EM - Escola de Minas
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A Escola de Minas de Ouro Preto foi fundada pelo cientista Claude Henri Gorceix e inaugurada em 12 de outubro de 1876.
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Item Resistência à compreensão uniaxial do enchimento de rejeito cimentado mina subterrânea de ouro Turmalina - Conceição do Pará/MG.(2023) Garcia, Daniel Henrique dos Santos; Silva, José Margarida da; Silva, José Margarida da; Pereira, Mariana Arruda; Santos, Rita de Cássia PedrosaA estabilidade do maciço rochoso é essencial em todas as minas subterrâneas economicamente rentáveis. Neste contexto, o preenchimento de realces/blocos com pasta cimentícia vem sendo uma tecnologia importante na indústria da mineração, devido aos seus benefícios técnicos, econômicos e ambientais. Sabe-se que a segurança de trabalhadores e equipamentos, bem como a manutenção do ciclo de operação, estão diretamente conectados ao tempo de vida da mina. Nesta seara, a mineração subterrânea por corte e enchimento fornece a oportunidade de uma lavra seletiva e, consequentemente, recuperação de pilares que muitas das vezes são constituídos por teores de minério economicamente rentáveis, garantindo o principal objetivo de aumentar a rentabilidade. Um limitante deste método, no entanto, é que aumentando o teor de cimento das pastas de rejeito (pastefill), aumenta-se a resistência do aterro produzido em subsolo, porém leva-se ao aumento direto e exponencial do custo de mineração. Diante disso existe uma necessidade de analisar e estudar os rejeitos da planta de beneficiamento para serem aplicados como pasta de preenchimento mineral (pastefill) objetivando o pré-tratamento necessário e a proporção de cimento Portland necessários para alcançar resistência suficiente na aplicação segura do pastefill. Uma das propriedades importantes do enchimento é a sua resitência. Em algumas minas de cobre e ouro, encontram-se valores de resistência de cerca de 1MPa, com valores de 1 a 4% de ligante. Este estudo foi realizado com intuito de determinar, economicamente, a resistência ideal do enchimento tipo pastefill na Mineração Subterrânea de ouro Turmalina na cidade de Conceição do Pará em Minas Gerais, pertencente ao grupo Jaguar Mining. Amostras de rejeito filtrado “cake” foram coletadas diretamente da planta de beneficiamento e classificadas quimicamente (fluorescência e difração de raios X) e fisicamente (umidade; densidade, granulometria) por meio de ensaios laboratoriais. Foram reproduzidos em laboratório 48 corpos de prova divididos em quatro traços diferentes variando porcentagem de cimento Portland em 1%; 2,5%; 3,5% e 5% moldados em corpos de prova cilíndricos de 5x10 cm. Realizaram-se ensaios de mini abatimento (mini slump-test) e resistência à compressão uniaxial (MPa) de acordo com o tempo de cura, sendo aos 7, 14, 21 e 28 dias. A partir dos resultados, produziram-se curvas para análises e o estudo mostrou que uma pasta com 3,5% de cimento Portland na composição, para a granulometria original do cake da Mina Turmalina, apresentou um gráfico com tendência de crescimento, ou seja, que sua resistência não atingiu seu ganho máximo após os 28 dias de cura. Em tese, este traço permite forças suficientes que possam prevenir falhas, rupturas e colapsos no aterro artificial gerado no subsolo quando comparado com os demais. A pasta contendo 1% de cimento Portland não atingiu parâmetro de resistência à compressão uniaxial satisfatório, apresentando também elevado grau de retração dos corpos de prova na reprodução em laboratório. Para a participação de 5% de adição de ligante apresentou UCS de 1,12 MPa aos 28 dias de cura. Os resultados mostraram que são necessários mais de 28 dias para que o pastefill atinja sua resistência máxima em um ambiente não úmido. Isso implica diretamente o avanço de lavra, mostrando que há a necessidade de tal ciclo ser maior que quatro semanas e o confinamento lateral da pasta seja assegurado.Item Ativação alcalina da escória de aciaria.