EM - Escola de Minas

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A Escola de Minas de Ouro Preto foi fundada pelo cientista Claude Henri Gorceix e inaugurada em 12 de outubro de 1876.

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    Reabilitação de uma área de empréstimo da UHE-Emborcação : técnicas tradicionais versus restauração ecológica.
    (2020) Souza, Yuri Andrade Figueiredo de; Leite, Mariangela Garcia Praça; Leite, Mariangela Garcia Praça; Oliveira, Fábio Soares de; Assis, Igor Rodrigues de
    Apesar de serem áreas muito impactadas, são raros os trabalhos que descrevem projetos de reabilitação de áreas de empréstimo. Buscando suprir parte dessa lacuna, o presente estudo se desenvolveu em uma área degradada, de cerca de 220 ha, utilizada como área de empréstimo de solo argiloso para a implantação de um empreendimento hidrelétrico (UHE-Emborcação – Companhia Energética de Minas Gerais) na década de 1970. Localizada em Goiás, a região de clima tropical de estação seca está inserida no contexto do bioma Cerrado. Em 2000 foi executado um programa de recuperação de área degradada (PRAD), no local, que falhou, deixando a área desprovida de resiliência e em processo contínuo de degradação. O presente trabalho buscou avaliar a eficácia e eficiência de técnicas de restauração tradicionais e ecológicas através do monitoramento e análises de diversos indicadores ecológicos ao longo de dois anos. De forma concomitante à análise do PRAD e suas técnicas tradicionais, foram implantadas e monitoradas, técnicas de restauração ecológica que envolvem a transposição de topsoil e implantação de poleiros artificiais. A área foi dividida em três módulos, onde foram analisadas parcelas em área degradada (controle), área de Cerrado preservada (referência), parcelas com transposição de topsoil, parcelas doadoras de topsoil e parcelas com instalação de poleiros artificiais. Além do levantamento em campo das técnicas utilizadas no PRAD, foi realizada uma cartografia digital da área, a partir de mapeamento com veículo aéreo não tripulado (VANT), e monitorados indicadores de qualidade do solo. A cartografia contribuiu paras a visão macro do estado da área, permitindo a identificação das estruturas do PRAD e tipologias de solo exposto e vegetação remanescente. Os indicadores de qualidade do solo permitiram uma análise mais local, em microescala, tendo sido avaliados: condutividade hidráulica; resistência do solo à penetração; densidade do solo; porosidade total e macroporosidade; granulometria; matéria orgânica; pH; soma de bases; capacidade de troca catiônica potencial; capacidade de troca catiônica efetiva; saturação por bases; saturação por alumínio; além das concentrações de macro e micronutrientes. Os resultados mostraram que metodologias clássicas de controle de erosão e revegetação não foram suficientes para recuperar o solo e devolver a resiliência do ecossistema, profundamente degradado. Análises estatísticas (teste T de Student, ANOVA, ACP, Regressão linear e Modelo Linear Generalizado) mostraram que as transformações físicas e químicas ocorridas nos tratamentos podem ser acompanhadas e representadas por três desses indicadores, que apresentaram diferenças significativas: o aumento nos teores de potássio e matéria orgânica e a redução dos valores de densidade do solo. De forma adicional, verificou-se que a transposição de topsoil se apresentou como uma técnica promissora, por seu baixo custo e fácil aquisição de material, diferentemente da técnica de poleiros artificiais, que não mostrou eficácia na recuperação ambiental ao longo do período monitorado. As parcelas com transposição de topsoil apresentaram uma gradual evolução edáfica, que permitiram o estabelecimento de regenerantes da flora e da macrofauna de solo. Além disso, os dados mostraram que a perturbação realizada nas áreas doadoras de topsoil, localizada e de pequena escala, não as degradaram. Os produtos da análise de função da paisagem (LFA) indicam que para o sucesso de um futuro projeto de restauração ecológica, este deve ser feito em fases, com a transposição de topsoil iniciando nas áreas limítrofes às porções de vegetação nativa ainda preservada (bordas), seguindo gradativamente para o centro da área. Paralelamente, indica-se um monitoramento contínuo e sistêmico com a avaliação de, pelo menos, três indicadores de solo: teor de matéria orgânica, concentração de potássio e macroporosidade.
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    Abordagens estatísticas aplicadas ao mapeamento de susceptibilidade a movimentos de massa : análise de diferentes técnicas no contexto do Quadrilátero Ferrífero.
