EM - Escola de Minas

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A Escola de Minas de Ouro Preto foi fundada pelo cientista Claude Henri Gorceix e inaugurada em 12 de outubro de 1876.

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    Grãos detríticos de zircão do grupo Itacolomi em sua área tipo, Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais : idades, proveniência e significado tectônico.
    (2020) Duque, Tiago Rocha Faria; Alkmim, Fernando Flecha de; Lana, Cláudio Eduardo
    O Grupo Itacolomi em sua localidade tipo, a serra homônima, situada na porção sudeste do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, caracteriza-se por uma sucessão de meta-arenitos, metaconglomerados e filitos. Nessa e demais ocorrências, o grupo é interpretado como uma associação de depósitos fluviais e de leques aluviais, acumulados em bacias intermontanas pós-orogênicas. As suas ocorrências na localidade tipo dão-se na forma de um bloco basal autóctone que jaz em discordância sobre rochas do Supergrupo Minas, e outro superior alóctone, lançado sobre o primeiro por uma falha de empurrão. O bloco autóctone corresponde à porção íntegra e internamente menos deformada do grupo e é constituído de um pacote de aproximadamente 400 m de meta-arenitos e metaconglomerados. No bloco alóctone, exposto no Pico do Itacolomi, meta-arenitos finos a médios com espessura de aproximadamente 145 m encontram-se, em geral, mais intensamente deformados. Os espectros de idades dos grãos de detríticos de zircão obtidos nos blocos autóctone e alóctone são ligeiramente diferentes. Os do primeiro são claramente unimodais, com picos em 2167, 2197 e 2203 Ma. Os do segundo são bimodais, com picos principais em 2156 e 2201 Ma. Eles indicam que as fontes principais do grupo devem ter sido, principalmente, os granitoides paleoproterozoicos do Cinturão Mineiro e do Complexo Mantiqueira, expostos respectivamente a sudoeste e leste da Serra do Itacolomi. A idade máxima de sedimentação do grupo pode ser estimada em 2129±11 Ma. Esses resultados, juntamente com outros disponíveis na literatura, indicam que o Grupo Itacolomi foi depositado em bacia de antepaís do orógeno paleoproterozoico que abarca o Quadrilátero Ferrífero e áreas adjacentes.
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    Caracterização faciológica e evolução sedimentar da Formação Moeda (Supergrupo Minas) na porção noroeste do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais.
    (2019) Madeira, Mariana de Resende; Martins, Maximiliano de Souza; Martins, Gustavo Pereira; Alkmim, Fernando Flecha de
    A Formação Moeda, ao longo da região noroeste do Quadrilátero Ferrífero, registra os primeiros estágios da Bacia Minas, desenvolvida no limite Neoarqueano/Paleoproterozoico no sul do Cráton do São Francisco (CSF). Este trabalho analisa essa unidade a partir de seis perfis estratigráficos de detalhe nos quais foram identificadas nove fácies sedimentares: quatro conglomeráticas (Gms, Gm, Gt e Gp), três essencialmente areníticas (St, Sp e Sh) e duas predominantemente pelíticas (Fl e Fsc). As seções estratigráficas foram correlacionadas, possibilitando o agrupamento das fácies em cinco associações geneticamente relacionadas. As associações de fácies AF1 e AF2 representam sistemas de leques aluviais que evoluíram para planícies fluviais entrelaçadas. AF3 está relacionada a um sistema lacustre associado a marinho raso nas porções distais. Por fim, as associações de fácies AF4 e AF5 representam planícies fluviais entrelaçadas encerradas por uma transgressão marinha no estágio final de evolução da bacia. Com o auxílio do mapeamento geológico-estrutural de detalhe dessas associações e da confecção de uma seção restaurada foi possível interpretar que as AF1, AF2, AF3 e a porção basal da AF4 foram depositadas durante os estágios iniciais do rifteamento continental, e as demais associações materializam a transição rifte-margem passiva.
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    Geoquímica e geocronologia da Suíte Paciência : implicações para o fim da evolução riaciana do Bloco Itacambira-Monte Azul.
    (2018) Bersan, Samuel Moreira; Danderfer Filho, André; Abreu, Francisco Robério de; Lana, Cristiano de Carvalho
    Diversos corpos plutônicos alcalinos de alto potássio paleoproterozoicos ocorrem no embasamento do cráton São Francisco, bem como no embasamento dos orógenos que o bordejam. Localizado no bordo oeste do cráton São Francisco, o bloco Itacambira- Monte Azul integra o embasamento do orógeno Araçuaí, em partes retrabalhado pelo evento tectonometamórfico Brasiliano. Nesse bloco, os plutonitos Paciência, Morro do Quilombo e Serra Branca, constituídos de rochas alcalinas, são englobados na Suíte Paciência. Os resultados petrográficos para a Suíte Paciência mostram o predomínio de monzonitos e sienitos, equigranulares a porfiríticos, com ocorrência de enclaves máficos. As análises químicas indicam altas concentrações de álcalis, bem como o enriquecimento de óxidos ferromagnesianos e alto Mg# (número de magnésio). Essas rochas são dominantemente metaluminosas, alcalinas a alcalino-cálcicas e magnesianas, enriquecidas em Ba, Sr e Rb e depletadas em Nb, P, Ti e em elementos incompatíveis. Mostram altos conteúdos em elementos terras raras (ETR) com fracionamento dos ETR leves sobre os pesados e anomalias de Eu que variam de negativas a fracamente positivas. As características geoquímicas dessas rochas são similares às de granitoides potássicos originados tardiamente em eventos orogênicos associados à subducção, com fonte mantélica metassomatizada e enriquecida em elementos incompatíveis e participação de crosta arqueana na geração desse magma. A idade de cristalização em 2053 ± 6.3 Ma indica que as rochas da Suíte Paciência se relacionam aos estágios tardios da orogênese Transamazônica, possivelmente associados com a evolução de um extenso arco magmático desenvolvido ao final do Riaciano. Dessa forma, a Suíte Paciência e também as demais suítes alcalinas paleoproterozoicas presentes no embasamento do orógeno Araçuaí registram um período de estabilização do paleocontinente São Francisco-Congo na transição Riaciano-Orosiriano.