristina; Nacarato, Adair MendesEsta pesquisa tem como objeto de estudo a trajetória formativa de professores de Matemática e está problematizado em torno da seguinte questão: Que elementos da trajetória formativa um grupo de professores de Matemática desvela no decorrer da escrita de si no memorial de formação? Tem como objetivo geral tecer uma compreensão de aspectos da trajetória formativa desses professores de Matemática ao narrarem sobre sua história de vida por meio do memorial de formação e, como objetivos específicos: (i) compreender como se desvela as trajetórias de formação percorridas por esses professores; (ii) identificar os elementos que emergem na construção do “ser professor” a partir dos memoriais de formação produzidos pelos professores. Do ponto de vista metodológico, adotamos a abordagem qualitativa e a perspectiva do Método Biográfico. Como colaboradores da pesquisa tivemos seis professores de Matemática, estudantes de um Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática, cuja colaboração se deu através do questionário e da escrita de um memorial de formação que constituiu o corpus de análise. Os dados provenientes desses instrumentos foram analisados com base na Análise de Singularidades e Convergências. Por essas narrativas percebemos que esses professores, de modo geral, percorreram caminhos, apesar de particulares, com muitas aproximações. A trajetória formativa desses professores se constituiu na escolarização, nas vivências familiares, na licenciatura em Matemática, no mestrado e em outros espaços, articulada às experiências na sala de aula, onde se consolida o saber e o saber-fazer e se constrói o aprendizado para o processo de tornarem-se professores. Ao narrarem lembram-se das pessoas que fizeram parte de suas vidas apoiando ou incentivando. São unânimes as lembranças dos professores que tiveram, apontando as características do que consideram um bom professor e aquilo que desejam ser como profissionais, tomando-os como referenciais. Sobre o início da docência contam sobre o cotidiano da profissão, as tensões nesse local, as dificuldades com a indisciplina dos alunos, dentre outras questões que permeiam esse ambiente. Exercendo a profissão buscam cursos para aprimorar as habilidades e conhecer outras metodologias, dentre eles aparece o mestrado. No contexto dessas vivências, constatamos que a constituição como docentes ocorre em diversas etapas, em que vão construindo saberes, crenças e valores. Portanto, essa constituição se dá durante toda a trajetória de vida do sujeito.Item Percepções de futuros pedagogos acerca de sua formação matemática : estudo com licenciandos de dois cursos de Pedagogia de Minas Gerais.(2016) Souto, Nayara Mariano; Ferreira, Ana Cristina; Ferreira, Ana Cristina; Nunes, Célia Maria Fernandes; Passos, Cármen Lúcia BrancaglionEstudos vêm evidenciando sérios problemas no ensino e na aprendizagem da Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Existem também evidências de que tais problemas se relacionam, em alguma medida, à formação matemática dos professores que lecionam para esse nível, geralmente, formados em cursos de Pedagogia, desde a promulgação da Lei 9394/96. Tal curso no Brasil passou por diversas mudanças que alteraram seu foco ao longo dos anos. De acordo com a Resolução CNE/CP no1, de 2006, um egresso do curso pode atuar na docência da Educação Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nas disciplinas pedagógicas no Ensino Médio, na modalidade Normal, na EJA e na Educação Profissional. Além disso, pode atuar na gestão e organização de projetos educacionais em ambientes escolares e não escolares. Com tantos perfis previstos, a formação oferecida é flexibilizada e interdisciplinar, porém, nem sempre consegue preparar adequadamente o profissional. Nesse contexto, levantamos as seguintes questões: Como alunos concluintes do curso de Pedagogia percebem sua formação matemática? Eles se sentem preparados para lecionar Matemática? Para isso, realizamos uma pesquisa qualitativa, da qual participaram licenciandos de dois cursos de Pedagogia de Minas Gerais. Os dados foram coletados a partir da aplicação de questionário e entrevista a alguns licenciandos dos cursos selecionados, da observação in loco de aulas e da análise documental dos projetos pedagógicos dos cursos em questão. Analisamos os dados coletados à luz de estudos de Shulman (1986), Tardif (2012) e Gauthier (1998) voltados para os saberes da/para a docência. Para tratar da formação matemática de pedagogos docentes utilizamos, dentre outros, Curi (2004), Gatti e Nunes (2008), Libâneo (2010). Os resultados apontam que os cursos pesquisados ofertam entre quatro e cinco disciplinas matemáticas, número superior ao usualmente previsto nos cursos de Pedagogia brasileiros. Contudo, não parece suficiente para que os futuros pedagogos concluam o curso se sentindo seguros para lecionar Matemática. Tal fato nos fez pensar que a discussão sobre formação matemática de pedagogos vai além da carga horária, mas deve focar a maneira como as disciplinas são desenvolvidas. Uma sugestão que surgiu a esse respeito foi a fala de uma participante sobre a necessidade de se realizar a formação inicial em parceria com professores da educação básica. Outro resultado importante foi que declarações de alguns participantes do estudo sugerem que esses tendem a atribuir maior importância ao conhecimento específico do conteúdo e ao conhecimento pedagógico do conteúdo que ao conhecimento curricular. De modo geral, a maioria não se sente segura para lecionar Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental.