EM - Escola de Minas

URI permanente desta comunidadehttp://www.hml.repositorio.ufop.br/handle/123456789/6

Notícias

A Escola de Minas de Ouro Preto foi fundada pelo cientista Claude Henri Gorceix e inaugurada em 12 de outubro de 1876.

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 5 de 5
  • Item
    Impacto ambiental nos sedimentos do tributário do Rio Doce após o rompimento da barragem de Fundão.
    (2020) Reis, Deyse Almeida dos; Roeser, Hubert Mathias Peter; Santiago, Aníbal da Fonseca
    Em 2015, a bacia do Rio Gualaxo do Norte sofreu com um grave desastre ambiental que afetou a qualidade do ambiente fluvial devido ao rompimento das estruturas da barragem de Fundão localizada no subdistrito Bento Rodrigues, Mariana, Minas Gerais/Brasil. Devido aos impactos do desastre e tendo em vista a importância econômica e social da bacia hidrográfica do Rio Gualaxo do Norte, esta pesquisa teve como objetivo avaliar a situação atual da bacia hidrográfica por meio de estudos de sedimentos com o objetivo de avaliar os impactos ambientais causados pelos rejeitos de minério de ferro, oriundos do rompimento e por outras fontes de poluição nos sedimentos de fundo. Para tanto, foram coletadas amostras de água e sedimentos em 27 estações ao longo de toda a bacia do Rio Gualaxo do Norte em agosto de 2016 e janeiro de 2017, no trecho a montante (não afetado pelo rompimento da barragem) e a jusante ao desastre ambiental (afetado pelos rejeitos da barragem). Os resultados dos sedimentos indicam que, nas estações de amostragem não afetadas pelo desastre, as concentrações dos metais e semimetais refletem a geologia do Quadrilátero Ferrífero. No entanto, na área afetada pelo desastre ambiental, houve mudanças nas propriedades químicas e físicas do sedimento de fundo, principalmente nas concentrações de ferro. Isso refletiu na contaminação e no enriquecimento por ferro nas estações a jusante ao desastre ambiental.
  • Item
    Adsorção de metais pesados em serragem de madeira tratada com ácido cítrico.
    (2006) Rodrigues, Rafael Falco; Trevenzoli, Rafael Lopes; Santos, Luciano Rodrigo Gomes; Leão, Versiane Albis; Botaro, Vagner Roberto
    Neste estudo, avaliou-se a capacidade da madeira Paraju (Manilkara longifolia), modificada quimicamente, para a retenção de íons metálicos. A modificação refere-se a um tratamento com ácido cítrico que leva à reação de grupos carboxilato com a celulose da biomassa. A introdução desses grupos foi observada através de espectrometria de infravermelho. Foram realizados ensaios em sistemas de batelada contendo cádmio e cobre. Os ensaios foram conduzidos em condições de equilíbrio, ajustados segundo o modelo de Langmuir. Obteve-se um carregamento máximo nos sistemas contendo apenas um metal, de 0,56 mmol-Cd/g e 0,94 mmol-Cu/g. O carregamento de cádmio reduziu-se de 0,56 mmol-Cd/g para 0,21 mmol-Cd/g, à medida que a concentração de cobre cresceu no sistema mostrando que existe uma competição entre os metais pelos grupos de troca.
  • Item
    Caracterização hidrogeológica e avaliação estatística em área de usina siderúrgica.
