EM - Escola de Minas

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A Escola de Minas de Ouro Preto foi fundada pelo cientista Claude Henri Gorceix e inaugurada em 12 de outubro de 1876.

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Resultados da Pesquisa

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    Efeito da dolomita na flotação catiônica reversa de minério de ferro com o coletor amida-amina.
    (2022) Correa, Amélia de Souza; Lima, Rosa Malena Fernandes; Lima, Rosa Malena Fernandes; Ferreira, Eliomar Evaristo; Lima, Neymayer Pereira
    Os contatos entre os itabiritos silicatados e os dolomíticos, tem sido a realidade da atividade de extração mineral no Quadrilátero Ferrífero, apresentando aumento gradativo do teor de carbonatos na ganga destes minérios. Por essa razão, faz-se necessário o aprimoramento da rota de flotação catiônica reversa para a concentração destes minérios de transição, uma vez que os carbonatos (calcita e dolomita) por serem minerais levemente solúveis liberam íons em meio aquosa, levando à perda de seletividade na separação entre os minerais de ferro e o quartzo. Como forma de melhorar a seletividade entre os minerais, a pesquisa de novos regentes é essencial. Este trabalho teve como foco avaliar o uso da amida-amina (Flotinor 10118) como coletor de ganga silicatada na flotação catiônica reversa de minério de ferro contendo dolomita. Foram realizados ensaios de microflotação e potencial eletrocinético para avaliar as propriedades de superfície do quartzo e hematita na presença de íons Ca e Mg e da dolomita. Nos ensaios de microflotação, observou-se elevada flotabilidade (>90%) do quartzo com amida-amina na presença íons Ca e Mg, porém estafoi reduzida para cerca de 30% na presença de amido. A hematita teve a flotabilidade extremamente baixa (<30%) na presença dos íons, mesmo na ausência de amido (<5%), comumente utilizado para a depressão deste mineral. A flotabilidade da dolomita também mostrou valores abaixo de 30% somente com amida-amina e <8% com o uso de amido. O potencial eletrocinético dos minerais quartzo e hematita se tornou menos negativo na presença de íons, devido à adsorção dos íons. Na presença de amida-amina o potencial do quartzo e hematita tornou positivo em pH 8, pois as cadeias hidrocarbônicas das espécies iônicas formaram ligações de van der Walls, com os íons previamente adsorvidos eletrostaticamente, além da precipitação de espécies moleculares e iônicas na interface sólido-líquido. Os ensaios de flotação em bancada com amostra artificial de minério de ferro, contendo dolomita (2,5 e 10%) e minério de Brucutu (97,5 e 90%) revelaram baixa qualidade do concentrado em pH 8 e 10,5 (~42% de Fe, teor similar ao da alimentação) e altas recuperações (>95%), onde foi observado a não ocorrência da flotação, com o uso apenas de amida-amina. Porém, melhores resultados foram obtidos em pH 8, com a adição de amido (~58% Fe e 13% SiO2 no concentrado). No entanto, ensaios complementares de flotação em bancada mostram a necessidade do uso de amido (pelo menos 200 g/t), dosagem menor que as praticadas na indústria para concentrar esse tipo de minério.
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    Microflotação de hematita e dolomita com carboxilatos de origem vegetal.
    (2022) Gomes, Bruna de Oliveira; Luz, José Aurélio Medeiros da; Milhomem, Felipe de Orquiza; Luz, José Aurélio Medeiros da; Milhomem, Felipe de Orquiza; Silveira, Marcus Alexandre Carvalho Winitskowski da
    Os óleos vegetais apresentam propriedades naturais como baixa toxicidade tanto para o ambiente quanto para os humanos, são biodegradáveis e derivados de recursos renováveis. Sendo os coletores os principais insumos na flotação, os óleos vegetais já são amplamente empregados como coletores nesse processo, apresentando alto potencial como matéria-prima devido aos ácidos graxos constituintes. Este trabalho teve como objetivo avaliar, prospectivamente, o potencial de sabões de óleos, como os de semente de uva, de caroço de algodão e de crambe como coletores na flotação de minérios dolomíticos, usando o oleato de sódio como referência. Os ensaios de microflotação foram realizados com hematita e dolomita na célula de Fuerstenau e separado em três etapas principais. A primeira etapa foi realizada apenas com coletor e sistema isolado, nos pH 5; 6,1; 7,2. 