EM - Escola de Minas
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A Escola de Minas de Ouro Preto foi fundada pelo cientista Claude Henri Gorceix e inaugurada em 12 de outubro de 1876.
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Item Caracterização geocronológica U-Th-Pb de zircões detríticos na porção nordeste do sinclinal Gandarela – implicações para evolução sedimentar e geotectônica do Quadrilátero Ferrífero.(2017) Dutra, Luiz Fernandes; Martins, Maximiliano de Souza; Lana, Cristiano de Carvalho; Martins, Maximiliano de Souza; Dussin, Ivo Antonio; Fonseca, Marco AntônioLocalizado na região sudeste do Brasil, o Quadrilátero Ferrífero constitui uma das principais províncias minerais do país, principalmente pela expressão dos depósitos de Au, Fe e Mn nele contidos. Caracteriza-se, também, por uma conformação tectônica peculiar, materializada por estruturas sub-regionais de alta complexidade, fruto da interação diferencial dos vários ciclos geotectônicos que o consolidaram como um segmento crustal da porção sul do cráton São Francisco, com registros que vão do Paleo/Mesoarqueano até o final do Neoproterozoico. Ocupando a porção nordeste do Quadrilátero, o sinclinal Gandarela é uma dobra em forma de gota, orientada na direção ENE-WSW e com adelgaçamento para ENE. É flanqueada por uma sequência de natureza vulcanossedimentar arqueana (Supergrupo Rio das Velhas), encerrando em seu núcleo os protolitos sedimentares paleoproterozoicos do Supergrupo Minas. Apesar do aumento significativo dos estudos de proveniência sedimentar que se vem sendo realizados no Quadrilátero Ferrífero nos últimos anos, ainda pouco se conhece sobre as idades de sedimentação e fontes sedimentares das unidades que edificam o sinclinal Gandarela. Este trabalho compreende estudos litoestratigráficos, do arcabouço estrutural e geocronológicos da sucessão estratigráfica que compõe a região próxima à cidade de Barão de Cocais, leste do sinclinal Gandarela. Da base para o topo, a área-alvo é constituída pelo Complexo Caeté, pelo Grupo Nova Lima (Supergrupo Rio das Velhas), pelo Supergrupo Minas (grupos Caraça, Itabira, Piracicaba e Sabará) e Grupo Tamanduá; suíte(s) magmática(s) de idades incertas e coberturas sedimentares recentes. As quatro seções litoestruturais realizadas indicam que o sinclinal Gandarela é uma dobra de segunda fase, com flancos mergulhando para SE e vergentes para NW, associado a um sistema de falhas paralelas aos flancos, responsáveis pelo intenso estiramento ou mesmo omissão das unidades que compõem os grupos Caraça (principalmente) e Itabira. Preservados desta deformação no interior do sinclinal, as unidades de topo do Supergrupo Minas, a Formação Cercadinho (Grupo Piracicaba) e o Grupo Sabará, indicam a sobreposição de dois sistemas turbidíticos distintos e separados por uma discordância angular de baixo ângulo. O primeiro é de natureza arenoargiloso, ao passo que o segundo é predominantemente argiloso. Os resultados U-Th-Pb em zircões detríticos desse trabalho apontam que (i) o alto índice de dados discordantes obtidos nas amostras dos grupos Nova Lima e Caraça evidenciam a forte influência metamórfica/hidrotermal associada ao desenvolvimento do sistema de falhas paralelas aos flancos do sinclinal Gandarela; (ii) a geocronologia da Formação Cercadinho não lança luz sobre sua idade de sedimentação, apresentando idades relacionadas principalmente aos eventos Santa Bárbara e Rio das Velhas I e II. Os zircões mais jovens foram datados em ca. 2561 Ma, idade atribuía a deposição da Formação Moeda (base do Supergrupo Minas); (iii) a sedimentação do Grupo Sabará se estendeu, ao menos, até ca. 1990 Ma, em regime colisional; (iv) o Grupo Tamanduá se firma como o registro do sistema Espinhaço no nordeste do Quadrilátero, com idade máxima de deposição de 1770 Ma em regime extensional.Item Grupo Sabará no sinclinal Dom Bosco, Quadrilátero Ferrifero : uma revisão estratigráfica.(2005) Almeida, Luciene Gonçalves; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Endo, Issamu; Fonseca, Marco AntônioÉ proposta neste trabalho a revisão litoestratigráfica do Grupo Sabará na região de Ouro Preto, que passa a ser constituído por duas formações: a inferior, Formação Saramenha, anteriormente definida por Barbosa (1968), e a superior, Formação Estrada Real, proposta neste trabalho. Nas demais regiões do Quadrilátero Ferrífero, onde estas duas unidades não são discriminadas, o grupo é considerado indiviso. A Formação Saramenha (Barbosa 1968) é composta por metadiamictitos, metarritmitos, metapelitos, xistos (predominando clorita-xistos), filitos variados e lentes de dolomito e equivale à denominada Formação Sabará (Gair 1958), na região de Ouro Preto. Já a Formação Estrada Real é representada por metarenitos, metaconglomerados, metadiamictitos e lentes de formações ferríferas, que afloram na região de Chapada-Lavras Novas, a sul da cidade de Ouro Preto. Estas unidades foram anteriormente correlacionadas ao Grupo Itacolomi (Barbosa 1969a, b), que é composto pelos quartzitos da serra Itacolomi (Dorr II 1969) e repousa em discordância erosiva e angular sobre xistos e filitos do Grupo Sabará. Outras ocorrências descontínuas de unidades quartzíticas, posicionadas estratigraficamente acima do Grupo Sabará, e tratadas na literatura como pertencentes ao Grupo Itacolomi, englobam as ocorrências da região de Chapada-Lavras Novas (e.g. Lacourt 1947, Barbosa 1969, Dorr II 1969, Brajnikov 1949, Glöeckner 1981), da serra do Pires próximo à Congonhas (e.g. Guild 1957, Barbosa 1949), do Pico do Frazão (e.g. Maxwell 1972) e da serra de Ouro Branco (e.g. Alkmim 1987). Entretanto, o acervo estrutural dos quartzitos encontrados nestas unidades é idêntico ao do Grupo Sabará (e.g. Guild 1957, Barbosa 1949, Almeida et al. 2002), sugerindo a correlação das mesmas com a Formação Estrada Real. Esta correlação baseia-se fundamentalmente nas relações de contato e na similaridade do acervo estrutural encontrado nesses metassedimentos com o acervo observado no Grupo Sabará e nas demais unidades do Supergrupo Minas, no sinclinal Dom Bosco.