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    Sapatões, gays, bichas e bichas pretas : processos de assujeitamento e reconhecimento em contextos educacionais.
    (2023) Santos, Alax Wyllian dos Reis; Torres, Marco Antônio; Torres, Marco Antônio; Santos, Erisvaldo Pereira dos; Euclides, Maria Simone
    A presente pesquisa investigou a LGBTfobia e o racismo em contextos educacionais por meio de experiências relatadas por militantes de um coletivo estudantil. Os relatos foram produzidos por entrevistas narrativas e uma autoetnografia. A articulação teórico- epistemológica buscou analisar processos de assujeitamento e reconhecimento que operam em contextos educacionais. A partir destes processos foram elaborados eixos de análise sobre dispositivos de sexualidade e de racialidade em que emerge o eixo “bicha, preta e macumbeira”, entre outros. Estes indicam como assujeitamento e reconhecimento se dão em articulações diversas, algo que foi analisado com o auxílio da noção de interseccionalidade. No processo analítico articulamos as noções de bicha preta a partir dos relatos da travesti e pesquisadora Megg Rayara de Oliveira (2020) em sua tese de doutorado. Destacamos as diferentes nuances das relações de poder e resistência na constituição dos dispositivos LGBTfobia e racismo para operar com nossas análises. Consideramos como a reiteração desses dispositivos na família, escola e religião são capazes de produzir modos potentes de assujeitamento, todavia emerge formas de (r)existências capazes de produzir deslocamentos como aquele em que se constitui a “bicha, preta e macumbeira”. Assim, afirmamos a potência da autoetnografia como produtora de deslocamentos que nos mobiliza a um caminho analítico ainda em aberto.