(2023) Borba Júnior, José Carlos; Silva, Guilherme Jorge Brigolini; Oliveira, Víctor de Andrade Alvarenga; Silva, Guilherme Jorge Brigolini; Oliveira, Víctor de Andrade Alvarenga; Gama, João Luiz Calmon Nogueira da; Santos, White José dos; Borges, Paulo Henrique RibeiroA demanda da humanidade por bens e serviços tem causado aumento na busca por produtos muito acima do crescimento da população. Nesse sentido, há a necessidade de diminuir o impacto causado pelas indústrias de bens de consumo. Esse trabalho propõe o uso de uma escória de aciaria como matéria prima para a produção de um cimento alcalinamente ativado, que pode vir a ser um substituto do cimento Portland. Para isso, o trabalho iniciou com uma extensa revisão bibliográfica sistematizada sobre o assunto que mostrou lacunas de conhecimento a serem exploradas. Assim, o trabalho propõe a dosagem de pastas de escória de aciaria de forno a arco elétrico, comparando os resultados de resistência à compressão pelos métodos de uma parte e de duas partes. Os traços feitos pelo método de duas partes alcançaram as maiores resistências à compressão, chegando a 15 MPa aos 90 dias, enquanto que os traços de uma parte só atingiram 4 MPa. Também foi feita a caracterização dos produtos de hidratação aos 28 e 90 dias de idade, através das técnicas de microscopia eletrônica de varredura, análise termogravimétrica e difratometria de raios X com tratamento de dados pelo Rietveld. Os resultados mostram a evolução das pastas hidratadas, com formação de silicato de cálcio hidratado e o aluminato de cálcio hidratado. As quantidades de cada produto hidratado obtidas pelos dois métodos convergiram, apresentando menos que 10 % de diferença calculada.Item Influência do fator de forma e do teor de adição de microfibras de resíduo de lã de vidro na resistência de argamassas de cimento Portland.(2023) Ferreira, Matheus Henrique Dela Costa; Silva, Guilherme Jorge Brigolini; Silva, Keoma Defáveri do Carmo e; Silva, Guilherme Jorge Brigolini; Aguilar, Maria Teresa Paulino de; Silva, Keoma Defáveri do Carmo eComo se já não bastasse os impactos climáticos causados pela acumulação dos gases estufas na atmosfera, também deve-se enfatizar o problema de contaminação terrestre, devido à adoção de práticas insustentáveis de descarte dos resíduos sólidos. Entre estes resíduos, destaca-se o resíduo de lã de vidro (RLV), oriundo de um tipo de isolamento termoacústico empregado em equipamentos industriais ou em construções residenciais. Neste trabalho, buscou-se uma alternativa para o reaproveitamento do RLV gerado em plantas siderúrgicas como uma fonte de microfibras para adição em matrizes de argamassa de cimento Portland. Dessa forma, foi feita a caracterização química, física e mineralógica do RLV utilizando técnicas de fluorescência e difração de raios-x, e microscopia eletrônica de varredura. Também foram avaliados os impactos na resistência mecânica das matrizes causados tanto pela variação do fator de forma das microfibras, como pelo teor de adição de RLV. Os teores de fibras adicionados nas dosagens propostas para este estudo foram de 0%; 2,5%; 5,0%; 7,5% e 15%. As argamassas com adição de fibras curtas e longas foram ensaiadas para obter a resistência à tração na flexão e à compressão, aos 7 e 28 dias de hidratação em regime submerso a temperatura ambiente. Os resultados das análises estatísticas feitas nos dados de resistência medidos revelaram que as fibras longas, com fator de forma maior, foram mais eficientes no ganho de resistência quando submetidas aos esforços de tração do ensaio de flexão. Já nos ensaios de compressão uniaxial, os efeitos predominantes no ganho de resistência foram promovidos devido a adição das fibras curtas, com menor fator de forma, mas com elevada área de superfície específica, o que favoreceu a formação de uma matriz densa. Portanto, concluiu- se que tanto o teor de adição de fibras quanto o fator de forma tiveram impacto positivo na resistência última. Assim, enquanto a adição de fibras curtas promoveu um ganho máximo de resistência a compressão de 43% para o traço LVM-15, a adição de fibras longas também foi responsável por um incremento máximo de 48% na resistência a tração para o traço LVL-15.Item Caracterização geoquímica e tecnológica do metacalcário da mina Taboca em Itaú de Minas, MG.