EM - Escola de Minas
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A Escola de Minas de Ouro Preto foi fundada pelo cientista Claude Henri Gorceix e inaugurada em 12 de outubro de 1876.
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Item Análise estratigráfica e distribuição do arsênio em depósitos sedimentares quaternários da porção sudeste do Quadrilátero Ferrífero, bacia do Ribeirão do Carmo, MG.(2010) Costa, Adivane Terezinha; Nalini Júnior, Hermínio Arias; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Tatumi, Sonia HatsueA região do QF, em Minas Gerais, tornou-se internacionalmente conhecida pela exploração de ouro no século XVIII. Nesse artigo, serão apresentados valores de referência (background) para o arsênio em sedimentos aluviais provenientes de áreas que foram intensamente afetadas pela exploração de ouro no passado, contidas na bacia do ribeirão do Carmo. A análise da sucessão faciológica dos perfis aluviais foi realizada em depósitos sedimentares de planícies de inundação, barrancos de rios (cutbank) e terraços aluviais e foi o alicerce para a obtenção do valor de referência do arsênio em depósitos de fácies de canal e de planícies de inundação. A partir do conhecimento do valor de referência obtido pelo método estatístico, com base na confecção de curvas de freqüência acumulada em escala linear, foram gerados mapas geoquímicos no sistema SIG. A obtenção do valor de referência e do mapa geoquímico do arsênio, na bacia do ribeirão do Carmo, com representação das áreas com concentrações anômalas desse elemento, é fundamental para o diagnóstico e planejamento ambiental de um distrito mineiro potencialmente contaminado por arsênio.Item Estudo de elementos-traço em águas de abastecimento urbano e a contaminação humana : um caso de Ouro Preto, MG.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2006) Pereira, Margarete Aparecida; Paiva, José Fernando deA cidade de Ouro Preto possui um confuso sistema de distribuição de água com captações da administração municipal em 12 fontes, além de fontes alternativas clandestinas tais como antigas minas de ouro, chafarizes e bicas. Somente nos últimos anos, a qualidade destas águas tem sido estudada com base nas concentrações de metais e metalóides. Elevadas concentrações de arsênio já foram detectadas em algumas captações municipais, sendo que uma destas abastece a população de um bairro - o bairro Padre Faria. Por outro lado, não se tem qualquer idéia sobre a presença efetiva de contaminações por elementos traço diretamente em águas de residências, e tampouco uma constatação da sua absorção pelos moradores. Neste trabalho foram analisadas amostras de água coletadas em residências e fontes alternativas ao longo do bairro, e também amostras da primeira urina do dia de moradores. Nestas foram determinadas as concentrações de As, Al, Cd, Cu, Zn, Pb e Mn, utilizando-se como técnicas a espectrometria de emissão atômica com acoplamento de plasma (ICP-OES), e a Voltametria de varredura linear. Para alguns destes elementos nas águas, os limites máximos estabelecidos pela Portaria 518 do Ministério da Saúde para águas potáveis foram ultrapassados. Com efeito, para o As as concentrações estiveram entre 3,0 µg/L e 189 µg/L, para o Pb entre 3,0 µg/L e 32,73 µg/L e para o Al entre 1,3 e 364,8 µg/L. Nas urinas, em cerca de 27% das amostras o teor de Pb ultrapassou o índice biológico máximo estabelecido pela Norma Regulamentadora 7 do Ministério do Trabalho e Emprego, chegando em até 47,57 µg/gcreatinina. Em 30% das amostras o teor de As também ultrapassou este limite regulamentar, atingindo valores de até 553.53 µg/gcreatinina. O alumínio foi detectado na maioria das amostras de urina atingindo valores da ordem de 490,4 µg/gcreatinina. Como conseqüência do uso de uma rede de distribuição de água não planejada e pouco controlada, em regiões de linha de base geoquímica que oferece caráter potencialmente tóxico às águas naturais, tem-se uma exposição efetiva da população, e uma contaminação constatadas através da presença de metais e metalóides potencialmente tóxicos nas amostras de urina analisadasItem Distribuição de mercúrio e arsênio nos sedimentos da área afetada por garimpo de ouro – Rio Gualaxo do Norte, Mariana, MG.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Rhodes, Valdilene da Penha; Lena, Jorge Carvalho deO estado de Minas Gerais, principalmente em áreas do Quadrilátero Ferrífero, é tradicionalmente conhecido por atividades de extração mineral como ferro, manganês, pedras preciosas e ouro. Essa última constitui uma importante fonte de elementos traço, já que as associações minerais presentes nesses depósitos auríferos são ricos em minerais sulfetados principalmente os que contêm arsênio (arsenopirita e pirita). Na região do rio Gualaxo do Norte, foco desse estudo, atividades de extração de ouro são comuns na forma de garimpos. Nesses garimpos utilizam-se desde técnicas rudimentares até equipamentos mais modernos, como dragas e bombas, além da utilização do mercúrio para a amalgamação do ouro. Tal atividade, face às suas peculiaridades, implica nas alterações das condições ambientais, com intensidade e diversidade de efeitos, cujos riscos nem sempre se restringem aos limites da área de trabalho. Com o objetivo de avaliar os impactos da mineração de ouro na qualidade da água e do sedimento