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Resultados da Pesquisa

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    Escola e família no jornal o arquidiocesano de Mariana (1959-1991) : “defenderá ele os direitos de deus e da comunidade cristã”.
    (2021) Silva, Fernanda Aparecida Oliveira Rodrigues; Carvalho, Rosana Areal de
    O semanário O Arquidiocesano, periódico da Arquidiocese de Mariana (MG), circulou entre 1959 e 1991 com tiragem anual de 6.000 exemplares. Dos objetivos do jornal constam o de “cuidar da vida religiosa das Paróquias”. O periódico adentrou os campos sociais incluindo a escola. É possível perceber a educação como tema recorrente no que tange à formação cristã como a preocupação com a chegada da televisão no interior dos lares e a campanha contra o comunismo. De 1962 a 1989 somam-se 61 artigos com o tema “escola”, que passa a ser objeto de análise, sobretudo no que concerne à presença da fé católica no sistema público. Os artigos foram assinados por membros da hierarquia da Igreja e paroquianos convidados. O corpus de pesquisa são as edições que tratam da educação escolar. Selecionamos os artigos que abordam a escola e a família e destacamos a visão da igreja sobre a instituição escolar como colaboradora na formação humana consoante à difusão dos princípios cristãos. Se o futuro da criança é cristão, faz sentido a escolha dos pais pela escola católica guiada pela professora na mesma fé. Fica clara a equação: família cristã é igual a escola cristã. Podemos finalizar com a assertiva de que O Arquidiocesano vela pela população católica para além do espaço físico das igrejas ou dos sermões por meio do controle da tríade família, escola e professora.
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    O papel dos avós nos cuidados com a educação e a saúde das crianças.
    (2018) Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Figueiredo, Adriana Maria de; Júnio, José Antonio de Oliveira; Resende, Armanda
    A relação entre avós e netos é plena de aprendizados. Principalmente no caso dos avós que são responsáveis pelos cuidados de seus netos, os vínculos se constituem em meio a situações de tensão e de apoio familiar. O objetivo principal desta pesquisa foi investigar como os agentes de saúde, os professores e os próprios avós percebem a educação dada pelos avós aos netos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada em um pequeno distrito de Minas Gerais. Foram entrevistadas 7 avós que cuidam dos netos diariamente, aplicados questionários a 12 professoras e especialistas na escola e realizado um grupo focal com profissionais de saúde do distrito. Os resultados demonstram que os avós cuidadores oferecem afetividade e segurança aos netos. Isso é reconhecido pelos profissionais da escola e da Unidade de Saúde, que percebem a importância dos avós como agentes na promoção da saúde e do bom desempenho escolar das crianças.
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    Reflexões sobre a influência de uma mãe/professora de literatura nos letramentos literários de seus filhos.
    (2018) Santos, Juliano Vilmar dos; Placido, Reginaldo Leandro; Nogueira, Marlice de Oliveira e
    Pesquisas na área do letramento apontam que a simples apropriação de sinais gráficos pelos sujeitos não os qualificam como realmente inseridos nos diferentes espaços em que a escrita se faz presente. A presente pesquisa analisou por meio de um questionário semi estruturado os letramentos de um contexto familiar específico, através da abordagem ideológica de letramento (STREET, 2003), em que são considerados o contexto sócio- histórico, as relações de poder e os sentidos do letramento para uma professora de literatura e sua possível influência nos letramentos literários de seus dois filhos. Esta pesquisa buscou também o diálogo com estudos recentes que indicam efeitos positivos da docência exercida pelos progenitores na vida escolar dos filhos. (NOGUEIRA, 2011, 2013, 2015, 2017). Os dados indicam que, no caso específico analisado, a mãe/professora de literatura valoriza os letramentos literários, que por sua vez passam a ser os dominantes do contexto familiar, contribuindo para que seus filhos sejam inseridos em práticas de letramentos literários.
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    Quando as obrigações escolares são administradas pelos avós : um estudo sobre as práticas educativas dos avós cuidadores dos netos.