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2009) Ribeiro, Gilson Passos; Carneiro, Maurício AntônioEsse trabalho apresenta o resultado de um estudo litogeoquímico realizado no metacalcário da Mina Taboca, situada em Itaú de Minas – MG. Nesse local a Cia Cimento Portland Itaú atua na extração do metacalcário para a produção de cimento, cal, calcário agrícola e argamassa. Na fabricação do cimento, são utilizados os calcários com baixo teor de magnésio (menor que 4,5%). Nesse caso, um metacalcário rico em cálcio (de 43 a 54%) é misturado com a argila rica em sílica (de 56 a 65%) e com teores de alumínio entre 13 a 17% e ferro de 6 a 8%. Posteriormente essa mistura é moída e obtém-se uma farinha, que posteriormente é queimada em fornos para se transformar em clínquer (principal componente do cimento). O clínquer é moído juntamente com gesso e aditivos para formar o cimento. No decorrer desse processo é necessário controlar os “módulos” que correlacionam os principais elementos químicos utilizados na fabricação de cimento. São esses os módulos FSC (fator de saturação da cal), MS (módulo de sílica) e MA (módulo de alumina). Geologicamente, as rochas que compõem a jazida pertencem ao Grupo Bambuí (Barbosa, 1955, Simões 1995, Schmidt Fleischer 1978). Nessa Região o Grupo Bambuí ocorre como estreita faixa que bordeja a Nappe de Passos, a sul da cidade de Passos, e torna-se progressivamente mais expressivo para E, onde passa a predominar sobre as outras unidades. Na jazida, ocorrem vários tipos de metacalcário, sendo a principal distinção as concentrações de CaO e MgO. Em função de variações na composição química da matéria-prima, o processo de fabricação de cimento apresenta vários problemas tais como colagens nos fornos de clínquer, entupimento na torre de ciclone, consumo excessivo de energia e paralisação do processo de fabricação elevando, conseqüentemente, o custo final do cimento. Essa pesquisa tem como objetivo avaliar, com acuidade, a composição química do metacalcário da Mina Taboca, identificando os pontos onde ocorrem as maiores variações de cálcio e magnésio; determinar a utilização correta (blendagem) para melhor aproveitamento do minério e atender os parâmetros necessários para a produção do cimento. A metodologia utilizada pode ser enquadrada em duas modalidades. A primeira envolve a coleta sistemática de amostras do metacalcário da mina da Taboca. Essa coleta, cujas amostras destinadas à caracterização química e tecnológica, abarcará os diferentes litotipos da mina visando o seu comportamento químico com as diferentes aplicações do minério, especialmente na indústria cimenteira. As amostras coletadas foram preparadas mecanicamente no laboratório de físico-química da Votorantim Cimentos (unidade de Itaú de Minas), britadas em britador de mandíbulas e posteriormente em britador de martelo. Foram realizados os ensaios de peneiramento para determinação da % de faixa granulométrica nas seguintes frações P# 4,75; P# 2,00; P# 1,00; P# 0,60; e Passante da P# 0,60mm. A segunda modalidade envolve as caracterizações químicas das amostras, que foram realizadas via espectrômetro de Fluorescência de Raios X da Marca Panalytical Axios Cement. A composição química e as características físicas do metacalcário da mina Taboca apresentam grandes variações. Essas variações ocorrem aleatoriamente em todas as regiões da mina. Portanto, para otimizar o processo produtivo é necessário realizar uma mistura (blendagem) dos vários tipos de metacalcário disponíveis. Para essa blendagem realiza-se uma simulação, utilizando as várias possibilidades de mistura, observando as composições químicas (em porcentagem) da matéria-prima disponível. Essa simulação é realizada através de uma planilha eletrônica para saber a quantidade ideal de cada variedade de metacalcário, já que o range de sua variação química é apreciável. Então se conclui que a conciliação entre os metacalcários e as argilas, a serem utilizados no processo de produção da farinha, é de fundamental importância para suprir a quantidade ideal de cada componente químico, e manter uma boa estabilização dos módulos para que haja um bom desempenho do forno.