    (2016) Barella, Cesar Falcão; Sobreira, Frederico Garcia; Lena, Jorge Carvalho de; Fernandes, Nelson Ferreira; Mourão, Ana Clara Moura; Rodrigues, Paulo César Horta
    Com o objetivo de edificar uma argumentação capaz de embasar o adequado estabelecimento de diretrizes e procedimentos cartográficos voltados à elaboração e apresentação de mapas de susceptibilidade, foram selecionadas duas áreas piloto na região do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, denominadas Belo Vale e Antônio Pereira, onde aplicaram-se conceitos e metodologias estatísticas de mapeamento de movimentos gravitacionais de massa, dando ênfase à adoção da escala 1:25.000. A partir da construção de inventários de cicatrizes e do mapeamento dos fatores condicionantes inerentes às regiões de estudo, foram testadas, validadas e confrontadas diferentes abordagens, cada qual com uma função especifica dentro da análise de susceptibilidade. Com o propósito de comparar diferentes métodos estatísticos (Análise da Densidade de Escorregamentos, Likelihood Ratio, Valor Informativo, Probabilidade Bayesiana, Pesos de Evidência, Análise Discriminante e Regressão Logística) e diferentes representações cartográficas dos escorregamentos cadastrados (ponto e polígono), a primeira região de investigação evidenciou bons resultados em todos os enfoques empregados, com áreas abaixo da Curva de Sucesso e de Predição acima de 0,800 em grande parte das análises efetuadas. Merece destaque nessa fase a técnica do Valor Informativo e a soma do Contraste dos Pesos de Evidência, ambos aplicados, respectivamente, a um inventário poligonal e pontual. No que diz respeito à concordância espacial produzida entre os modelos, foi constatada, através da determinação do Coeficiente Kappa, que, independentemente das taxas de validação encontradas, a distribuição das classes de susceptibilidade são discordantes ao longo do território mapeado. Entretanto, essa discordância nunca atinge patamares de baixa compatibilidade. A segunda região de análise teve a finalidade de explorar o efeito da discriminação dos movimentos inventariados (movimentos translacionais em rocha e em solo) e da fragmentação aleatória do inventário nos grupos de treino e de teste (holdout, holdout repetido e validação cruzada). Os resultados alcançados nessa fase demonstraram a elevada sensibilidade da técnica do Valor Informativo às variações produzidas, deixando claro que para a elaboração de bons modelos é necessária uma pequena defasagem entre as taxas de validação, avaliadas aqui através das Curvas de Sucesso e Curvas de Predição. A análise crítica dos procedimentos aplicados corroborou a adequabilidade dos enfoques estatísticos ao mapeamento de susceptibilidade a movimentos gravitacionais de massa na escala 1:25.000. Palavras-Chave: Desastres Naturais, Susceptibilidade, Métodos Estatísticos, Ordenamento Territorial, Movimentos Gravitacionais de Massa.
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    Espécies acumuladoras de metais influenciam a composição química do solo e a composição de espécies em campos ferruginosos?
    (2015) Schettini, Antonella Tonidandel; Kozovits, Alessandra Rodrigues; Leite, Mariangela Garcia Praça; Messias, Maria Cristina Teixeira Braga
    A despeito da alta demanda e urgência pela recuperação das áreas degradadas (RAD) pela mineração de ferro e bauxita em Minas Gerais e em diversas regiões no mundo, técnicas eficientes de revegetação ou restauração ambiental ainda não foram devidamente testadas e padronizadas. Na maioria das vezes, espécies vegetais exóticas e exigentes quanto ao seu manejo são empregadas, produzindo certa cobertura vegetal sobre a área degradada, mas nunca devolvendo ao sistema os serviços ecológicos pré-existentes nas áreas pristinas. Espécies nativas da área a ser revegetada e que sejam hiperacumuladoras dos metais abundantes e/ou potencialmente nocivos ao meio ambiente são consideradas a melhor opção para uso em projetos de RAD. Por outro lado, estudos recentes indicam que plantas hiperacumuladoras de determinados metais podem aumentar suas concentrações no solo a ponto de impedir o estabelecimento de espécies mais sensíveis, inviabilizando a restauração ecológica. Assim, talvez o uso de espécies acumuladoras em níveis intermediários de metais, ou de uma mistura de espécies com diferentes capacidades de acumulação e de exclusão de metais possa criar condições diferenciadas para o estabelecimento de maior número de espécies, ampliando