    (2018) Rosa, Denise Costa; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Reis, Lilian Perdigão Caixêta
    Diversos estudos indicam que, atualmente, os avós têm desempenhado importante papel junto à família, principalmente no que diz respeito ao cuidado dos netos. Quando os avós são os principais responsáveis pelos netos, observamos que eles têm uma atenção especial ao processo de escolarização das crianças. Com o intuito de conhecer um pouco mais do universo da relação entre os avós e os netos, isto é, relações intergeracionais e o processo educativo, esta pesquisa teve como principal objetivo investigar como é construído o processo educativo na relação entre avós cuidadoras em tempo integral e seus netos. A questão que buscamos responder foi: como é construído o processo educativo na relação entre avós cuidadoras em tempo integral e seus netos? A investigação foi realizada na cidade de Viçosa (MG) e a abordagem metodológica escolhida foi a qualitativa. Para o desenvolvimento da pesquisa foram realizadas entrevistas reflexivas com quatro avós de camadas populares que, por diversas circunstâncias familiares e pessoais, se tornaram as principais responsáveis por seus netos e vivem com eles na mesma residência. A proposta das entrevistas foi a de conhecer a vivência e rotina dessas mulheres no cuidado cotidiano de seus netos, bem como investigar quais são as práticas educativas desenvolvidas com vistas ao bom desempenho escolar dos netos. Os resultados demonstraram que a relação entre avós e netos vai sendo construída ao longo do tempo e é permeada de afeto, cuidado e cumplicidade, porém, também há preocupações, cansaço, tensões e desapontamentos, principalmente em relação aos filhos que, em muitos casos, afastaram-se das crianças desde muito pequenas. As avós mantêm uma relação estreita com as escolas dos netos e as práticas educativas familiares contam não apenas com a boa vontade dessas responsáveis, mas também com uma relação de solidariedade com os familiares e amigos, que são solicitados por elas sempre que têm dificuldades nas questões relativas à aprendizagem escolar das crianças.
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    Entre a casa e a escola : práticas educativas familiares de pais professores homens.
    (2018) Oliveira, Rosilane Katia de; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Nogueira, Maria Alice de Lima Gomes
    As pesquisas sociológicas têm ampliado as discussões acerca da relação das famílias com a escola nos diversos meios sociais. No entanto, ainda são poucos os estudos que têm enfatizado essa interface em famílias de pais que são professores e, principalmente, quando nos referimos aos progenitores masculinos. Em um minucioso levantamento bibliográfico sobre os estudos da Sociologia da Educação e, de modo particular, sobre pesquisas no âmbito da relação família e escola, constatamos a raridade de estudos sobre práticas educativas de pais professores no Brasil. Nesse contexto, a proposta central desta pesquisa é investigar os efeitos de ser pai professor na vida familiar do docente do sexo masculino da Educação Básica, com foco nas práticas educativas desenvolvidas por eles no quadro da vida escolar de seus filhos. A questão norteadora do trabalho é: quais os impactos de “ser pai professor” homem em exercício da Educação Básica na vida familiar e na escolarização dos filhos? A pesquisa foi desenvolvida em cinco cidades do Estado de Minas Gerais: Mariana, Ouro Preto, Itabirito, Acaiaca e Diogo de Vasconcelos, com um desenho metodológico de abordagem qualitativa, e compreendeu duas etapas. Na fase inicial da investigação, realizamos um levantamento na Superintendência Regional de Ensino de Ouro Preto que objetivou identificar o número de professores/as em atuação na Educação Básica nas cinco cidades mencionadas e, posteriormente, procedemos à escolha dos sujeitos. Na segunda etapa, aplicamos um questionário e entrevista semiestruturada com 10 pais professores homens em exercício nos três níveis da Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio). O questionário consistiu em traçar o perfil social, profissional e educacional dos sujeitos investigados e a entrevista versou sobre as práticas educativas desenvolvidas pelos pais professores na escolarização dos filhos. Os dados foram examinados pela técnica de análise interpretativa e, para sua compreensão, elencamos cinco eixos de análise com suas respectivas categorias. Os resultados indicam que os pais professores homens, sobrecarregados por uma carga horária de trabalho docente extensa, monitoram a vida escolar dos filhos, sem, no entanto, exercer forte regulação e controle das atividades escolares e extraescolares, e se mantêm, muitas vezes, nos bastidores do processo de acompanhamento familiar da escolarização. Além disso, as formas de intervenção parental na escola são pouco visíveis e diretas, e esse comportamento menos interventor pode estar ligado a sentimentos de pudor e constrangimento que produzem, por sua vez, uma relação mais distante e formal com os professores e gestores das escolas dos filhos. Em suma, pode-se concluir que, embora o “efeito pai professor” (NOGUEIRA, M.O. 2011) seja pertinente para explicar práticas educativas parentais produtoras de vantagens que impulsionam o sucesso escolar dos filhos, esse efeito apresenta nuanças que somente podem ser compreendidas levando-se em conta as condições simbólicas e materiais de vida pessoal e profissional a que estão submetidos os pais professores homens.
