DEEDU - Departamento de Educação

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    Convivência escolar e formação de professores : uma análise da Resolução n. 2, de 1o de julho de 2015.
    (2023) Dreon, Morgana; Silva, Luciano Campos da; Silva, Luciano Campos da; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Vale, Ione Ribeiro
    Nos últimos anos, a convivência escolar tem sido percebida como central para a compreensão dos desafios colocados à escola. Nesse sentido, uma boa convivência escolar é percebida como uma das possibilidades para a garantia de uma aprendizagem com qualidade e equidade para todos os estudantes. Contudo, o tema ainda é pouco abordado na formação dos professores apesar de a literatura indicar que professores preparados para lidar com as dinâmicas na sala de aula, sobretudo por meio de uma formação orientada para abordar pedagogicamente situações que desafiam as boas relações e o bom convívio na escola, constitui-se em uma das formas para melhorar o trabalho desenvolvido pelas instituições escolares, em suas múltiplas e complexas funções, garantindo o direito a uma educação de qualidade a todos os alunos. Sem ter a intenção de cair em um reducionismo sobre o trabalho docente e sem desconsiderar os diferentes desafios que se apresentam à profissão de professor na atualidade, entende-se que, ao estarem preparados para tratar dos diferentes aspectos da convivência, esses profissionais poderiam contribuir com a redução de algumas das formas de desigualdades escolares. Logo, uma formação de professores que os oriente para lidar com as dinâmicas e desafios da convivência parece ser de extrema relevância para pensar a educação como um direito social a ser respeitado. Assim, mais do que garantir o acesso à escola, torna- se relevante que sejam garantidas boas condições de aprendizagem aos alunos e, para isso, uma formação de professores que atenda aos desafios que se apresentam à escola, hoje, faz-se necessária. Diante disso, essa investigação teve como objetivo geral identificar e analisar como a temática da convivência escolar é abordada na Resolução CNE/CP n. 2, de 1o de julho de 2015, a qual disciplinou as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial de professores no Brasil. A metodologia empregada nesta investigação é de cunho qualitativo, sendo utilizados como instrumentos metodológicos a pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental e a Análise de Conteúdo. A inspiração teórica para esta análise vem da Sociologia da Educação. Como resultado, foi identificado que a Resolução 02/2015 aborda a convivência de modo alargado, não apenas como convivência escolar. Isso ocorre porque ela entende a educação e o processo educativo de modos também amplos. Nesse sentido, algo central em seu conteúdo é a inserção dos direitos humanos e, por meio deles, há uma discussão que contempla a convivência na escola. Além disso, constatamos que a Resolução 02/2015 considera a função social do trabalho educativo, tendo em vista que a educação faz parte de um projeto social que forma cidadãos para a nação e, nesse sentido, a formação dos professores está organizada a partir da função social da escola, da função social da educação e da função social dos professores, não desvinculando a educação da vida social. Condições que contribuem para reflexões sobre a convivência escolar, como também para o cumprimento da promessa da democratização da educação.
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    Narrativa de uma trans universitária : experiências de acesso e permanência na Universidade Federal de Ouro Preto.
    (2023) Henriques, Leandro Andrade; Torres, Marco Antônio; Torres, Marco Antônio; Nunes, Célia Maria Fernandes; Oliveira, Megg Rayara Gomes de
    A presente pesquisa tem como objetivo geral investigar as experiências de acesso e permanência de uma universitária trans, matriculada na Universidade Federal de Ouro Preto. Inicialmente foi realizado um levantamento bibliográfico nas principais plataformas online de pesquisa científica para localizar outras pesquisas sobre o tema. A partir da noção de cisheteronormatividade e cisgeneridade foi construído um diálogo com produções teóricas de pesquisadoras transexuais que tem contribuído nos estudos sobre travestilidades e transexualidades. Considerando a entrevista realizada, constata-se a necessidade de ampliação de políticas de acesso e aperfeiçoamento de políticas de permanência que considerem as especificidades das pessoas trans que estudam na UFOP. De forma específica, as experiências que se situam numa cidade do interior de Minas Gerais sinalizam para a necessidade de um aprimoramento da rede de saúde, de forma a acolher e estar mais preparado para atender as questões de saúde da população trans. E por meio da entrevista narrativa realizada com Thaynara Menezes e de posterior devolutiva qualificada, as análises foram feitas em articulação com outros estudos sobre acesso e permanência de pessoas trans no ensino superior. Realizou- se um aprofundamento nas questões de saúde mental, enfatizando a produção de subjetividade num contexto cisgênero e excludente em que a transfobia institucional se mostra presente cotidianamente. Enquanto representação dessa transfobia, se deu análise do enunciado “Você não pode estar aqui”, a partir do conceito de enunciado em Michel Foucault, visibilizando tal contexto como inserido num regime de verdade que exclui as pessoas trans e travestis.