    (2014) Ribeiro, Leonardo Guimarães; Bacellar, Luis de Almeida Prado; Bacellar, Luis de Almeida Prado; Pereira, Sueli Yoshinaga; Leite, Adilson do Lago
    O controle da qualidade do solo e água subterrânea foi historicamente preterido a outros temas de maior visibilidade na política ambiental mundial. As indústrias, principalmente focadas nos mecanismos de comando e controle dos anos 80 até final da década de 90, buscaram se adequar a essas novas regulamentações, deixando a gestão do solo e águas subterrâneas de lado. Fato é que tanto o solo quanto as águas subterrâneas foram genericamente negligenciados nacionalmente, logicamente, por adequações que se faziam mais urgentes. Não obstante, observa-se tendência evolutiva no quadro legislativo ambiental nacional sobre o assunto, no qual se destacam a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente no 420/2009 e o Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas (MGAC) da CETESB. Em 2010, a usina siderúrgica ArcelorMittal Itaúna, seguindo a metodologia do MGAC, finalizou os estudos de Avaliação Preliminar e Investigação Confirmatória, que indicaram em sua área, concentrações de metais acima dos valores de referência de qualidade para solo e água subterrânea estabelecidos para o estado de Minas Gerais na Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH nº 02/2010. Sugeriu-se que tais concentrações sejam decorrentes da disposição inadequada de escória e de pó de forno elétrico a arco (FEA). Contudo, a simples extrapolação dos limites estabelecidos na legislação não pressupõe que as concentrações elevadas tenham sido originadas de processos antrópicos. Além disso, os dados coletados e utilizados nos referidos estudos não permitem conclusões nesse sentido. Assim, o presente estudo busca aperfeiçoar o modelo conceitual da área por meio da caracterização dos aspectos hidrogeológicos e hidrogeoquímicos do aquífero existente e, consequentemente, permitir a identificação de concentrações de metais decorrentes de atividades antrópicas e de valores naturalmente anômalos. A caracterização hidrogeológica do meio físico foi realizada por meio da elaboração de mapa geológico geotécnico simplificado, execução de sondagens, instalação de poços de monitoramento, ensaios de eletrorresistividade e medições de nível d’água. A caracterização hidrogeoquímica ocorreu por meio de campanhas de amostragem e análise laboratoriais nos principais compartimentos identificados no local, sendo eles: água superficial em três nascentes e duas lagoas, água subterrânea nos poços instalados, solo nas sondagens, rocha nos afloramentos, escória e pó do FEA. Os resultados obtidos sugerem que os resíduos dispostos modificaram as características físico-químicas das águas subterrâneas bem como as concentrações de metais deste compartimento e também do solo em concentrações não significativas. A análise estatística (gráficos de densidade, espacialização de dados, análise hierárquica cluster e análise de agrupamento Mclust) utilizada permitiu correlacionar as concentrações anômalas observadas aos resíduos que deram origem à contaminação.
  • Item
    A qualidade das águas na região dos garimpos de topázio imperial na sub-bacia do rio da Ponte, Ouro Preto-MG.
    (2007) Silva, Aline Kelly Guimarães; Machado, Daniela Alcântara; Nalini Júnior, Hermínio Arias; Lena, Jorge Carvalho de
    Na região de Ouro Preto observa-se significativa presença de garimpos de topázio. Essa atividade caracteriza-se pela utilização de técnicas rudimentares e sem controle de descarte dos rejeitos. Entre os danos causados ao meio físico e biótico estão o desmatamento; geração de pilhas de rejeito, aumento expressivo da concentração de finos transportados e assoreamento dos cursos d’água. Nesse trabalho foi realizado um estudo hidrogeoquímico para avaliar a qualidade das águas do rio Ponte e seus principais tributários, localizados no distrito de Rodrigo Silva, importante produtor de topázio imperial na região de Ouro Preto. Amostras de água foram analisadas para pH, Eh, oxigênio dissolvido, condutividade elétrica, turbidez, alcalinidade, cloretos, sulfatos, metais (Al, As, Ba, Ca, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, K, Li, Mg, Mn, Mo, Na, Ni, Sc, Sr, Ti, V, Y e Zn) e material particulado em suspensão. Os resultados mostram que o principal problema da área são os altos valores de turbidez, que estão associados à presença de sólidos em suspensão introduzidos pelo garimpo (chegando a 2,9 g.L-1). Esse material representa uma fase importante capaz de carrear metais no compartimento aquático.
  • Item
    Influência da atividade de garimpo de topázio na qualidade das águas e sedimentos da Sub-bacia do Rio da Ponte, Ouro Preto - MG.
