DEEDU - Departamento de Educação
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Resultados da Pesquisa
Item Gênero e sexualidades no cotidiano escolar : olhar de docentes.(2019) Saraiva, Izabella Marina Martinho; Torres, Marco Antônio; Torres, Marco Antônio; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Vianna, Cláudia PereiraA presente pesquisa tem como objetivo analisar como a escola tem contribuído na manutenção e no enfrentamento das questões de gênero e sexualidades, visto que a instituição escolar constitui um local de produção, de reprodução e de manutenção, mas também de contestação e/ou transformação da heteronormatividade. Nessa lógica, compreender como professores/as nomeiam as questões de gênero e sexualidades, bem como quais estratégias utilizam para lidar com os corpos que subvertem à norma, pode contribuir para analisar como a escola vem colaborando na constituição e na formulação das subjetividades no que diz respeito ao gênero e às sexualidades. Essa análise foi feita com base em três perspectivas metodológicas: minha experiência como mulher, educadora e moradora do município de Mariana-MG; com base em um levantamento bibliográfico sobre gênero, sexualidades, educação e políticas públicas educacionais; e por meio da realização de três grupos focais (um em forma de oficina com docentes estudantes do mestrado; outro com docentes de uma escola municipal de MarianaMG; e um terceiro com docentes de uma escola estadual, também pertencente ao município). Os resultados da pesquisa mostram que a educação sexual faz parte do cotidiano escolar, e não está silenciada nesse ambiente. E, embora ela se circunscreva em aspectos biológicos e heteronormativos, esse padrão vem sendo contestado pelos corpos e pelos discursos subversivos que habitam o cotidiano das escolas, ao se constituírem o “incômodo” necessário às potenciais mudanças e ao reconhecimento de outras identidades e sexualidades. Exemplo disso é a percepção de como boa parte dos/as colaboradores/as da pesquisa demonstraram inteligibilidade para contestarem e/ou transformarem as normas de gênero no cotidiano das escolas. Concluo que essa pesquisa não é suficiente para apontar para os caminhos que a escola deve seguir para intervir de forma efetiva na problematização, na elaboração e/ou na modificação dos referenciais heteronormativos utilizados para produzir e (des)classificar os corpos. Apesar disso, ela contribui para compreender como a escola – como instituição que contribui na constituição dos sujeitos – produz e reproduz a heteronormatividade, mas, paradoxalmente, essa mesma escola tece resistências ao se constituir como um campo de disputas, não necessariamente hegemônico, em que o universal heteronormativo não se faz tão pleno.Item Gênero e sexualidades na formação de pedagogos/as : diálogos acerca de entendimentos e práticas discentes.(2017) Silva, Apolônia de Jerusalém Ferreira; Torres, Marco Antônio; Torres, Marco Antônio; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Miranda, Shirley Aparecida deA pesquisa buscou analisar como estudantes do curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal de Ouro Preto têm se apropriado dos assuntos relacionados ao gênero e as sexualidades e os discursos que produzem sobre eles. Foram utilizados conceitos que circulam no campo dos Estudos de gênero, tais como: matriz heterossexista, performatividade de gênero, identidade de gênero, orientação sexual, entre outros. De caráter qualitativo, a pesquisa fez um levantamento de outras investigações acadêmicas para a contextualização do trabalho. Além disso, foram realizadas 08 (oito) entrevistas com discentes regularmente matriculados/as no segundo, quarto e sétimo período da graduação, entre os meses de Maio e Novembro do ano de 2016. Para tal, o argumento utilizado é o de que os estereótipos de gênero e referentes as sexualidades aparecem nas entrevistas, indicando que estes ainda são um desafio no campo educacional. O estudo mostrou que compreender os entendimentos e práticas que os/as discentes produzem é um passo importante a fim de conhecer e enfrentar a resistência diante de propostas que atinjam o gênero e as sexualidades numa perspectiva menos heteronormativa.