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    Tecendo a sexualidade entre avós, mães e filhas : um estudo exploratório sobre as mulheres no distrito de Antônio Pereira, Ouro Preto/MG.
    (2017) Lopes, Christiane Vieira; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Figueiredo, Adriana Maria de; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Figueiredo, Adriana Maria de; Torres, Marco Antônio; Teixeira, Inês Assunção de Castro
    No espaço familiar são expressos os valores culturais e humanos que constroem as relações entre as gerações e as mulheres ocuparam, e ainda ocupam, importante lugar no núcleo articulador familiar das práticas que norteiam o processo de reprodução social, afetivo e sexual. O conceito de sexualidade descrito nesta pesquisa trouxe, como referência, crenças, comportamentos e relações socialmente construídas. A pesquisa buscou conhecer indícios da transmissão intergeracional entre três gerações de mulheres de uma mesma família, sendo proposto, como objetivo principal, discutir aspectos relativos à sexualidade entre avós, mães e filhas, moradoras do distrito de Antônio Pereira - Ouro Preto/MG, na perspectiva da 2ª geração, analisando as continuidades, as descontinuidades e as diferenças entre as próprias mulheres. Como objetivo específico, buscou-se traçar um perfil das famílias, cujas mulheres mães, possuem filha(s) adolescente(s) e mães que coabitam o domicílio ou microáreas do território adscrito do distrito Antônio Pereira. Tratou-se de uma pesquisa de cunho exploratório de análise quantitativa e como técnica de coleta de dados, foi aplicado um questionário adaptado da pesquisa Gravad (2006), à 71 mulheres da 2ª geração de três gerações de mulheres de uma mesma família, compreendendo a totalidade do universo. Dentre os achados da pesquisa, percebemos que muitos comportamentos das mulheres participantes se repetem de uma geração a outra, e existem comportamentos tanto das mais jovens quanto das mais velhas que se assemelham, o que indica que há aproximação e afastamento entre as mulheres das diferentes gerações. Também pelas respostas dos questionários percebemos a importância de instituições e grupos que fazem parte do meio em que essas famílias vivem para a construção de sua sexualidade, o que contribui para estruturar as relações tecidas pelas gerações nessa localidade. A literatura consultada nos ajudou a compreender como a produção social de aspectos da sexualidade foi sendo construída a partir das relações intergeracionais, chamando a atenção para as persistências dos padrões nas trajetórias dessas mulheres, como, por exemplo, nas escolhas profissionais, a idade em que a 2ª geração engravidou em relação à 1ª; ou mesmo para as mudanças intergeracionais, como o aumento de escolaridade entre as gerações e a mudança do perfil religioso. Observamos, ainda, que há uma subalternização das mulheres do distrito de Antônio Pereira e um predomínio da família nuclear, que reforçam a definição da identidade feminina através da família e que o lugar da maternidade, ocupado por essas mulheres, continua sendo um atributo essencialmente forte. Por esses achados, ao se pensar nas gerações, percebemos que nada está estático, nem mesmo em um pequeno distrito de Ouro Preto, cidade do interior de Minas Gerais.
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    Entre o passado e o presente : a influência geracional nas perspectivas de futuro profissional dos jovens.
    (2012) Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Cunha, Maria Amália de Almeida; Assis, Cristina Ferreira; Aleixo, Vítor Corrêa
    Compreender expectativas e frustrações dos jovens é um desafio para as Ciências Sociais e a Educação. Tendo como principal objetivo conhecer como se dão as relações familiares e os reflexos das mesmas no universo escolar, propomos uma reflexão sobre a construção do diálogo entre três gerações, pais, avós e netos, no que diz respeito à compreensão do papel da escola na formação do jovem, bem como a expectativa de cada geração quanto ao futuro profissional do mesmo. Seguindo duas abordagens metodológicas, a quantitativa e a qualitativa, foram aplicados questionários a 149 estudantes do 3º ano do Ensino Médio de duas escolas públicas (de melhor e o pior qualidade segundo as avaliações externas subnacionais ou nacional) de Mariana e Belo Horizonte, Brasil, e foram entrevistados pais, avós, professores e diretores dessas escolas. Os resultados revelam, entre outras coisas, uma forte influência da família e dos amigos nas escolhas dos jovens, mesmo inseridos numa configuração social marcada pelas mais diversas matrizes de socialização.
