EM - Escola de Minas

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A Escola de Minas de Ouro Preto foi fundada pelo cientista Claude Henri Gorceix e inaugurada em 12 de outubro de 1876.

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Resultados da Pesquisa

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    Análise do comportamento geotécnico de um rejeito de minério de ouro no estado crítico.
    (2021) Souza, Hiago Apolinário de; Pereira, Eleonardo Lucas; Gomes, Romero César; Pereira, Eleonardo Lucas; Barbosa, Terezinha de Jesus Espósito; Queiroz, Paulo Ivo Braga de
    Os estudos envolvendo a liquefação de rejeitos de mineração, principalmente a partir da popularização da metodologia de Olson (2001), vêm sendo amparados, muitas vezes exclusivamente, por correlações empíricas envolvendo medidas diretas de ensaios de campo, particularmente ensaios CPTu. Não obstante, o desenvolvimento histórico da compreensão do fenômeno, parte do conceito de índice de vazios crítico postulado por Casagrande (1936), amparado em ensaios laboratoriais de cisalhamento direto. O conhecimento claro dos estados limites dos rejeitos, a partir de ensaios laboratoriais, materializado nas respectivas linhas de estados críticos, compreende um pré-requisito básico, entretanto pouco difundido em âmbito profissional, no que tange à avaliação da susceptibilidade à liquefação destes rejeitos, à luz da previsão de seu comportamento não drenado. Neste cenário, através de uma série de ensaios triaxiais drenados e não drenados, em amostras adensadas isotropicamente, foram conduzidos estudos para determinação da linha dos estados críticos de um rejeito de ouro. Assim, tomandose as condições pré-cisalhamento e crítica como referência, determinou-se os valores dos parâmetros de estado, índices de estado e índices de fragilidade não drenada, correlacionandoos com o comportamento geomecânico do rejeito, através de parâmetros que quantificam a contratilidade e a resistência não drenada dos solos. Os pontos de pico das trajetórias de tensão no diagrama de Cambridge, foram utilizados para determinação das superfícies de colapso e linhas de instabilidade, conforme propostas de Sladen et al. (1985) e Lade (1992,1994), respectivamente. Conhecendo-se a influência das variáveis que tomam o estado crítico como referência no comportamento geomecânico do rejeito, similar à proposição de Pereira (2005), utilizou-se de uma adaptação da proposta de Poulos et al. (1985). Destarte, foram calculados fatores de segurança para taludes hipotéticos, constituídos do rejeito estudado, para diferentes condições de estado e geometria. Por fim, as envoltórias e relações de proporcionalidade obtidas nesta dissertação, foram extensivamente comparadas com dados disponíveis na literatura, sendo observada boa aderência dos resultados obtidos com a bibliografia analisada.
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    Fechamento de mina para as minas setecentistas : inventário dos vestígios e avaliação dos ativos e passivos socioambientais resultantes em Ouro Preto, Minas Gerais.
    (2021) Barbosa, Viviane da Silva Borges; Lima, Hernani Mota de; Lima, Hernani Mota de; Sobreira, Frederico Garcia; Cavalcant, José Adilson Dias; Suner, Marcia Maria Arcuri; Azevedo, Úrsula Ruchkys de
    O período conhecido como Ciclo do Ouro foi marcado pelo desenvolvimento de diferentes técnicas de lavra que resultaram em minas urbanas abandonadas. A análise dos benefícios e malefícios oriundos de atividades mineiras pretéritas é escopo do Fechamento de Mina, área de pesquisa que visa estudar e delimitar novos usos para as áreas que foram transformadas pela mineração. A sede municipal de Ouro Preto concentra grande quantidade de estruturas associadas ao Ciclo do Ouro. As minas subterrâneas são os vestígios mais bem preservados; testemunhos do desmonte hidráulico são facilmente identificáveis nos vazios urbanos e pelos robustos reservatórios de lama situados nas encostas dos morros. Entretanto, os registros estavam disseminados em trabalhos acadêmicos, pois não existia um sistema que propusesse a convergência dos registros. Para resolver o problema da falta de articulação, foi desenvolvida a Plataforma Minas Antigas, um sistema de informação geográfica para organizar, armazenar e distribuir dados sobre os vestígios da mineração setecentista. Atualmente, estão cadastrados 170 minas, 42 poços, 32 ruínas, 20 reservatórios e 9 aquedutos. A Plataforma tem como principal objetivo manter os dados atualizados e garantir a reprodutibilidade de diversas linhas de pesquisas. Além da Plataforma Minas Antigas, pode‐ se destacar como principais contribuições desta tese: (i) o detalhamento da técnica do desmonte hidráulico e, especialmente, a estimativa de volume máximo associado ao reservatório de água para serviços de mineração; (ii) o estudo sobre as minas turísticas de Ouro Preto que revelou a importância econômica do setor e que proporciona uma renda per capita de R$ 2.295 por mês; (iii) a análise multicritério que determinou áreas prioritárias para mitigação de riscos em minas e poços abandonados.