no rio Gualaxo do Norte, foram realizadas duas campanhas de amostragens (período seco e período chuvoso). As análises incluíram determinação de Hg e As, além de outros elementos traço e maiores (Al, Ba, Ca, Co, Cr, Cu, Fe, K, Li, Mg, Mn, Na, Ni, P, Sr, Th, Ti, V, Y, Zn e Zr) em amostras de sedimentos com granulometria menor que 63 μm e determinação de alguns parâmetros físico-químicos (pH, Eh, condutividade elétrica, sólidos totais dissolvidos e temperatura) e elementos traço e maiores (Hg, As,Al, Ba, Ca, Co, Cr, Cu, Fe, K, Li, Mg, Mn, Na, Ni, P, Sr, Th, Ti, V, Y, Zn e Zr) para as amostras de água. Os resultados da análise revelam que apesar da atividade garimpeira ter diminuído na região do rio Gualaxo do Norte, as amostras de sedimentos do rio ainda apresentam teores consideráveis de mercúrio (0,14 – 0,53 mg/kg) e arsênio (8,6 – 82,4 mg/kg). Esses resultados quando comparados com os teores obtidos nas amostras dos tributários do rio Gualaxo do Norte mostram a influência do garimpo de ouro na contaminação do sedimento do mesmo rio. Os outros metais e metaloides analisados nos sedimentos apresentaram variações ao longo do rio Gualaxo do Norte em ambas as amostragens. Os valores obtidos para Hg, As ,Cr, Cu, Ni, Pb e Zn foram comparados com os valores-guia de qualidade dos sedimentos (VGQS) internacionais adotando-se os valores TEL/PEL. O arsênio ultrapassou os valores estabelecidos do PEL em todos os pontos dentro do rio Gualaxo do Norte, sendo que os outros elementos violaram os valores estabelecidos em apenas alguns pontos. Os resultados da análise química da água não apresentaram valores consideráveis preocupantes para Hg e As. Para os outros metais e metaloides analisados, observou-se que para a maioria dos elementos as concentrações obtidas apresentaram valores inferiores aos valores máximos permitidos pelo CONAMA para águas Classe I e II, mostrando que apesar dos sedimentos apresentarem altos teores para alguns elementos, eles não estão sendo disponibilizados para o meio aquoso.Item A contaminação natural por arsênio em solos e águas subterrâneas na área urbana de Ouro Preto (MG).(2011) Gonçalves, José Augusto Costa; Lena, Jorge Carvalho deO arsênio (As) é um elemento presente naturalmente em algumas formações rochosas, em solos e águas. Inúmeros estudos demonstram que o As é ultra tóxico: uma dose de 125 miligramas pode matar um ser humano adulto. Consumido em porções mínimas ao longo do tempo, como ocorreu com bengaleses, também é letal. O veneno se acumula no organismo e os sintomas da intoxicação demoram até duas décadas, em média, para se manifestar. O objetivo principal deste trabalho foi: investigar e comprovar a contaminação natural por As, nos solos e águas subterrâneas em parte da área urbana da cidade de Ouro Preto (MG). A presença e evolução do As nas águas subterrâneas de quatro captações de água, utilizadas pela população da cidade de Ouro Preto, é uma contaminação natural, temporal, localizada e peculiar da área estudada. O As um elemento tóxico e extremamente agressivo à saúde humana, entretanto os teores do mesmo nas águas utilizadas por parte da população da cidade de Ouro Preto é superior aos valores estabelecidos pelos órgãos de controle e saneamento ambiental estadual e federal. Nas captações estudadas, as águas analisadas apresentaram marcantes variações nas concentrações de As. Nos períodos de seca, com a redução do nível de água nos aqüíferos, ocorre diminuição da concentração de As. Já na estação chuvosa, a precipitação mobiliza e lixivia o As para o ambiente, aumentando as concentrações do mesmo nas águas subterrâneas. As espécies de As presentes são controladas pelas condições de Eh – pH. A espécie As5+ dos oxiânions (H2AsO4- e HAsO42- ) são predominantes nas condições de Eh e pH das águas subterrâneas analisadas. As águas analisadas são de ambientes pobres em oxigênio, entretanto de aqüíferos próximos do contato com a atmosfera, o que auxilia no entendimento do modelo hidrogeológico existente. Assim, fica caracterizado que as águas são de origem pluvial, de circulação mais próxima à superfície topográfica. O menor tempo de residência das águas nos aqüíferos, em função do condicionante topográfico e hidrogeológico, e a maior taxa de renovação das águas subterrâneas, acarretam uma maior quantidade de As a ser levada pelos fluxos hídricos superficiais, subsuperficiais e subterrâneos. Os solos dos bairros Alto da Cruz, Padre Faria, Piedade, Antônio Dias, apresentam elevados teores totais de As que ultrapassam largamente o valor máximo admissível para qualquer tipo de uso. De maneira geral os teores de As variaram de 6 a 925 mg.kg-1. A poeira de solos contaminados pode ter efeitos tóxicos se inalada ou ingeridas por seres humanos, em particular as crianças que são mais susceptíveis a esse tipo de contaminação, em decorrência de seus hábitos. A contaminação das águas e solos pelo As é proveniente da paragênese mineral, do regime hidrológico, do ambiente geoquímico, do controle hidrogeológico e topográfico. Para o cenário estudado, a avaliação de risco da saúde humana decorrente da exposição ao As, os valores estimados para os receptores (efeitos cancerígenos e não-cancerígenos) foram considerados inaceitáveis, sendo que os maiores níveis de risco foram para as crianças expostas via ingestão e contato dérmico com solo e água subterrânea.