EM - Escola de Minas
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A Escola de Minas de Ouro Preto foi fundada pelo cientista Claude Henri Gorceix e inaugurada em 12 de outubro de 1876.
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Item Análise da dinâmica hidrogeológica de diversas tipologias de canga do sudeste do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais.(2022) Oliveira, Nilciléia Cristina de Magalhães; Bacellar, Luis de Almeida Prado; Bacellar, Luis de Almeida Prado; Leão, Lucas Pereira; Aguiar, Cibele Clauver deAs cangas são coberturas endurecidas ricas em ferro que ocorrem no Quadrilátero Ferrífero (QFe), capeando, principalmente, os itabiritos da Formação Cauê, onde situam-se intensas atividades de minerárias. Apesar da significativa porosidade, alguns pesquisadores consideram as cangas como de baixa condutividade hidráulica. Outros as classificam como muito condutivas, favorecendo a recarga dos aquíferos sotopostos, e sua supressão por atividades de mineração afetaria consequentemente a recarga dos aquíferos subjacentes. Estudos relacionados ao comportamento hídrico das cangas são ainda escassos, o que motivou o desenvolvimento deste trabalho. Para tal, selecionaram-se duas áreas (1 e 2), ambas no sudeste do Quadrilátero Ferrífero, com dois dos principais tipos de canga da região, estruturada e detrítica. Estas cangas normalmente são formadas por um horizonte superficial mais endurecido, a crosta, superposta a um horizonte de transição, mais erodível, onde se desenvolve preferencialmente feições de carstificação. Selecionou-se algumas amostras da crosta desses dois tipos de canga para caracterização mineralógica, microestrutural, química e para quantificação da porosidade aparente. Baseados nestes dados, foram medidas as taxas de infiltração com três tipos de infiltrômetros: de aspersão, modelo Cornell, de anéis duplos e de mini disco. A comparação dos resultados destes estudos com os de trabalhos prévios mostra que a porosidade e, especialmente, a condutividade hidráulica das cangas é variável, dependendo das características químico-mineralógicas, texturais e estruturais locais. Contudo, as cangas exibem porosidade aparente e condutividade hidráulica equivalente à de uma areia siltosa ou silte, com predomínio de fluxo por poros maiores que 0,5mm de diâmetro. O estudo foi complementado por acompanhamento da infiltração e percolação de solução salina traçadora por seções multitemporais de eletrorresistividade, por caminhamento elétrico com arranjo dipolo-dipolo. Este levantamento geofísico indicou o predomínio de fluxos mais verticais na área onde ocorre apenas canga detrítica, cujo relevo é mais suave, e horizontais no local onde há ocorrência dos dois tipos de canga e o relvo é mais íngreme. Em ambas constatou-se conexão com feições de carstificação mais profunda. Feições cársticas foram também identificadas em maiores profundidades e como estudos prévios indicaram que a carstificação nestes meios tem forte condicionamento geomorfológico, a recarga dos aquíferos subjacentes tende a ser significativa, mas variável no espaço.Item Dinâmica da cobertura do solo em três bacias hidrográficas da região amazônica do estado de Mato Grosso, Brasil.(2020) Wenzel, Denise Aline; Sousa Junior, Marionei Fomaca de; Uliana, Eduardo Morgan; Mendes, Múcio André dos Santos AlvesO impacto gerado a partir das modificações do uso do solo reflete expressivamente nos componentes do ciclo hidrológico, impactando no uso dos recursos naturais. O objetivo desse trabalho foi avaliar a dinâmica da ocupação do solo nas bacias hidrográficas do rio Caiabi, Nandico e Celeste, situadas na região médio norte do Estado de Mato Grosso, entre os períodos de 1986 e 2015. Foram aplicadas técnicas de geoprocessamento como combinações coloridas falsa-cor e classificação supervisionada empregando o algoritmo de máxima verossimilhança (maxver). Foram definidas duas classes temáticas de ocupação do solo, sendo elas floresta e área antropizada. Os resultados são apresentados em mapas temáticos que mostram a distribuição espacial das mudanças ocorridas na cobertura do solo. Concluiu- se que 44% da área de floresta foi removida entre 1986 e 2015. A maior mudança na cobertura do solo ocorreu entre os anos de 1997 e 2006, resultando em uma redução de 1017,0 km2 de área de floresta.Item Avaliação e monitoramento participativo na gestão da qualidade da água.