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    Estudo da qualidade da água na sub-bacia do Ribeirão do Carmo (MG), com ênfase na geoquímica e na comunidade zooplanctônica.
    (Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2013) Silva, Cláudia de Lima e; Costa, Adivane Terezinha
    A poluição de um sistema hídrico, mesmo que num curto período, gera um impacto para sua biota, bem como para a população que depende deste recurso para viver, pois estes sendo pontuais ou difusos limitam o uso do curso d’água a atividades menos exigentes, podendo inclusive, inviabilizar a sua recuperação. Intervenções antrópicas no sistema aquático natural têm como resultados alterações físico-químicas na qualidade da água, bem como alterações texturais nos depósitos sedimentares recentes, causando possível liberação de gases e disponibilidade e/ou retenção de nutrientes e elementos traço, como também a redução ou perda da biodiversidade aquática (Tundisi, 2008). A área de estudo encontra-se inserida na porção sudoeste do Quadrilátero Ferrífero, em uma região que entre os séculos 17 e 18 destacou-se no cenário nacional devido à exploração aurífera (Palermo et al., 2004), principal fonte de impacto e contaminação da água e solos. Esta exploração deixou um legado ambiental para as futuras gerações – a contaminação dos rios da região com elementos traço em concentrações consideradas tóxicas à biota, afetando até os dias de hoje, a população e o ecossistema local. O município de Ouro Preto possui 69.495 habitantes, em uma área territorial de 1.245 Km2 , abrigando as nascentes do Ribeirão do Carmo, e o município de Mariana, aproximadamente 54.689 habitantes, em uma área territorial de 1.193 Km2. O objetivo deste projeto foi verificar se a geoquímica e a poluição orgânica local afetavam a comunidade zooplanctônica. Observou-se que a maioria dos elementos químicos analisados apresentou concentrações mais elevadas nas amostras de sedimento do que nas amostras de água, contudo, acredita-se que estes elementos, no sedimento, estejam adsorvidos em óxihidróxidos de Fe, Mn e Al. Os seguintes parâmetros pH, oxigênio dissolvido, Al, Fe, Mn e P violaram as concentrações estipuladas pela DN 01/2008, de maneira difusa na área de estudo. A comunidade zooplanctônica presente nas águas superficiais foi composta pelos seguintes grupos: Rotifera, Protozoa, e Crustacea, sendo o grupo Rotifera o mais representativo, com 51% das espécies identificadas, seguido do grupo Protozoa, com 45% e por último o grupo Crustacea com apenas 4%. Os seguintes organismos foram identificados em todos os pontos: Arcella discoides, A. vulgaris, Vorticella, Bdelloida e Lecane lunaris, sendo a espécie A. vulgaris a mais representativa dentro da área de estudo, tanto para as amostras de água, quanto para as amostras de sedimento, independente da sazonalidade. O grupo Rotifera apresentou maior sensibilidade com relação às alterações nas concentrações dos elementos químicos, sendo a espécie C. dossuaris a mais sensível a possíveis alterações, seguida da espécie C. uncinata. A área de estudo apresentou uma concentração moderada de carga orgânica, com nichos bem distintos, sugerindo que a mesma encontra-se em equilíbrio ecológico. Os valores referentes aos índices de diversidade indicaram que, possivelmente as espécies identificadas desenvolveram adaptações favoráveis a sua permanência em locais com concentrações elevadas de elementos tóxicos à biota, bem como em locais que apresentam algum tipo de stress para estes organismos. As espécies mais adaptadas pertencem ao grupo das tecamebas (Protozoa), sendo o microorganismo Arcella vulgaris o que mais se adaptou às condições adversas encontradas no sedimento e nas águas superficiais. Dentro da área estudada, o trecho do rio localizado no ponto Colina pode ser considerado o mais poluído, já que apresenta valores elevados de condutividade elétrica, baixa concentração de oxigênio dissolvido e valores de pH tendendo a acidez, além das violações dos parâmetros estabelecidos pela DN 01/2008. O ponto Tripuí apresentou valores de alguns parâmetros físico-químicos comparados a rios não poluídos, podendo ser considerado como ponto controle.
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    Evolução estrutural e aspectos petrológicos das ocorrências auríferas de Serrita e Parnamirim, Pernambuco.
