DEEDU - Departamento de Educação
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Resultados da Pesquisa
Item A internet na educação : o site como uma ferramenta educacional.(2018) Freitas, Michelle Ramos de; Mendes, Cláudio Lúcio; Mendes, Cláudio Lúcio; Corrêa, Hércules Tolêdo; Goulart, Ilsa do Carmo VieiraNesta pesquisa, nos propomos a investigar o contexto de produção dos sites das escolas da cidade de Mariana-MG, levando em consideração a cultura digital construída nesse ambiente. Sabemos que os artefatos tecnológicos são usados com assiduidade pela sociedade, principalmente pelos jovens, por isso, pretendemos entender os motivos pelos quais essas ferramentas não são utilizadas com frequência no âmbito escolar. Nesse sentido, constituiu-se, como objetivo dessa dissertação, discutir o contexto de produção dos sites das escolas de Mariana-MG, a fim de compreender a lógica de funcionamento dos sites para atingir o público escolar e a comunidade. Vale ressaltar que, do total de 52 escolas da cidade de Mariana-MG, apenas cinco possuem sites. Fizemos uma discussão sobre a necessidade social e cultural de se ter um site. Para isso, analisamos os cinco sites e coletamos dados dos agentes escolares de duas dessas escolas, Centro Educacional Arte do Saber e Colégio Providência. Dessa forma, o estudo se insere na perspectiva da abordagem qualitativa e quantitativa, utilizando-se das seguintes metodologias: 1) Entrevista netnográfica e observacional via WhatsApp em um grupo de mães e um de alunos; 1.1) Como instrumentos de pesquisa: o questionário (aplicados aos pais, professores, alunos e à direção/coordenação pedagógica) e um diário de campo para anotar todos os detalhes e reflexões a partir das visitas às escolas; 1.2) Entrevista face a face com os produtores dos sites das escolas; 1.3) Análise bibliográfica de plataformas que permitem criar sites grátis. Para o desenvolvimento do trabalho, foram feitas aproximações, principalmente, com os estudos históricos e filosóficos de Deleuze, Donna Haraway, Paula Sibilia, Hari Kunzru, Tomaz Tadeu, Marcus Doel, Nikolas Rose e outros, em torno da subjetivação e das práticas culturais da sociedade, e, como inspiração, utilizamos a argumentação em torno dos Estudos Culturais. A partir dos dados coletados, observamos que os produtores dos sites construíram as páginas com a finalidade de divulgar os procedimentos escolares e com o intuito de destacar as informações básicas e os eventos realizados, além de promoverem a interação com a comunidade escolar. Porém, notamos, pelos dados dos questionários e da entrevista netnográfica, que o acesso aos sites não ocorre com frequência e, quando ocorre, os navegantes não encontram todas as informações que desejam. Assim, podemos dizer, à luz dos modos de subjetivações e das práticas culturais, que cada escola tem seu modelo de sistematização das informações nos seus respectivos sites. Isso se deve às particularidades, objetivos e intenção de cada um. Todavia, não é possível visualizar, nos sites, a cultura escolar como um todo, pois não trazem todas as atividades pedagógicas realizadas, o que observamos são informações gerais sobre o funcionamento da escola. Portanto, cada site tem o seu foco e se direciona a um determinado público. Assim, essa pesquisa contribuiu para analisar a perceptibilidade sobre os impasses e as potencialidades provenientes do uso de tecnologias digitais no contexto escolar, no nosso caso, de sites, bem como colaborar com novas propostas educacionais, integrando esses novos recursos no ambiente escolar.Item A administração do Grupo Escolar Dom Benevides em tempos de ditadura (1964–1969).(2018) Souza, Janaína Maria de; Carvalho, Rosana Areal de; Hamdan, Juliana Cesário; Carvalho, Rosana Areal de; Hamdan, Juliana Cesário; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Gonçalves Neto, WenceslauO presente trabalho investiga como se deu a administração escolar no Grupo Escolar Dom Benevides, em Mariana – MG, durante os primeiros anos da ditadura civil militar no Brasil, no período de 1964 a 1969. A partir da Carta de 1946, iniciou-se o ciclo das leis de diretrizes e bases da educação brasileira, efetivando-se com a Lei nº 4.024, de 1961 que manteve os princípios das competências entre município, estado e União. No que se refere à administração escolar, a legislação do Estado de Minas Gerais, através da Lei nº 2160, de 1962, instituiu que para a ocupação do cargo de diretor de grupo escolar deveria ser um professor primário, estável, diplomado pelo Curso de Administração Escolar do Instituto de Educação. Com o advento da Reforma do Ensino Superior pela Lei nº 5.540, de 1968, a exigência para a formação do administrador escolar passou a ser em cursos superiores para todos os níveis de ensino. O nosso objetivo é compreender como as práticas administrativas cotidianas foram adaptadas ao contexto da ditadura, ou seja, em que medida reproduziam-no ou não, ao atender às orientações legais, em nível estadual e federal. Buscamos também identificar como era o ambiente compartilhado entre professores, funcionários e diretora, bem como as atitudes tomadas pela diretora em prol do Grupo Escolar. O percurso investigativo se deu por meio da análise das fontes articuladas à legislação educacional do período nas esferas estadual e federal, e a bibliografia produzida sobre a Administração Escolar. Para entendermos como as práticas administrativas estavam articuladas ao contexto, as fontes que foram privilegiadas são as atas de reuniões entre professores e diretores, a partir das quais identificamos as ações administrativas. Essas atas fazem parte do acervo do Escola Estadual Dom Benevides e estão digitalizadas e transcritas. A pesquisa nos apresentou como hipótese que em tal período, constatar-se-ia pouca autonomia no processo de direção da referida escola, tendo em vista a ditadura como um período de repressão, censura e legislação autoritária. Para aprofundar a análise das relações de poder e resistência presentes nesse cenário, tomamos os estudos de Foucault como referência. Utilizamos também os estudos sobre a Administração Escolar produzidos no período da pesquisa. Analisando as referidas atas, percebemos que a diretora da escola parece conduzir as práticas educativas da escola bem alinhadas às determinações dos órgãos superiores de educação, orientando o corpo docente em relação aos prazos de aplicação e correção das provas, às formas de preencher os diários e às festividades previstas no calendário escolar. A ausência de registro de manifestações das professoras nas atas associada às advertências recorrentes da diretora quanto a certas condutas, nos levou a considerar uma possível resistência do corpo docente no acatamento às orientações dadas.