(2021) Couto, Juliana Fernandes; Costa, Adivane Terezinha; Pereira, Alana Lima; Lima, Ana Carolina de Souza; Maciel, Álvaro Simões; Lins, Fabio Carvalho; Reis, Pedro Lourenço dos; Guarda, Vera Lúcia de MirandaAtualmente, há uma crescente preocupação com os efeitos das atividades humanas na qualidade das águas, evidenciando a necessidade do aumento do número de corpos hídricos monitorados. A Política Nacional de Recursos Hídricos prevê uma gestão descentralizada, integrada e participativa desses recursos, ou seja, uma gestão em que a sociedade participa juntamente com o poder público e usuários com o intuito de promover a melhoria da qualidade do meio ambiente. Este trabalho tem por objetivo gerar uma síntese das diferentes etapas do processo de monitoramento participativo na análise de águas, com base em exemplos já implementados e bem sucedidos. A partir de uma revisão bibliográfica, foram determinadas cinco etapas de desenvolvimento de um programa de monitoramento participativo, que são: Criação do grupo comunitário; Capacitação da comunidade; Parâmetros que podem ser utilizados no monitoramento da qualidade de águas; Participação das pessoas em campo; Avaliação do programa de monitoramento participativo e Participação dos integrantes na esfera de decisão e compartilhamento de informações. O monitoramento participativo é uma forma eficiente de promover ações voltadas à melhoria da qualidade das águas, além de proporcionar o envolvimento e a atuação das comunidades na gestão dos recursos hídricos.Item Influências urbana, industrial e climática na superexplotação do aquífero cárstico no município de Sete Lagoas (MG).(2022) Schuch, Camila Santos; Galvão, Paulo Henrique Ferreira; Melo, Marília Carvalho de; Galvão, Paulo Henrique Ferreira; Bacellar, Luis de Almeida Prado; Hirata, RicardoAquíferos cársticos, quando explotados intensivamente, podem ter como consequência efeitos adversos diretos, como subsidência de terrenos, secas de nascentes e lagoas, e contaminação de água, e indiretos, como problemas ambientais, e instabilidades socioeconômica e política. No município de Sete Lagoas (MG), esses efeitos relacionados à explotação intensiva são observados há anos, e muitos deles estão se intensificando. O objetivo deste mestrado é analisar a influência das variações urbana, industrial e climática no comportamento do aquífero cárstico durante os últimos 40 anos (1980-2020) para confirmar se há superexplotação do aquífero, e desde quando essas influências atuam. Por meio da análise de dados de órgãos públicos e de trabalhos acadêmicos, foi determinado que o município explota, via poços tubulares, volumes acima da recarga média do aquífero desde a década de 2000. A partir da década de 1980, houve um aumento considerável de poços, muitos deles locados desordenadamente no município, devido às expansões urbana e industrial que resulta em um aumento na demanda hídrica. Esses poços estão concentrados em duas regiões (central urbana e polo industrial) onde há cones de rebaixamento com áreas de influência quilométricas (29 km² e 77 km², respectivamente), alterando o comportamento do aquífero de confinado para livre nessas localidades. Nessas regiões também concentram as subsidências de terrenos, além da diminuição ou secamento de lagoas (e.g. Grande, do Matadouro e Paulino). Dados referentes à última década indicam que a explotação via poços tubulares (73,9 Mm³/ano) já excedeu a recarga máxima do aquífero de 72,4 Mm³/ano. A partir de dados do censo demográfico, foi estimada a clandestinidade no município, que equivale a cerca de 67% dos poços, estes sem nenhum tipo de informação ou controle de uso. A recarga média do aquífero (56,1 Mm³/ano) corresponde a 12% da precipitação média da região. As tendências climatológicas de diminuição da pluviometria e aumento da temperatura indicam a probabilidade de recargas menores do aquífero. Áreas com taxa de recarga muito baixa (1-5%) equivalem a 77% do território, enquanto 17% possui taxas altas ou muito altas (35-75%). Considerando-se esses fatos, Sete Lagoas enfrenta um estado de superexplotação do aquífero cárstico e que pode se agravar futuramente.Item Modelo hidrogeológico conceitual e análise da favorabilidade hidrogeológica do aquífero cárstico na região urbana de Sete Lagoas – MG.