    (Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Marinho, Marcelo de Souza; Gomes, Caroline Janette Souza
    Ocorrências filoneanas de Au, Ag e Pb distribuem-se entre os municípios de Serrita e Parnamirim, Pernambuco. Essas ocorrências estão encaixadas em metassedimentos correlacionadas ao Grupo Salgueiro e a quartzo-monzodioritos pertencentes a Suíte Serrita, da Zona Transversal, Província Borborema. Dados meso- e microestruturais, petrológicos e de isótopos de Pb foram utilizados com intuito de compreender o desenvolvimento dos filões de minério no contexto da evolução de suas rochas encaixantes. Foram identificadas quatro fases de deformação nos metassedimentos, que registram a mudança de uma tectônica de baixo ângulo em regime dúctil, na qual está associado o pico metamórfico, para uma tectônica direcional, que marca a transição para o regime frágil-dúctil. Essa deformação foi correlacionada ao Ciclo Brasiliano (640 – 510 Ma). Os quartzo-monzodioritos exibem deformação incipiente e foram interpretados como anteriores a última fase de deformação. Os veios de minério são nitidamente posteriores à terceira fase de deformação e consequentemente ao pico metamórfico na região. A colocação dessas estruturas ocorreu em regime frágil-dúctil e foi controlada por sistemas de fraturas E-W/ESE-WNW e N-S/NNWSSE no metassedimento e NW-SE nos quartzo-monzodioritos. As características morfológicas, estruturais e microestruturais indicam uma evolução distinta dos veios em função de sua rocha encaixante. No metassedimento, os veios registram a evolução da deformação em condições crustais progressivamente mais rasas e, nos quartzo-monzodioritos, possuem deformação incipiente, similar às suas encaixantes. Correlaciona-se o desenvolvimento dos veios aos estágios finais da última fase de deformação, em ambiente direcional. A alteração hidrotermal também é distinta entre os veios. No metassedimento o halo de alteração é imperceptível e, em escala de lâmina, indicado pela carbonatação e subordinadamente por grãos de ouro micrométricos disseminados. Nos quartzo-monzodioritos os halos de alteração são definidos, nas porções proximais, pela sericitização, silicificação e subordinadamente carbonatação e sulfetação. Nas porções distais essas alterações são incipientes e obliteram um estágio anterior de potassificação e fluoritização, provavelmente induzido por fluidos residuais da cristalização magmática. Os veios apresentam três estágios na evolução de seus constituintes. O primeiro estágio está relacionado à cristalização de assembléias de sulfetos, em condições redutoras. O segundo ocorreu em condições mais oxidantes e obliterou parcialmente os minerais pretéritos. O último estágio corresponde à alteração supergênica, na qual formaram-se hidróxidos e argilo-minerais. A composição isotópica de Pb para galenas de veios encaixados no metassedimento e no quartzo-monzodioritos indicam fontes híbridas para os metais.
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    Atividades extrativas minerais e seus corolários na bacia do alto Ribeirão do Carmo : da descoberta do ouro aos dias atuais.
    (Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2006) Tavares, Ruzimar Batista; Sobreira, Frederico Garcia
    A descoberta de ouro nas cabeceiras do Ribeirão do Carmo no final do Século XVII trouxe um notável fluxo migratório para a região, originando diversos povoados, dentre os quais aqueles que originaram as atuais cidades de Ouro Preto e Mariana. Em mais de trezentos anos de ocupação, a região passou por uma alternância de períodos com predomínio marcantes de algumas atividades e outros de estagnação. Em toda sua história, a região foi palco de atividades extrativas minerais. Após o ciclo do ouro (Séc. XVIII), as atividades de mineração praticamente cessaram até meados do Séc. XX, quando as jazidas de pirita, alumínio, manganês e ferro chamaram de novo a atenção para a região. Atualmente também é notável a produção de gemas e rochas ornamentais. O objetivo principal da pesquisa foi identificar as áreas que foram ou estão sendo local de extrações minerais das mais diversas naturezas, analisando o impacto, o histórico, a evolução dos processos morfodinâmicos no tempo e as intervenções posteriores. Estas são as bases para a proposição de diretrizes mitigadoras dos problemas existentes. Os trabalhos foram desenvolvidos através da interpretação de fotografias aéreas, com a identificação das áreas, formas e feições típicas, desenvolvimento de análise temporal dos processos e levantamentos de campo. Foram avaliados os processos ocorrentes nesses locais, suas causas e possíveis conseqüências, além da atualização das informações obtidas na interpretação de imagens. As áreas foram agrupadas por atividades congêneres e contemporaneidade, visando sistematizar as classes de impactos. O agrupamento das áreas gerou classes com peculiaridades e caracteres transversais, visando soluções comuns aos grupos distintos. Tipificar as áreas permitiu analisar os processos e listar os efeitos das explotações de bens minerais correlacionando aos impactos e passivos ambientais nos meios físico, bióticos e antrópicos. O diagnóstico possibilitar sugerir ações para a minimização e mitigação de impactos em atividades atuais e estudo qualitativo dos passivos. Medidas mitigadoras conceituais são propostas como soluções, que atendem a maioria dos casos. Entretanto, não são dispensáveis análises “in locu” para a intervenção nesses locais, visando confirmar as soluções ou especificar a necessidade de outras medidas, com base em avaliação técnica.