as chances de restauração da área degradada. Entretanto, considerando-se a flora dos campos ferruginosos, a habilidade de fito-extrair ou de estabilizar metais é conhecida apenas para uma ínfima fração das espécies. Logo, o presente trabalho teve como objetivo caracterizar espécies lenhosas comuns nos campos ferruginosos mineiros quanto ao potencial de fitoestabilização e fitoextração de elementos disponíveis no solo e, analisar se espécies acumuladoras de Al são capazes de modificar a concentração de metais no solo circundante a ponto de selecionar espécies recrutantes, afetando a densidade e diversidade ao redor de seus caules. As concentrações de elementos químicos em folhas e no solo ao redor de dezesseis espécies de um campo ferruginoso situado na Serra da Brígida, Ouro Preto, MG, foram determinadas. Como esperado, foram encontradas altas concentrações de Al, Fe e Mn no solo, entretanto, nenhuma das espécies foi considerada hiperacumuladora de qualquer dos metais. Com exceção das três espécies de Melastomataceae, as demais espécies caracterizam-se como exclusoras de ferro e alumínio. Quanto ao Mn, nove espécies o acumularam e sete o excluíram. Tibouchina heteromalla, Miconia corallina e Leandra australis exibiram diferentes níveis de acumulação de alumínio em suas folhas (1930, 2744 e 5694 mg.kg-1, respectivamente), mas a concentrações de Al nos solos ao redor das três espécies não diferiram significativamente. Apesar disso, maior diversidade de espécies foi encontrada ao redor de M. corallina (valor intermediário de acúmulo de Al nas folhas) seguida por L. australis e T. heteromalla (menor concentração de Al nas folhas). As duas primeiras apresentaram similaridade de espécies estabelecidas ao seu redor e diferiram de T. heteromalla. Especulou-se que a variação de outros elementos no solo (Mn e P, por exemplo), e não do Al, possam ajudar a explicar as diferenças na densidade e diversidade de espécies ocorrentes ao redor das Melastomatáceas, porém um estudo com tal foco deve ser realizado para permitir conclusões menos especulativas.
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    Desequilíbrio ambiental, cultura local e cultura tecnológica : a parceria entre a Associação dos Moradores do Jardins de Petrópolis e Escritório de Integração do DAU da PUC Minas.
    (2012) Conti, Alfio; Almeida, Danilo de Carvalho Botelho; Netto, Marco Antônio Souza Borges; Silva, Margarete Maria de Araújo
    O objetivo desse texto é apresentar uma experiência de requalificação ambiental urbana em curso no município de Nova Lima. O objeto de estudo é uma área lindeira ao condomínio Jardins de Petrópolis, que é afetada por graves processos de degradação físico-ambiental. A partir de uma parceria entre a Associação de moradores locais e o Escritório de Integração da PUC Minas, a proposta enfoca o resgate da cultura tecnológica local, para que dispositivos específicos sejam aplicados dentro de uma abordagem sistêmica, usando mão de obra local em toda a área de intervenção.
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    Explotação de rochas ornamentais e meio ambiente.
    (2012) Fabri, Érika Silva; Nalini Júnior, Hermínio Arias; Leite, Mariangela Garcia Praça
    Apesar de as atividades minerárias serem fundamentais para a economia de diversos países, inclusive o Brasil, seu desenvolvimento não se dá sem que haja algum tipo de degradação ambiental. Os recursos minerais não são recursos renováveis e, portanto, uma vez extraídos, não podem ser substituídos, ou seja, é necessário que sejam utilizados de forma correta e responsável, levando em consideração o de¬senvolvimento sustentável. Portanto, dentre outros aspectos, é necessário que as minerações antevejam o tratamento e a disposição dos resíduos gerados ou até mesmo a sua devolução ao meio ambiente. Assim, o objetivo principal deste trabalho é apresentar os diferentes tipos de lavras de rochas ornamen¬tais, seus métodos e suas implicações sobre o meio ambiente. Ao longo do trabalho, são apresentados os principais impactos ambientais causados pelas minerações de rochas ornamentais, bem como a importância da recuperação das áreas degradadas por elas. Um melhor planejamento das extrações de rochas ornamentais definiria com maior precisão a viabilidade econômica do empreendimento e diminuiria os impactos ambientais negativos. Além disso, o fim das irregularidades seria possível com a intensificação das ações de políticas públicas, do monitoramento e da fiscalização.