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A Escola de Minas de Ouro Preto foi fundada pelo cientista Claude Henri Gorceix e inaugurada em 12 de outubro de 1876.
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Item Evolução tectonossedimentar da Bacia dos Parecis – Amazônia.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2007) Bahia, Ruy Benedito Calliari; Martins Neto, Marcelo AugustoBacia dos Parecis está localizada na região centro-oeste do Brasil, na porção sudoeste do Cráton Amazônico, entre os cinturões de cisalhamento Rondônia e Guaporé, correspondendo ao Bloco Parecis de Hasuí et al.(1984). Está dividida, de oeste para leste, em três domínios tectono-sedimentares: o extremo oeste é uma depressão tectônica, a porção central é um baixo gravimétrico e o extremo leste é uma bacia interior tipo sag. Durante o Paleozóico a região Amazônica foi afetada por um evento extensional, quando foram depositados na Bacia dos Parecis, desde o Ordoviciano até o Eopermiano, as formações Cacoal, Furnas, Ponta Grossa, Pimenta Bueno e Fazenda da Casa Branca. A Formação Cacoal é composta de conglomerados, grauvacas, folhelhos e dolomitos, interpretados como depositados em leques aluviais, deltas e lagos. Os ambientes deposicionais das formações Furnas e Ponta Grossa, compostas respectivamente de arenitos com seixos e folhelhos, são interpretados como depositados em ambientes de planície de maré e marinho, respectivamente. Os conglomerados, folhelhos e arenitos da Formação Pimenta Bueno, e conglomerados, arcóseos e folhelhos da Formação Fazenda da Casa Branca são interpretados como glacial ou periglacial. Desde o Permiano ao Triássico existe uma lacuna no registro estratigráfico da Bacia dos Parecis. Durante o Mesozóico a região Amazônica foi novamente afetada por outro evento extensional, quando depressões foram preenchidas por rochas vulcânicas e sedimentares. Na Bacia dos Parecis foram depositados, no Jurássico, os arenitos eólicos da Formação Rio Ávila, cobertos pelos derrames basálticos das formações Anarí e Tapirapuã. No Cretáceo o Grupo Parecis, composto de conglomerados e arenitos, foi depositado em ambientes fluvial e eólico. Corpos kimberlíticos do Cretáceo cortam os sedimentos nas porções noroeste e sudeste da bacia. A Bacia dos Parecis está coberta discordantemente por arenitos e pelitos cenozóicos depositados em uma crosta laterítica desmantelada. Os dados gravimétricos e magnéticos da Bacia dos Parecis foram adquiridos pelo IBGE, PETROBRAS e CPRM. Os mapas gravimétricos e magnéticos da bacia, obtidos através de tratamento no software Oásis da Geosoft, mostram uma grande anomalia negativa que se destaca no interior do Cráton Amazônico, com desvio do campo regional da ordem de -40 mgal. Após os trabalhos de Teixeira (1993) e Siqueira (1989), embasados em dados geofísicos e geológicos, a bacia foi dividida, de oeste para leste, em três domínios tectono-sedimentares: o extremo oeste é uma Fossa Tectônica de Rondônia; a porção central é um baixo gravimétrico e o extremo leste é a Bacia do Alto Xingu.O trend estrutural regional de direção leste-oeste, com desvio do campo regional da ordem de -80 mgal, evidencia o prosseguimento para leste, por baixo da seqüência mesozóica, dos grabens de Pimenta Bueno e Colorado, os quais compõem a fossa Tectônica de Rondônia. A existência deste depocentro é suportada pelo método da Decovolução de Euler, a partir do software da Geosoft, o qual é um procedimento de inversão que visa obter uma estimativa da profundidade do topo do corpo geológico que gera a anomalia gravimétrica ou magnética. Desta forma, pôde-se estimar a profundidade do Embasamento Cristalino da Bacia dos Parecis.Item Arcabouço tectono-estratigráfico da bacia do São Francisco nos arredores das serras da Água Fria e da Onça, porção centro-norte do Estado de Minas Gerais.