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    Juvenilização na educação de jovens e adultos de Ouro Preto/MG : trajetórias e perspectivas dos estudantes mais jovens.
    (2015) Ferreira, Lorene Dutra Moreira e; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação
    Nos dias atuais percebe-se o aumento do número de matrículas de jovens brasileiros com 18 anos ou menos nos cursos de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e tal crescimento tem intrigado estudiosos, professores e gestores. Nesta investigação, pretende-se conhecer melhor quem são esses sujeitos que se inserem na EJA precocemente e apreender as sutilezas dos processos de hierarquização, segregação e reprodução de desigualdades. O trabalho se ancora, principalmente, em autores que discutem a desigualdade escolar, a estigmatização e o papel da EJA, tais como Pierre Bourdieu, Erving Goffman e Paulo Freire. A abordagem é qualitativa e o campo de estudo foi uma escola pública, única na cidade a oferecer tal modalidade de ensino em Ouro Preto/MG. Inicialmente, foi analisado o histórico escolar dos alunos com menos de 18 anos matriculados na EJA. Na segunda etapa, seis alunos foram entrevistados, bem como suas mães. Observou-se o cotidiano sociocultural dos sujeitos, assim como o seu ambiente familiar, com enfoque nas práticas educativas e nas suas expectativas. Constatou-se que vem aumentando o número de adolescentes matriculados na EJA em Ouro Preto e os motivos são diversos. Entre eles, destacamos: a legislação que fixa a idade máxima para certificação em 15 anos no Ensino Fundamental II e contribui para que os adolescentes acima dessa idade não tenham suas matrículas aceitas nesta modalidade de ensino; as trajetórias escolares marcadas por reprovações, que facilitam o encaminhamento de jovens cada vez mais jovens para a EJA e o baixo nível de escolaridade dos pais, que dificulta a implementação de práticas de escolarização permanente em seus filhos. Estes e outros fatores apontam para uma exclusão cada vez mais precoce do aluno que não se enquadra nos modelos propostos pelo Ensino Fundamental II. Ao dar voz aos jovens e às suas famílias, esta pesquisa se insere em um debate mais amplo, contribuindo para a compreensão da relação entre juventude, família e escola.
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    Idosos trabalhadores : perdas e ganhos nas relações intergeracionais.
    (2006) Coutrim, Rosa Maria da Exaltação
    Este artigo é fruto de uma pesquisa qualitativa realizada com idosos de baixa renda que trabalham informalmente nas ruas de Belo Horizonte. As condições de escassez material fazem com que a coabitação seja recorrente entre estes indivíduos, contudo, esta estratégia para diminuir o impacto da pobreza permite às famílias estabelecer também trocas intergeracionais. Se, de um lado, existe o conflito devido à intensa convivência entre várias gerações, de outro, existe a solidariedade e o amparo mútuo dos familiares. Os idosos trabalhadores ocupam papel econômico central na vida das famílias em que os mais jovens estão desempregados ou subempregados, e, assumindo o papel de provedores do domicílio, os idosos mantêm o poder de negociação com as demais gerações com que convivem.
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    Relação escola e família : uma construção sócio-histórica.
    (2012) Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Carvalho, Rosana Areal de; Almeida, João Paulo Pereira de
    Família e escola são instituições fundamentais no processo de socialização das crianças e dos jovens, porém, situações de diálogos entre essas instituições são pontuais. Como todas as instituições, ambas são agentes ativos e também fruto da interação social, sofrendo influências diretas da política, da cultura e do processo histórico. Este estudo tem como principal meta fazer uma reflexão a respeito da construção da relação entre família e escola a partir do estudo de caso de uma escola pública no interior de Minas Gerais entre os anos 60 e 90. Em um esforço de aproximação dos olhares sociológico e histórico sobre o tema partiu-se de um problema contemporâneo, vivenciado pelas escolas e famílias no Brasil, e buscou-se indícios nos documentos e na historiografia da educação elementos para a compreensão da construção dessa complexa relação.