EM - Escola de Minas
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A Escola de Minas de Ouro Preto foi fundada pelo cientista Claude Henri Gorceix e inaugurada em 12 de outubro de 1876.
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Item Pluviosidade e movimentos de massa nas encostas de Ouro Preto.(Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil. Departamento de Engenharia Civil, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2006) Castro, Jeanne Michelle Garcia; Sobreira, Frederico GarciaOs movimentos de massa ocorrem em diversas cidades do mundo e do Brasil. Em Ouro Preto / MG o número de acidentes que ocorrem na área urbana é grande, provocando vários prejuízos e vítimas. As principais causas dos movimentos no município são as características geológicas e geomorfológicas, que proporcionam um ambiente favorável aos eventos, o processo de ocupação desordenado que ocorreu deste o seu povoamento e principalmente a precipitação, visto que a maioria ocorre na estação chuvosa. Como a chuva é um dos principais agentes responsáveis pela deflagração dos movimentos, este trabalho objetivou o estudo da relação da precipitação com os escorregamentos. Foi elaborado um cadastro dos movimentos ocorridos em Ouro Preto, através dos boletins de ocorrência do Corpo de Bombeiros, e resgatados os dados pluviométricos diários durante o período de análise, registrados em uma estação dentro do município. O período analisado foi de 1988 a 2004 com 417 ocorrências relacionadas com as chuvas. Com base no cadastro foi realizado um mapeamento das áreas mais críticas da cidade, classificando-as em áreas de risco alto, médio ou baixo. Como resultado obteve-se que as chuvas acumuladas de cinco dias são consideradas como as mais efetivas no processo de escorregamentos, sendo que precipitações acima de 22,00 mm acumuladas em cinco dias podem provocar escorregamentos. Para precipitações acima de 124 mm/5dias a probabilidade de ocorrência de escorregamentos mais severos se torna maior. A relação numérica encontrada entre a precipitação acumulada (PA) de cinco dias e a precipitação diária (PD) foi: 3847,1PA6,6386PD. Essa relação permite calcular a quantidade de chuva necessária para provocar os escorregamentos, utilizando-a nos procedimentos de prevenção dos riscos aos movimentos de massa. Ao final do trabalho são propostas diretrizes para a elaboração de um plano preventivo de defesa civil para Ouro Preto.Item Avaliação geoambiental de bacias contíguas situadas na área de proteção ambiental Cachoeira das Andorinhas e floresta estadual do Uaimií, Ouro Preto/MG : diagnóstico e percepção ambiental.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Gonçalves, Gislandro Hudson Torres; Leite, Mariangela Garcia PraçaA Resolução CONAMA 01/86, que estabelece os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental, define Diagnóstico Ambiental como o projeto que descreve a análise dos recursos ambientais e suas interações, de modo a caracterizar a situação ambiental de uma determinada área. Ou seja, estudos que tem como mecanismo da caracterização da qualidade ambiental o diagnóstico ambiental são fundamentais para prevenir, mitigar e controlar problemas ambientais, especialmente em áreas protegidas. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a contribuição dos parâmetros de qualidade ambiental de bacias contíguas em áreas protegidas, realizando a caracterização ambiental e a avaliação das especificidades de tais locais. As bacias hidrográficas dos córregos do Andaime e D’Ajuda, objetos deste estudo, são afluentes da margem direita do alto rio das Velhas, inseridas totalmente na APA Cachoeira das Andorinhas, sendo que a última situa-se, em grande parte, dentro dos limites da Floresta Estadual do Uaimií. Essas duas Unidades de Conservação estão localizadas no município de Ouro Preto/MG, na zona de transição dos biomas Mata Atlântica e Cerrado, incluindo os ecossistemas de campos rupestres. Geologicamente, as bacias estão situadas na região mais meridional do Complexo do Espinhaço, nos Planaltos e Serras do Quadrilátero Ferrífero, sendo formadas, em termos litológicos, por rochas do Supergrupo Rio das Velhas. Para se alcançar os objetivos propostos, foram realizadas amostragens de água e sedimento em quatro campanhas de campo, em dez pontos nas bacias e em dois pontos no rio das Velhas. Avaliaram-se os parâmetros microbiológicos, hidrossedimentológicos e hidroquímicos, como: pH, Eh, temperatura, condutividade elétrica, OD, sólidos totais dissolvidos, sedimentos em suspensão, turbidez, alcalinidade, sulfato, cloreto e a quantificação dos elementos maiores e traço (via ICP/OES). Além desses dados físicos primários, o trabalho analisou também a Percepção Ambiental das comunidades inseridas na área. A análise detalhada dos dados obtidos demonstrou que ambas as bacias se comportam como agentes diluidores dos elementos químicos do rio das Velhas, contribuindo geralmente com baixas concentrações desses elementos. Exceção apenas para os teores de Fe, que foram superiores aos limites preconizados pela resolução em vigência e têm provável relação com as formações ferríferas aflorantes nas cabeceiras da bacia D’Ajuda. Destacam-se os resultados dos parâmetros microbiológicos e de concentração de sedimento em suspensão da bacia do Andaime, que apresentou pontos problemáticos. Essa xxviii bacia apresentou valores de coliformes termotolerantes superiores ao rio das Velhas, que mesmo nesse trecho é considerado poluído, resultado da falta de saneamento básico. Além disso, teve sua concentração de sedimentos em suspensão por área significativamente superior à bacia D’Ajuda, função da presença de áreas desmatadas e mau uso do solo. Apesar da maioria dos entrevistados não saber efetivamente o significado de viverem em Unidades de Conservação, o respeito pelo meio ambiente através de ações minimamente impactantes, demonstrou fazer parte do dia-a-dia dessas comunidades. Apesar de confirmarem que as atividades desenvolvidas causarem pequenos danos, os residentes gostariam de ter informações de órgãos técnicos que os conduzissem na busca de outras atividades sustentáveis que poderiam ser implementadas na área. Os resultados encontrados evidenciam que a simples criação de Unidades de Conservação não é garantia suficiente da manutenção da qualidade e da preservação dos recursos naturais. São necessárias também ações conjuntas de saneamento básico, que promovam a saúde pública, e de educação ambiental, para a formação de uma visão mais ampla do uso sustentável dos recursos naturais. Ações que permeiam por essa ótica são fundamentais e devem ser avaliadas por gestores ambientais, para que de fato a agricultura familiar e demais atividades existentes sejam minimamente impactantes nestas áreas de singular importância regional e nacional.