Programa de Pós-Graduação em Economia Aplicada

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    Relação entre mortalidade por suicídio e crise econômica no Brasil entre 2000 e 2015.
    (2023) Alves, Raquel Lessa; Ribeiro, Mirian Martins; Delgado, Victor Maia Senna; Ribeiro, Mirian Martins; Delgado, Victor Maia Senna; Ferraz, Diogo; Máximo, Geovane da Conceição
    O suicídio é um fenômeno complexo e multidimensional. Uma das grandes dimensões apontada por diversos autores é a socioeconômica, sendo o desemprego um de seus principais indicadores. Sendo assim, foi objetivo deste trabalho examinar se houve variações na mortalidade por suicídio em função de flutuações da taxa de ocupação decorrentes de períodos de crise no Brasil e entender como as características sociodemográficas do indivíduo interferiam nessa variação. Com base nos dados de mortalidade do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Datasus – Ministério da Saúde e de sobreviventes e econômicos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi realizada uma análise exploratória dos dados de mortalidade e ocupação nas Regiões Metropolitanas (RM) do Brasil, entre 2000 e 2015. E, para estimar as relações exploradas foi usado um Modelo Poisson geral e separado para sexo masculino e feminino. Os resultados indicam maiores razões entre as taxas de suicídio masculino, mais altas nos grupos de 30 a 39 anos entre os homens e de 40 a 49 anos para as mulheres, mais altas na RM de Porto Alegre, maiores à medida que se avança entre os períodos e uma relação negativa entre o suicídio e a ocupação, para ambos os sexos. Identificar esses fatores é uma importante ferramenta para formuladores de políticas públicas em seu caráter de prevenção do suicídio, como programas de proteção social, cuidado e incentivo a manutenção da saúde mental e políticas econômicas que minimizem os impactos mais fortes da crise na população. Essas ações são fundamentais, principalmente diante de uma morte considerada evitável como é o caso do suicídio.