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A Escola de Minas de Ouro Preto foi fundada pelo cientista Claude Henri Gorceix e inaugurada em 12 de outubro de 1876.

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    Caracterização geológica da Formação Capelinha como uma Unidade Basal do Grupo Macaúbas em sua Área Tipo, Minas Gerais.
    (2014) Castro, Marco Paulo de; Queiroga, Gláucia Nascimento; Queiroga, Gláucia Nascimento; Novo, Tiago Amâncio; Alkmim, Fernando Flecha de
    A Formação Capelinha é composta na região homônima por uma unidade basal predominantemente metapsamítica, formada por mica xistos, xistos quartzosos e quartzitos, puros ou micáceos, com magmatismo básico associado, e por uma unidade majoritariamente metapelítica, superior, composta por xistos peraluminosos granatíferos, às vezes com estaurolita e/ou cianita. No sentido de determinar o papel das rochas metabásicas e metassedimentares da Formação Capelinha na evolução do Orógeno Araçuaí, foram realizados estudos estratigráficos, estruturais, geoquímicos e geocronológicos (U-Pb em zircões ígneos através de LA-ICP-MS e Sm-Nd em rocha total). Os dados obtidos demonstram que a Formação Capelinha apresenta uma extensão territorial muito mais abrangente do que postulada na sua definição original. No atual estágio de conhecimento, verifica-se que a estruturação geral da Faixa de Dobramentos Capelinha (FDC) se assemelha a um cinturão de dobramentos assimétricos e invertidos, com a unidade inferior da Formação Capelinha se inserindo nos núcleos de anticlinais quilométricos. O acervo estrutural indica vergência para sul, contra o Bloco de Guanhães, onde a superfície de descolamento se revela na forma de uma falha de cinemática normal destral que separa as rochas arqueanas do Complexo Guanhães das rochas metassedimentares metamáficas Neoproterozóicas do Grupo Macaúbas. Três determinações geocronológicas pelo método U-Pb LA-ICP-MS nos quartzitos da unidade inferior indicam idade máxima de sedimentação em torno de 970 Ma. As análises litoquímicas realizadas a partir de amostras de rocha metabásica confirmam uma composição basáltica e afinidade toleítica da rocha gerada em ambiente continental intra-placa. Dados Sm-Nd indicam idade-modelo (TDM) no intervalo entre 1700 e 1500 Ma e εNd (956 Ma) variável entre -0,04 e -3,66. Os estudos geocronológicos U-Pb, feitos em cristais de zircão de duas amostras de anfibolito, revelam idade de cristalização magmática em ca. 956 Ma e idade de recristalização metamórfica em torno de 569 Ma. Todas as estruturas e a zoneografia metamórfica Barroviana clássica refletem o estágio colisional do orógeno Araçuaí. Uma determinação geocronológica pelo método U-Pb LA-ICP-MS realizada em xisto da unidade superior indica uma idade máxima de sedimentação em torno de 1123 Ma. Considerando as relações de contato, as características gerais dos anfibolitos da região de Capelinha e os dados geocronológicos obtidos para as unidades metassedimentares, a idade de cristalização magmática obtida (957±14 Ma) sugere um magmatismo sinsedimentar, contemporâneo ao estágio de rifteamento que levou a abertura da bacia Macaúbas no período Toniano, com a Formação Capelinha posicionando-se estratigraficamente na base do Grupo Macaúbas, como possível equivalente lateral das unidades pré-glaciais.
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    Geocronologia U-Pb (SHRIMP) e Sm-Nd de xistos verdes basálticos do Orógeno Araçuaí : implicações para a idade do Grupo Macaúbas.
    (2005) Babinski, Marly; Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Gradim, Rafael Jaude; Alkmim, Fernando Flecha de; Noce, Carlos Maurício; Liu, Dunyi
    No vale do Rio Preto, setor ocidental do Orógeno Araçuaí (ca. 60 km a NE de Diamantina), ocorrem xistos verdes de filiação basáltica, cuja idade e posição estratigráfica foram motivo de controvérsia, pois os autores dividiram-se naqueles que os atribuíram ao Grupo Macaúbas (Neoproterozóico) e naqueles que os correlacionaram ao Supergrupo Espinhaço inferior (ca. 1,7 Ga). Entretanto, estudos detalhados demonstram que os xistos verdes representam derrames basálticos submarinos, sedimentação vulcanoclástica e vulcanismo relacionado a fontes de alta produtividade, relacionados à deposição da Formação Chapada Acauã do Grupo Macaúbas (Gradim et al., 2005). Os dados geoquímicos indicam que os protólitos dos xistos verdes evoluíram em ambiente continental intraplaca. Análises isotópicas U-Pb (SHRIMP) foram realizadas em doze cristais de zircão extraídos de uma amostra de xisto verde, cujo pó de rocha-total foi utilizado para análise Sm-Nd. A idade-modelo Sm-Nd (ca. 1,52 Ga) sugere que os protólitos dos xistos verdes são mais novos que o magmatismo do rifte Espinhaço. A maioria dos cristais de zircão analisados mostra-se como grãos detríticos. As idades mais antigas indicam grãos herdados do embasamento arqueano-paleoproterozóico e de rochas magmáticas do rifte Espinhaço. Os cristais mais jovens limitam a idade máxima dos protólitos dos xistos verdes em ca. 1,16 Ga.
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    A Formação Salinas, Orógeno Araçuaí (MG) : história deformacional e significado tectônico.
    (2009) Santos, Reginato Fernandes dos; Alkmim, Fernando Flecha de; Soares, Antônio Carlos Pedrosa
    A Formação Salinas, constituída de meta-arenitos, metapelitos e metaconglomerados, tem como principal área de ocorrência as vizinhanças da cidade homônima (norte de MG), onde jaz em discordância sobre rochas do Grupo Macaúbas, a oeste, e é intrudida por corpos graníticos neoproterózicos e cambrianos, a leste. Quatro gerações de estruturas deformacionais foram caracterizadas nessa região e três delas afetam as rochas da Formação Salinas. Os elementos da fase mais antiga, DD, correspondem a dobras, falhas e estruturas de convolução e são de natureza adiastrófica, sin-deposicional. Relacionadas ao desenvolvimento do Orógeno Araçuaí, têm-se as fases D1, D2 e DG. A fase D1, representada por dobras e zonas de cisalhamento associadas a uma série de estruturas de pequena escala, teve lugar durante o Evento Brasiliano (585 a 560 Ma) e foi acompanhada de metamorfismo regional nas condições da fácies xisto verde a anfibolito. A fase D2, associada ao colapso distensional do orógeno (520 a 500 Ma), é marcada por um trem de dobras vergentes para ESE associadas a uma clivagem de crenulação e por zonas de cisalhamento normais. Estas estruturas afetam somente unidades do Grupo Macaúbas. A fase DG, associada ao processo de intrusão das rochas graníticas da região, foi responsável pelo arqueamento das camadas da Formação Salinas, acompanhado por um evento de metamorfismo de contato. A constituição, idade, história deformacional e o cenário tectônico da Formação Salinas no Orógeno Araçuaí indicam que sua deposição deu-se em uma bacia sin-orogênica (flysch), desenvolvida entre uma margem passiva e uma frente orogênica em desenvolvimento.