    (Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2007) Silva, Aline Kelly Guimarães; Lena, Jorge Carvalho de
    O Quadrilátero Ferrífero é uma área com grandes reservas minerais caracterizando-se por intensa atividade mineradora, podendo-se destacar as várias ocorrências de topázio em sua porção sudeste, no município de Ouro Preto. A sub-bacia do rio da Ponte representa um dos focos com presença significativa de atividade garimpeira, com lavras de pequena a grande escala. As lavras em pequena escala caracterizam-se por garimpos ao longo do rio, onde encontram-se centenas de garimpeiros trabalhando com técnicas rudimentares e sem controle de descarte dos rejeitos, dada a incapacidade de investimento do garimpeiro. Nas lavras em grande escala, a extração é semimecanizada, como na mina de Capão do Lana, no distrito de Rodrigo Silva. Os garimpos de topázio envolvem processos de extração puramente físicos, com desmonte de material geológico, dragagem, peneiramento e revolvimento de material. Algumas das principais influências dessas atividades são: o assoreamento, a amplificação da erosão, alteração da qualidade das águas e problemas sociais, envolvendo riscos de segurança e saúde. O processo de extração não envolve a utilização de produtos químicos, no entanto, gera-se grande quantidade de rejeito, e boa parte deste material pode ser introduzido nos cursos d’água. Este material é transportado em suspensão ou depositado nas margens dos rios. Assim estão sujeitos a uma série de processos físicos, químicos e biológicos que podem auxiliar na liberação e/ou acúmulo de contaminantes metálicos ao longo do sistema fluvial. O rio da Ponte tem suas nascentes no distrito de Rodrigo Silva, sendo formado após as confluências dos córregos Mato da Roça, Papa-Cobra e Lavrinha, três de seus principais tributários. Representa uma das principais contribuições para a Represa de Tabuão, construída em 1956 para o fornecimento de energia elétrica para uma fábrica de alumínio em Ouro Preto. A área de estudo caracteriza-se por uma região de cabeceiras, baixo nível de ocupação humana, mas com presença significativa de garimpos em toda a área, destacando-se também antigos depósitos auríferos e ferromanganesíferos. Para avaliar a influência dessas atividades na geoquímica do ambiente aquático foram realizados estudos das concentrações de metais traço e maiores (principalmente Al, Fe, Mn, Ba, Cr, Co, Cu, Li, Ni, Sr, Zn, Na, K, Ca e Mg) em amostras de água, material particulado em suspensão (MPS), águas intersticiais e sedimentos superficiais da sub-bacia do rio da Ponte. A amostragem foi realizada em duas campanhas de acordo com o regime climático da região (setembro/2005 e abril/2006). Foram estabelecidos 18 sítios de amostragem ao longo do curso principal e em alguns de seus tributários, selecionados segundo a acessibilidade e localização dos garimpos ao longo do rio. As amostras de água foram coletadas, devidamente preservadas e preparadas para análise de parâmetros hidrogeoquímicos (pH, Eh, condutividade elétrica, STD, OD, temperatura, alcalinidade, cloreto e sulfato). A determinação da concentração de metais foi feita em amostras filtradas (membranas 0,45 μm) e também em amostras de água in natura, submetidas à extração com ácido clorídrico (HCl 1:10, v/v). As amostras de sedimentos superficiais foram coletadas e após o procedimento de secagem ao ar, foram submetidas à análise granulométrica, caracterização mineralógica e avaliação da composição química. Para a caracterização química dos sedimentos as amostras foram solubilizadas com uma mistura de HCl-HNO3-HF. Para a avaliação da disponibilidade ambiental foi realizada uma extração com HCl 1 mol•L-1. Todas as análises de metais nas amostras de águas e sedimentos foram realizadas em um ICP-OES com visão radial (Spectro, Ciros CCD). Os resultados mostram que os garimpos podem influenciar a geoquímica das águas e também dos sedimentos, que são diretamente afetados por sua rede de drenagem e podem carrear contaminantes provenientes tanto de fontes naturais quanto antropogênicas. O material particulado gerado durante as atividades garimpeiras são constituídos basicamente por óxidos de ferro e apresenta um potencial de disponibilidade de metais, identificado a partir da avaliação da concentração de metais dissolvidos e da concentração de metais extraíveis do material particulado em suspensão. A caracterização geoquímica dos sedimentos identifica Al, K, Fe e Mn como constituintes maiores dominantes, e entre os traços destacam-se Ba, Cr, Co, Ni e Zn. Variações na composição dos sedimentos entre as estações, variações na distribuição granulométrica e elevadas concentrações de potássio apresentam-se como indicativos dos processos de transporte e deposição na área de estudo e da influência da atividade garimpeira. Os sedimentos ainda apresentam um potencial de disponibilidade de Mn, Cu, Co, Zn, Ba e Ni, caso as condições ambientais sejam alteradas.