EM - Escola de Minas
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A Escola de Minas de Ouro Preto foi fundada pelo cientista Claude Henri Gorceix e inaugurada em 12 de outubro de 1876.
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Item Arcabouço estrutural e evolução tectônica do Alto de Januária, bacia do São Francisco (MG) : registro de uma longa história de deformação intracratônica.(2021) Piatti, Bruno Guimarães; Reis, Humberto Luis Siqueira; Alkmim, Fernando Flecha de; Reis, Humberto Luis Siqueira; Amaral, Matheus Henrique Kuchenbecker do; Martins, Maximiliano de SouzaAltos de embasamento intracratônicos e seu conjunto de coberturas sedimentares podem guardar o registro da evolução tectônica das regiões de interior do craton. O alto de Januária, que engloba as rochas do embasamento arqueano-paleoproterozoico e da cobertura sedimentar proterozoica na porção norte da Bacia do São Francisco, registra os eventos tectônicos relacionados à formação do cráton e aos sucessivos ciclos bacinais superpostos que ocorreram entre o Paleoproterozoico e o Mesozoico. O embasamento cristalino consiste em granitoides e gnaisses mais antigos do que 1,8Ga. A cobertura sedimentar engloba sucessões Meso/Neoproterozoicas do Supergrupo Espinhaço e correlativos, sucessões Neoproterozoicas Formação Jequitaí, os depósitos carbonáticos-siliciclásticos do Grupo Bambuí e delgadas coberturas mesozoicas Tendo como objetivo principal acessar esse arquivo geológico, decifrar a história tectônica do alto de Januária nesse intervalo de tempo e investigar a influência de estruturas herdadas do embasamento na sua evolução, foi conduzida uma análise estrutural a partir da integração de dados de superfície com dados de subsuperfície oriundos de 200 linhas sísmicas de reflexão ao longo de uma área situada na porção centro-sudeste do alto. Enfocando as feições Precambrianas e Eopaleozoicas, nosso estudo revelou que o arcabouço tectônico do alto de Januária consiste de 4 grupos de elementos de trama: (i) estruturas dúcteis do embasamento; (ii) falhas extensionais de orientação NW e NE; (iii) estruturas contracionais associadas ao cinturão de antepaís Araçuaí e (iv) estruturas rúpteis de origem incerta. As rochas do embasamento exibem foliação regional de direção NNE truncada por zonas de cisalhamento NNW sinistrais. O sistema de falhas normais se desenvolveu ao longo de dois episódios extensionais. O primeiro marca um rifteamento Meso/Eoneoproterozoico associado ao desenvolvimento do aulacógeno Pirapora sob a influência de um campo extensional com σ3 na direção NE e σ1 vertical. O segundo registra um episódio extensional com com σ3 na direção WNW e σ1 vertical associado ao soerguimento flexural do Alto de Januária induzida pela sobrecarga dos orógenos brasilianos nas margens do Alto de Januária. O conjunto de falhas NW dominam o arcabouço estrutural na margem sul do alto de Januária, enquanto as falhas NNE se tornam mais expressivas junto ao ápice e flancos do alto de embasamento. O avanço do cinturão de falhas e dobras de antepaís Araçuaí sobre o alto de embasamento desenvolveu um conjunto de estruturas contracionais de grande e pequena escala com direção NNE, bem como induziu a inversão parcial de falhas extensionais de direção NE, que afetam as coberturas ediacaranas-cambrianas. Esse episódio denotam um regime compressivo com direção ESE-WNW. Nos estágios tardios, a permuta entre os eixos principais de esforços mínimo e intermediário gerou um regime transcorrente que induziu a formação de veios e fraturas WNW e a reativação de falhas extensionais pre-existentes enquanto sistemas de falhas transpressivas. Quando sua posição coincide com estruturas extensionais herdadas do embasamento, esses corredores transcorrentes NW avançam para além do cinturão de antepais e cortam o domínio intracratônico, onde as dobras assumem orientações não sistemáticas em relação à propagação xviii do fronte de deformação e constituem um registro da propagação far-field dos esforços marginais. Nesse domínio interno do Alto de Januária, outras estruturas de pequena escala e origem incerta os estratos basais da sequência Bambuí. Nossa análise demonstra como o Alto de Januária arquivou boa parte da história proterozoica-eopaleozoica do craton que o contem o dos sistemas orogênicos marginais no interior continental da América do Sul. Além de demonstrar como o altos do embasamento intracratônicos arquivam a memória da deformação intracontinental, nossa análise também elucida aspectos propagação far-field de esforços e do papel que a herança tectônica tem na evolução desses domínios cratônicos.