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Resultados da Pesquisa
Item Avaliação das habilidades de leitura da BNCC para os anos finais do ensino fundamental.(2023) Roncete, Karine Votikoske; Matos, Daniel Abud Seabra; Corrêa, Hércules Tolêdo; Matos, Daniel Abud Seabra; Corrêa, Hércules Tolêdo; Lages, Rita Cristina Lima; Hamdan, Juliana Cesário; Soares, José Francisco; Coscarelli, Carla VianaEm 2017, o Governo Federal homologou a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Fundamental. O documento normativo tem como um de seus objetivos, assegurar que conteúdos básicos de aprendizagem sejam garantidos aos estudantes. Para alcançá-lo, a BNCC pauta-se em competências e habilidades. Esta pesquisa se propôs a avaliar as habilidades de Leitura referentes aos anos finais do Ensino Fundamental da Base Nacional Comum Curricular. O principal referencial teórico utilizado foi a Taxonomia revisada de Bloom, que além de ser usada amplamente no contexto educacional, também serviu de base para a reestruturação da matriz de referência do SAEB. A Taxonomia revisada de Bloom possui duas dimensões: o processo cognitivo e o domínio do conhecimento. Este divide-se em quatro tipos: factual, conceitual, procedimental e metacognitivo. Já aquele, em seis: lembrar, compreender, aplicar, analisar, avaliar e criar. A Taxonomia nos auxiliou para a elaboração de um glossário de verbos, separados por processos cognitivos, e na reescrita das habilidades. Analisamos 58 habilidades de Leitura e elas foram separadas em 4 grupos: i) habilidades que não são de leituras: retirou- se tudo o que não era pertencente a leitura (seja a habilidade inteira, seja parte dela); ii) habilidades que se relacionam indiretamente com leitura: são aquelas que, apesar de importantes, só poderiam acontecer após ocorrer a leitura em si; iii) habilidades de efeito de sentido: foram dez habilidades sobre o tema integradas em uma única habilidade e iv) outras habilidades analisadas. Desse último grupo, analisamos 35 habilidades. Buscamos clarificar o sentido das habilidades, deixando apenas sua “ideia central”. Para ajudar na apropriação do material, também tivemos um cuidado de tentar equilibrar a quantidade de habilidades em cada processo cognitivo. Esse equilíbrio é importante, uma vez que habilidades de baixa complexidade são imprescindíveis para o aprendizado, desde que não sejam parte dominante do material pedagógico. Dessa forma, chegamos ao resultado de 28 habilidades, distribuídas pelos processos cognitivos da seguinte forma: 4 em Lembrar; 8 em Compreender; 9 em Analisar; 5 em Avaliar e 2 em Criar. A maioria deles são pertencentes ao domínio do conhecimento “conceitual” (21); 5 pertencem ao “factual” e 2 ao “procedimental”. Com esse conjunto de habilidades, mobilizadas em diferentes contextos, acreditamos ser possível formar um estudante proficiente em leitura. Por fim, elaboramos algumas questões com base em um texto de um livro didático de 7o ano, para ilustrar a mobilização de diversas habilidades analisadas. Uma limitação do nosso estudo foi restringir a análise apenas à parte de Leitura dos anos finais do Ensino Fundamental. É crucial investigar outras áreas temáticas nessa etapa de ensino, assim como nos anos iniciais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio.Item Descrição e medida da competência leitora no ensino fundamental.(2020) Barbosa, Lauren Angela Maria Nogueira; Matos, Daniel Abud Seabra; Soares, José Francisco; Matos, Daniel Abud Seabra; Corrêa, Hércules Tolêdo; Soares, José Francisco; Coscarelli, Carla VianaNo contexto educacional atual, existe uma dificuldade de informar, de maneira clara e adequada, o que se espera que os alunos aprendam como resultado do ensino. Uma grande quantidade de objetivos de aprendizagem, muitas vezes vagos, costuma ser utilizada na educação. Esta pesquisa se propôs a elaborar objetivos de aprendizagem a partir de sentenças descritoras de itens de avaliações externas em Língua Portuguesa. O principal referencial teórico usado foi a Taxonomia Revisada de Bloom que apresenta, como estrutura para a elaboração de objetivos de aprendizagem, o uso de um verbo para nomear um processo cognitivo e de um substantivo para indicar o objeto de conhecimento. Essa taxonomia é constituída por duas dimensões: conhecimento e processos cognitivos. A primeira compreende quatro tipos: factual, conceitual, procedimental e metacognitivo. A segunda abarca 19 processos, distribuídos em seis categorias com complexidade cognitiva crescente (lembrar, compreender, aplicar, analisar, avaliar e criar). Em associação, o quadro conceitual do PISA de leitura foi usado na fundamentação teórica e, em especial, suas três categorias de processos cognitivos: localizar informações, compreender, avaliar e refletir. No percurso metodológico, trabalhou-se com 1.813 sentenças descritoras de itens de avaliações externas de Língua Portuguesa, oriundas de relatórios pedagógicos do SAEB, da Prova São Paulo e de documentos curriculares dos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. As informações foram categorizadas e analisadas, para serem usadas na discriminação dos objetos de conhecimento e dos processos cognitivos selecionados na elaboração dos objetivos de aprendizagem. O número final de objetivos de aprendizagem em leitura elaborados neste trabalho foi de 84, distribuídos em três grandes grupos: elementos contextuais (24), elementos textuais (43) e elementos linguísticos (17). As habilidades da nova matriz de Língua Portuguesa do SAEB (2018) foram analisadas. Observa-se uma progressão em termos de complexidade cognitiva nas habilidades do 5º para o 9º ano da nova matriz, na maior parte dos casos. No entanto, revela-se a presença significativa de processos de baixa complexidade cognitiva na matriz, pela utilização de verbos que envolvem a recuperação da informação da memória em várias habilidades. Processos mais elevados, que abordam a compreensão, a análise e a integração de informações, poderiam estar mais presentes a fim de contribuir para a elaboração de testes nos quais a leitura avaliada não se limite à reprodução de conhecimentos escolares. Como contribuições da pesquisa, considerase que o conjunto de objetivos de aprendizagem elaborados trazem uma síntese representativa da área de Leitura, com um potencial de aplicação muito grande: elaboração ou avaliação de materiais didáticos ou de propostas de ensino; análise e avaliação de currículos em redes estaduais e municipais; possibilidade de diálogo e de melhorias da BNCC; formação de professores, dentre outras. Sugerimos a utilização de conceitos das taxonomias cognitivas na elaboração de objetivos de aprendizagem que possam orientar, de forma clara e específica, o que se pretende ensinar e como a aprendizagem pode ser avaliada. Essa utilização pode ser integrada a outros quadros teóricos e expandida para diferentes áreas de conhecimento, além de ser usada na formação/capacitação dos profissionais da Educação.