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    Educação de jovens e adultos no município de Ouro Preto-MG : oferta, currículo, material didático e espaço físico.
    (2020) Barsante, Amanda Pedrosa; Araújo, Regina Magna Bonifácio de; Araújo, Regina Magna Bonifácio de; Silva, Marcelo Donizete da; Klinke, Karina
    Nos últimos anos, a EJA vem sendo alvo de intensas pesquisas e indagações no campo educacional do Brasil. As reflexões que norteiam a EJA incluem uma perspectiva dos direitos humanos, considerando ser necessário garantir que jovens e adultos que não estudaram ou que interromperam a trajetória escolar, tenham acesso a uma educação democrática e qualificada. O objetivo desta pesquisa é contribuir para com os estudos em torno da EJA no município de Ouro Preto e observar como ela vem sendo ofertada nas instituições de ensino. Partimos do pressuposto de que as pessoas que atuam na EJA, tanto professores quanto alunos, enfrentam diversos desafios no cotidiano escolar, sejam eles um currículo não específico para a modalidade, um material didático inapropriado ou um espaço físico impróprio. Dessa forma, como campo de pesquisa, foram escolhidas quatro instituições públicas no âmbito municipal e estadual e onze participantes para serem entrevistados, entre eles, quatro professores, quatro alunos e três pedagogas, sendo que, uma delas é pedagoga em duas escolas da rede municipal. Para a coleta de dados, optou-se pela pesquisa qualitativa, tendo como instrumento o questionário e a entrevista semiestruturada. Os dados revelam que nenhuma escola segue um currículo específico para a Educação de Jovens e Adultos e os professores adaptam suas aulas de acordo com o perfil e necessidades dos alunos. Quanto ao material didático, identificamos que os livros não atendem às necessidades tanto dos alunos quanto dos professores, pois esses os consideram superficiais e distantes da realidade da comunidade escolar. Sobre o espaço físico, verificamos que embora todos os ambientes da escola sejam disponibilizados para a EJA, devido à carga horária reduzida, os professores fazem pouco uso dos outros ambientes escolares, como sala de vídeo, biblioteca e laboratório. Por fim, analisamos a oferta de vagas e, de acordo com as narrativas dos participantes, embora os alunos procurem as escolas para se matricularem, nem sempre essa matrícula é efetivada, pois, se os critérios do número de vagas não forem atendidos, a escola não poderá abrir a turma. As entrevistas trouxeram narrativas importantes que auxiliam na compreensão do cenário da Educação de Jovens e Adultos no município de Ouro Preto. As vozes dos alunos, docentes e técnicos na EJA revelam um cenário ainda carente de ações efetivas e de políticas públicas capazes de atender às especificidades dessa modalidade de ensino.