8,3 e 9,4 e concentração de 50 mg/L. Na segunda etapa os ensaios foram realizados com mistura sintética igualitária dos minerais, na mesma faixa de pH utilizada anteriormente e com concentração dos coletores de 20 mg/L. Já a terceira etapa foi realizada com mistura binária dos minerais, nos pH 6,1; 8,3; 9,4 e 10,5, com adição de depressor com concentração de 3 mg/L e coletor com 50 mg/L. No sistema isolado, a melhor flotabilidade para a hematita foi no pH 8,3, com 87,02 % para o ácido oleico e 83,02 % para o óleo de semente de uva. Para a dolomita, todos os óleos resultaram em alta flotabilidade em todos os valores de pH estudados. Com a mistura binária e sem depressor, o óleo de crambe apresentou maior recuperação da hematita com 59,94 % no pH 6,1, apresentando o maior índice de seletividade de Gaudin de 1,50 e recuperação metalúrgica de 51,03 %. Os outros coletores não tiveram o mesmo comportamento, exibindo índice de seletividade menor que 1 em todos os valores de pH, indicando que o processo se trata de uma flotação aniônica reversa. No sistema de mistura binária com depressor, o ácido oleico e o óleo de semente de uva apresentaram melhor seletividade, ambos com aproximadamente 64 % de dolomita e 36 % de hematita em pH 6,1 e pH 10,5, indicando influência do amido na flotação da dolomita. De um modo geral, a dolomita apresentou boa recuperação em todos os valores de pH, porém com propensão a flotar em pH alcalino e a hematita em pH próximo do neutro. Apesar de não ter ocorrido melhora significativa na seletividade do sistema, pode-se dizer que os óleos vegetais em sua forma saponificada exibem potencial como coletores na flotação, no caso com a rota aniônica reversa de minério de ferro.
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    Flotação catiônica reversa de minério de ferro com amida-amina.
    (2021) Rocha, Geriane Macedo; Lima, Rosa Malena Fernandes; Lima, Rosa Malena Fernandes; Peres, Antônio Eduardo Clark; Matiolo, Elvis; Lima, Neymayer Pereira; Rodrigues, Wendel Johnson
    A flotação catiônica reversa é o principal método de concentração de minério de ferro para granulometria -150 µm. O acetato de eteramina é largamente utilizado como coletor de ganga silicatada e o amido como depressor dos minerais de ferro. Atualmente, com o processamento de minérios de baixos teores e mineralogias complexas há um cenário de dificuldade na obtenção, concomitantemente, de concentrados com baixo teor de SiO2 e rejeitos com baixo teor de Fe, além de aumento no consumo de reagentes. Por essa razão, faz-se necessário o desenvolvimento de novos reagentes, que conduzam à separação mais seletiva entre os minerais de ferro e de ganga. Este trabalho avaliou o desempenho da amida-amina Flotinor 10118 como coletor do quartzo na flotação de minério de ferro, comparando-a com o coletor convencional acetato de etermonoamina Flotigam 7100. Esses coletores foram caracterizados quanto a constante de dissociação (pKa) e concentração micelar crítica (CMC), cujos valores da amidaamina (~150 mg/L e pKa=8,3) foram significativamente menores do que da etermonoamina (~800 mg/L e pKa=9,4). Através de estudos fundamentais (microflotação, potencial zeta, isoterma de adsorção e espectroscopia no infravermelho a transformada de Fourier) foi investigado o efeito desses reagentes sobre as propriedades superficiais do quartzo e hematita. Nos ensaios de microflotação verificou-se que as recuperações do quartzo com amida-amina foram maiores do que com etermonoamina. A recuperação do quartzo com 5 mg/L de amidaamina foi > 80% na faixa de pH de 6 a 10,5, mas a janela de seletividade entre quartzo e hematita foi maior (~80%) em pH 10,5. A baixa recuperação da hematita com amida-amina na ausência de amido evidenciou sua baixa afinidade com a superfície desse mineral. A densidade de adsorção da amida-amina foi maior do que a etermonoamina, tanto para o quartzo quanto para a hematita. Medidas de potencial zeta e espectros no infravermelho indicaram que a adsorção da amida-amina sobre o quartzo ocorre principalmente por atração eletrostática. Ensaios de flotação em bancada confirmaram a possibilidade de realizar a flotação catiônica reversa sem amido, usando a amida-amina, para os minérios de João Pereira em pH 8 e Brucutu em pH 10,5. Apesar das dosagens requeridas entre 1,5 a 2 vezes maior de amida-amina em relação a etermonoamina, os resultados de recuperação e qualidade do concentrado foram similares, com o diferencial de não usar amido. Os resultados foram promissores quanto a simplificação da rota de processo e mostraram grande potencial de aplicação industrial da amida-amina.