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    Da construção ao rompimento com a tradição : o Colégio Ordem e Progresso da Polícia Civil de Minas Gerais.
    (2018) Pereira, Karla Karoline; Carvalho, Rosana Areal de; Carvalho, Rosana Areal de; Pereira, Matheus Henrique de Faria; Nascimento, Adilson de Oliveira
    O presente trabalho apresenta uma reflexão sobre o percurso histórico do originalmente Colégio Ordem e Progresso, hoje, Escola Estadual Ordem e Progresso, unidade escolar de educação básica, vinculada à Polícia Civil de Minas Gerais. Propomos que alguns movimentos de questionamento do status quo da instituição ao longo da segunda década dos anos 2000 apresentam-se como resposta à sua obstinação em evocar uma tradição, lastreada na memória institucional da escola, muito vinculada aos primeiros vinte anos de sua existência – 1962 a 1984, recorte temporal contemplado pelo trabalho. Ao longo dessas duas décadas iniciais, destacamos dois elementos que consideramos relevantes para a conformação da identidade institucional, quais sejam a permanência de um único diretor escolar no cargo, o delegado de polícia José Spártaco Pompeu e a vigência do Regime Militar. Tendo isso em vista, busca-se discutir alguns eventos recentemente vivenciados pela escola em um cenário no qual memória, tradição e mudança são elementos de um embate sóciopolítico em que a comunidade do entorno, apoiada pela Secretaria de Estado de Educação, reivindica o direito de acessar as vagas disponíveis, enquanto a escola, por entender-se como uma escola sui generis, defende a reserva de vagas aos dependentes de policiais civis.
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    José Honório Rodrigues na Biblioteca Nacional (1946-1953) – (re)considerando as relações entre memória e história.
    (2015) Freixo, André de Lemos
    A partir do estudo dos trabalhos editoriais de José Honório Rodrigues (1913-1987) na Biblioteca Nacional, nas décadas de 1940 e 1950, problematizo aqui as relações entre instituição pública, memória e história com vistas a identificar seu enraizamento na temporalidade (historicidade) e apresentar sua dimensão ético-política. A hipótese que defendo aqui é que a agência de Rodrigues na produção de artefatos de memória (os documentos históricos) fazia-se imprescindível para justificar novas bases e possibilidades historiográficas como as que figuravam nos horizontes dele e de outros intelectuais naquela conjuntura.
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    As práticas de escolarização em duas gerações das camadas populares de Mariana/Minas Gerais : afinal, o que nos dizem as memórias?
    (2013) Prado, Giovani Barbosa; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação
    A dissertação ora apresentada é fruto de uma investigação feita com duas gerações da mesma família, pais e filhos adultos em bairros da periferia de uma pequena cidade do interior de Minas Gerais. Sabe-se que na família, de uma geração a outra, são passadas inclinações, práticas e disposições. O objetivo principal do estudo é conhecer as mudanças e permanências nas práticas cotidianas de apoio à escolarização dos filhos em cada uma dessas gerações. Para isso, optou-se pela abordagem qualitativa e pela metodologia da história oral temática a fim de perceber a memória de pais e filhos em relação à sua vivência escolar, o meio em que vivem e o papel da família e da comunidade nesse contexto. Os resultados mostraram, entre outras coisas, que de uma geração à outra muito mudou. A escola, embora tenha sido valorizada na geração dos mais velhos, hoje tem ocupado papel central na vida das famílias jovens. No entanto, as experiências de fracasso observadas entre as gerações e as pessoas próximas, além da falta de conhecimento dos “caminhos” escolares, acabaram por ampliar as barreiras de possibilidades de possíveis êxitos no ensino formal. Se na geração dos pais os castigos físicos eram recorrentes e a autoridade do professor era incontestável, na geração dos jovens preza-se o diálogo e o professor já não é associado ao saber inquestionável.