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Resultados da Pesquisa

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    Querido cientista : a dialogia nas cartas de Einstein às crianças.
    (2022) Cunha, Joyce Loraine Lopes; Almeida, Sheila Alves de; Almeida, Sheila Alves de; Corrêa, Hércules Tolêdo; Silva, Jane Quintiliano Guimarães; Aguiar Júnior, Orlando Gomes de
    O nome de Albert Einstein é, sem dúvidas, um dos mais conhecidos e divulgados no campo científico. Para além da teoria da relatividade e contribuições no campo teórico amplamente conhecidas, o físico também obteve reconhecimento por seu posicionamento sociopolítico. Einstein trocou cartas com crianças de todo o mundo, respondendo a questionamentos diversos, que iam desde curiosidades sobre sua vida, a demonstrações de admiração e dúvidas sobre fenômenos físicos. Este contato com os pequenos pode ser percebido como uma importante contribuição da ciência para a comunidade não acadêmica, visto que um dos cientistas mais renomados da história dedicou tempo para se comunicar com pessoas no início do processo de descobrimento da vida como um todo utilizando-se de um recurso de ampla circulação na época: as cartas. Boa parte destes documentos pode ser consultada no livro “Querido profesor Einstein: correspondencia entre Albert Einstein y los niños” e na edição de junho de 2005 da Revista Ciência Hoje das Crianças. Estes materiais são precisamente o corpus desta pesquisa. Partindo do corpus mencionado, a metodologia adotada é a Pesquisa Documental, na qual foram selecionadas para a análise 12 cartas em que Einstein respondeu aos pequenos. Assim, o objetivo central da pesquisa consiste em analisar a dialogia no discurso de Einstein dirigido às crianças, adotando a perspectiva dialógica bakhtiniana. Nas análises foi possível observar aspectos da dialogia de Einstein em cada carta escrita pelo físico, e de acordo com o contexto e com a temática das missivas. Além do mais, a maneira como ele estruturou o seu diálogo com os pequenos pode ser considerada um exemplo da afeição que tinha pela infância, do seu posicionamento sobre assuntos diversos, da responsabilidade social do cientista e de possibilidades de divulgação cientifica para crianças.
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    Práticas pedagógicas com crianças em situação de deficiência intelectual nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
    (2021) Andrade, Maria da Conceição Aparecida; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Diniz, Margareth; Rahme, Mônica Maria Farid
    Esta dissertação é fruto de uma pesquisa de cunho qualitativo, cujo objetivo geral foi analisar as práticas pedagógicas com crianças em situação de Deficiência Intelectual, matriculadas nos três primeiros anos do Ensino Fundamental, em duas escolas públicas de Ensino Regular (uma da rede municipal e outra da rede estadual) situadas em uma cidade mineira. Como estratégias metodológicas, foram utilizadas entrevistas semiestruturadas, pesquisa bibliográfica e análise documental. A busca bibliográfica e documental foi realizada em ambientes virtuais e reais (nas próprias escolas, nas bibliotecas, sites oficiais, bancos de dados acadêmicos e governamentais). As participantes da pesquisa foram duas (2) professoras que lecionam para turmas do Ensino Fundamental (1º, 2º e 3º ano), as quais têm matriculadas crianças em situação de Deficiência Intelectual. Os dados revelaram que as práticas pedagógicas planejadas para esse público ainda se encontram pautadas em atividades mecânicas, priorizando a memorização, por meio de tarefas repetitivas e cópias que não instigam a imaginação e a criação. As práticas interdisciplinares e a construção de adaptações curriculares ainda não são frequentes no ambiente escolar. As opiniões das entrevistadas sobre essas crianças permanecem impregnadas das ideologias do modelo médico-pedagógico, no qual a medicina pode nortear o trabalho pedagógico, pois seus discursos revelaram a culpabilização da própria criança e de seus/as familiares pelo insucesso no processo de aprendizagem, desconsiderando a singularidade e a subjetividade nele envolvidas. As docentes demonstraram preferir aguardar as orientações médicas, como se estas fossem guias para suas práticas pedagógicas; como se o médico fosse o profissional capaz de delimitar o ponto de partida e de chegada do potencial de aprender de uma criança.
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    Olhares (im)possiveis : desenvolvimento e aplicação de metodologia para a escuta do indizível com crianças da periferia de Ouro Preto.
    (2018) Araujo, Arthur Medrado Soares; Diniz, Margareth; Maia, Marta Regina; Diniz, Margareth; Maia, Marta Regina; Torres, Marco Antônio; Teixeira, Inês Assunção de Castro
    Olhares (Im)possíveis é um trabalho de produção teórico/prático que pretendeu a elaboração de uma metodologia de intervenção, por meio de oficinas realizadas em escolas públicas da região dos Inconfidentes, dentro do Programa Sentidos Urbanos – Patrimônio e Cidadania. Estes escritos lançam um olhar sobre o trabalho desenvolvido com crianças de 10 e 11 anos, da escola Municipal Professor Adhalmir Santos Maia, na periferia de Ouro Preto durante os meses de maio e dezembro de 2017. O objetivo principal foi o desenvolvimento e a aplicação de uma metodologia audiovisual para a escuta do indizível, do testemunho. Tal metodologia qualitativa, ancorada no paradigma indiciário de Carlo Ginzburg (1989), entrevê que os indícios dos dados possam fazer lampejar um “saber-vagalume”, a partir da luz de Georges Didi-Huberman (2011). A experimentação do vídeo como proposta de dispositivo processual para a escuta de estudantes é o afastamento da ideia de produto (filme). A linguagem audiovisual aqui é pretexto para o encontro, para a partilha, mas também pré-texto para as conversações com os/as estudantes. Nesse sentido, a ideia de dispositivo (Migliorin, 2016), como aquilo que coloca em crise a articulação entre um comando fechado e ao mesmo tempo aberto à inventividade, foi apropriada na articulação de três momentos que garantem a emergência das imagens-sintoma produzidas pelos/as envolvidos/as. Por focar no processo e seus possíveis laços, o ponto central de sucesso da prática é o espaço de partilha do sensível que se cria com as crianças. A hipótese é que essa metodologia resgate infâncias perdidas.