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Hercos, Cízia Mara; Martins Neto, Marcelo AugustoA área investigada está situada nos setor oriental da bacia do São Francisco, porção centro-norte de Minas Gerais, e compreende as imediações da cidade de Jequitaí e das serras da Água Fria, da Onça e das Porteiras. No contexto geotectônico essa região se encontra inserida na zona de antepaís do Cráton do São Francisco, afetada por uma tectônica epidérmica sem envolvimento do embasamento na deformação da cobertura. O objetivo deste estudo foi reconstruir o arcabouço tectono-estratigráfico do segmento em questão, a partir da integração de dados sísmicos com dados de superfície, além de investigar o posicionamento estratigráfico das rochas que afloram na serra da Água Fria, incluindo os diamictitos da Formação Jequitaí. Foram utilizadas as seções sísmicas RL-060 e RL-300, além dos dados dos poços 1- RF-1-MG e PSB-17. O levantamento dos dados de superfície foi concentrado próximo à linha RL-300 que atravessa parte da área, com direção NW-SE. As atitudes estruturais e os contatos foram projetados para a seção de modo a completar a geometria estrutural, bem como buscar a correlação entre as unidades estratigráficas aflorantes com aquelas reconhecidas em subsuperfície. A partir da análise dos padrões sísmicos de reflexão, identificou-se que o preenchimento da bacia do São Francisco no segmento considerado é representado por três megasseqüências: (a) megasseqüência inferior, constituindo o preenchimento de grábens e hemigrábens, (b) megasseqüência intermediária, caracterizada por superfícies erosivas internas e por uma proeminente feição canalizada na base, sobreposta por estratos subparalelos no topo; e (c) megasseqüência superior, representada por uma sucessão de estratos paralelos a subparalelos com grande continuidade lateral. O limite entre elas ocorre através de discordâncias que são bem caracterizadas na sísmica, porém sutis nos afloramentos. Os depósitos areno-diamictíticos da Formação Jequitaí ocorrem no interior de um hemigráben (megasseqüência inferior), com falha de borda mergulhando para leste e limitando um bloco de embasamento a oeste (Alto do Boqueirão). Esses depósitos foram correlacionados ao desenvolvimento do rifte Macaúbas, e não são correlacionáveis aos conglomerados e “diamictitos” amostrados ao final do poço 1-RF-1-MG, os quais ocorrem na megasseqüência intermediária. Sobrepondo a Formação Jequitaí ocorrem depósitos de arenitos, siltitos, argilitos, ritmitos areno-pelíticos e margas, capeados por rochas carbonáticas pertencentes à megasseqüência intermediária e correlacionados ao estágio flexural da bacia Macaúbas. Sobre os depósitos da megasseqüência intermediária repousa uma seqüência pelito-carbonática (megasseqüência superior) que foi correlacionada ao desenvolvimento da bacia Bambuí.A análise estrutural permitiu dividir a área em três domínios estruturais, com base em dados de superfície e na interpretação sísmica: Oriental, Central e Ocidental, com magnitude da deformação diminuindo no sentido oeste. O acervo estrutural indica que o segmento bacinal investigado registra os efeitos de uma inversão tectônica relacionada ao evento compressional Brasiliano envolvendo o embasamento no processo deformacional nos domínios central e oriental. Foram distinguidas várias feições que suportam tal proposição, a saber: grábens e horts limitados por falhas normais reativadas como reversas, recobertas por estratos dobrados com maior encurtamento relativo; soerguimento do alto do Boqueirão, ocasionando a geração de uma extensa monoclinal no seu flanco oeste; elevação considerável do relevo estrutural no domínio oriental, cerca de 2500m, resultando na exumação de rochas pertencentes ao Supergrupo Espinhaço (embasamento relativo da bacia do São Francisco) no núcleo das megaculminações antiformais, como a anticlinal da serra do Cabral. Em escala regional o segmento estudado constituiu uma protuberância dentro da zona de antepaís do cráton São Francisco, aqui denominada de “Saliência de Pirapora”, onde o embasamento participou na deformação da cobertura, configurando uma tectônica thick-skinned, em oposição ao estilo thin-skinned vigente.