DEEDU - Departamento de Educação
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Item Interrogações sobre o lugar do sujeito no delineamento de uma educação especializada.(2015) Rahme, Mônica Maria Farid; Vorcaro, Angela Maria ResendeNeste artigo, buscou-se indicar alguns movimentos históricos e sociais que foram relevantes para a constituição da educação especializada e que possibilitaram o delineamento de um campo de intervenção em relação à infância distinguida como anormal, tanto no que diz respeito ao surgimento dos incipientes sistemas de ensino quanto à formalização de espaços destinados à abordagem clínica voltada para esse grupo. Nesse contexto, procurouse evidenciar a emergência da figura do especialista, que passa a intervir de modo decisivo nos espaçosinstitucionais a partir de saberes, por vezes tomados como verdade, sobre esses sujeitos. A noção de discurso como forma de estabelecimento do laço social permite formalizar o modo como esses saberes produzem um lugar institucional e social para as pessoas consideradas diferentes, e discutir o quanto o percurso da educação especializada é marcado por uma alternância de significantes-mestres que tendem a cristalizar verdades sobre um sujeito que não é, em sua totalidade, passível de definição.Item Inclusão e internacionalização dos direitos à educação : as experiências brasileira, norte-americana e italiana.(2013) Rahme, Mônica Maria FaridConsiderando a educação inclusiva como um discurso que engendra formas de estabelecimento do laço social, investiga-se neste trabalho, a partir do referencial psicanalítico, o delineamento de um discurso inclusivo em três experiências educacionais: a brasileira, a norte-americana e a italiana. A educação especial configura-se, social e historicamente, como um campo de saberes e práticas destinadas a sujeitos que apresentam especificidades do ponto de vista sensorial, físico e mental. A partir da década de 1990, o termo inclusão passa a ser adotado em publicações desse campo provenientes dos Estados Unidos e da Suécia, processo que se fortalece nos anos seguintes por meio de declarações internacionais que introduzem, de modo pungente, a perspectiva de uma educação inclusiva destinada, a princípio, a alunos com necessidades educacionais especiais. Posteriormente, observa-se um emprego mais amplo dessa terminologia, que passa a significar, a partir dos anos de 1990, uma demanda dirigida aos sistemas de ensino no sentido de garantir escolarização e pertencimento social para todo aluno, independentemente de seus atributos individuais e sociais. Neste artigo, apresentamos o resultado de levantamento e análise de documentos e publicações referentes às experiências educacionais sobre o tema desenvolvidas no Brasil, nos Estados Unidos e na Itália. Tais experiências permitem indicar, entre outros aspectos, que o processo de inclusão encontra-se articulado a um movimento mais amplo de internacionalização de direitos e que o discurso inclusivo comporta tanto mudanças quanto permanências dos lugares socialmente ocupados pelos alunos considerados diferentes no contexto escolar.