(2020) Gomes, Rafael Magnabosco de Almeida; Galvão, Paulo Henrique Ferreira; Carvalho, Ana Maciel de; Galvão, Paulo Henrique Ferreira; Paula, Rodrigo Sergio de; Bacellar, Luis de Almeida PradoEstudos hidrogeológicos em aquíferos cársticos são cada vez mais requisitados, principalmente em cidades que dependem da exploração de água subterrânea para abastecimento público. Porém, devido à alta heterogeneidade e anisotropia do carste, são necessários estudos mais específicos a fim de entender seu comportamento hidrogeológico. Este mestrado estudou a região urbana do município de Sete Lagoas, localizado em um contexto hidrogeológico cárstico, onde quase a totalidade do uso da água é subterrânea. A falta de uma gestão dos recursos hídricos adequada na cidade, aliada à complexidade do aquífero local, está agravando problemas como falta de água, principalmente durante a estiagem, resultando na perfuração de poços secos ou pouco produtivos. Devido a isso, o objetivo foi desenvolver um método para mapear a favorabilidade hidrogeológica a partir de um modelo hidrogeológico conceitual detalhado, para servir como ferramenta de gestão dos recursos hídricos subterrâneos da região. Para isso, além de trabalhos de campo, foram usados dados geológicos em superfície e subsuperfície para modelagem geológica 3D com Geomodeller, dados de testes de bombeamento (vazão específica, Q/s, e transmissividade, T), análise de sensoriamento remoto e geofísica para elaboração de mapas temáticos. Os resultados indicam que a favorabilidade hidrogeológica está correlacionada com os parâmetros: 1) densidade de lineamentos morfoestruturais e geofísicos; 2) densidade de feições cársticas na superfície; 3) espessura acumulada da zona carstificada interceptada pelos poços; e 4) taxa de recarga. As áreas mais favoráveis são aquelas onde os parâmetros se sobrepõem e possuem maior peso na classificação de favorabilidade hidrogeológica. Essas regiões estão localizadas no centro da área de estudo sobre sedimentos inconsolidados, onde a carstificação foi mais intensa, nas regiões com maior densidade de lineamentos (principalmente E-W e NE), ou próximo às lagoas e feições cársticas. As áreas menos favoráveis estão sobre as regiões pouco carstificadas, com ausência de lineamentos ou feições cársticas próximas, ou sobre espessas camadas de metapelitos na região sudeste e noroeste da área de estudo. A distribuição espacial de poços pouco produtivos por toda a área, mesmo em regiões hidrogeologicamente mais favoráveis, mostra o quanto o aquífero é heterogêneo e anisotrópico, provando a necessidade de estudos mais detalhados para análise da favorabilidade hidrogeológica em escala local. O método desenvolvido foi validado a partir da calibração com 185 valores de vazão específica e 32 de transmissividade dos poços, e mostrou-se eficaz em seu propósito de indicar zonas com maior favorabilidade hidrogeológica, podendo ser aplicado em outras regiões com contexto hidrogeológico semelhante.Item Protocolos de avaliação rápida de rios e a inserção da sociedade no monitoramento dos recursos hídricos.(2008) Rodrigues, Aline Sueli de Lima; Malafaia, Guilherme; Castro, Paulo de Tarso AmorimA degradação dos recursos hídricos tem sido detectada e mudanças, tanto institucionais quando legislativas, têm sido requeridas. O uso indiscriminado dos rios provoca mudanças ecológicas, causando sérias modificações na paisagem e no regime fluvial, além de alterar a disponibilidade dos habitats e a composição trófica do ambiente aquático. Em virtude desse cenário, os cientistas têm sido pressionados a desenvolver métodos de avaliação que sejam eficientes tanto em nível da própria avaliação, quanto como auxiliares nas tomadas de decisão nos processos de gerenciamento ambiental. Nessa perspectiva, o objetivo deste trabalho é apresentar os Protocolos de Avaliação Rápida de Rios (PARs) e esclarecer as razões pelas quais esses protocolos podem promover a participação da comunidade no monitoramento dos recursos hídricos. Os PARs avaliam, de forma integrada, as características de um trecho de rio de acordo com o estado de conservação ou degradação do ambiente fluvial e suas principais características são a viabilidade econômica e a fácil aplicação. Em regiões com poucos recursos financeiros e grandes problemas de qualidade da água os PARs podem ser utilizados em programas de monitoramento ambiental. Por meio dos protocolos, a integração da comunidade no monitoramento dos recursos hídricos gera dados que representam a qualidade dos ecossistemas fluviais ao longo do tempo, sem que sejam necessários custos altos e profissionais especializados no assunto. Os PARs consistem em uma ferramenta simplificada, mas não simplista, de avaliação de rios, que incorporada aos procedimentos metodológicos adotados pelos órgãos gestores podem aproximar a sociedade civil da questão ambiental.